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Coca-Cola capacita mais de 5 milhões de mulheres, mas pandemia pode comprometer avanço

Nos países latino-americanos, a iniciativa alcançou mais de 400.000 mulheres varejistas, recicladoras, produtoras, distribuidoras, agricultoras, fornecedoras e artesãs do do Sistema Coca-Cola

Coca-Cola: ação visa combate à fome (Coca-Cola/Divulgação)

Marina Filippe

Publicado em 6 de março de 2021 às 09h00.

Como parte do Dia Internacional da Mulher, a Coca-Cola anunciou que ultrapassou a meta de capacitar 5 milhões de mulheres globalmente com as ações 5by20. A iniciativa global foi proposta pela empresa em 2010 como parte de seu compromisso com o desenvolvimento econômico das mulheres.

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Nos países latino-americanos, a iniciativa alcançou mais de 400.000 mulheres varejistas, recicladoras, produtoras, distribuidoras, agricultoras, fornecedoras e artesãs da cadeia de valor do Sistema Coca-Cola. As ferramentas de treinamento oferecidas permitiram impulsionar seus empreendimentos e desenvolver suas habilidades técnicas, interpessoais e comerciais.

No Brasil, a plataforma Coletivo, do Instituto Coca-Cola Brasil, impactou ao longo desse tempo um total de 158 mil mulheres, numa parceria com a ONU Mulheres para promover o empoderamento feminino e a equidade de gênero.

Os programas, executados tanto nas grandes cidades quanto em comunidades mais afastadas, incluem atividades como formação em gestão de negócios, competências socioemocionais e capacitação para o mercado de trabalho. Para isso, o trabalho envolve, além das engarrafadoras do Sistema Coca-Cola no Brasil, 400 ONG e cooperativas de reciclagem, e mais de 400 empresas empregadoras, a maioria, parceiros de negócios. Em um país com 27 unidades federativas, o Coletivo atua em 20 Estados além do Distrito Federal.

A Coca-Cola trabalha em parceria com governos, universidades e organizações sociais desenvolvendo programas específicos de treinamento em redes de gestão empresarial e mentoria por pares. Globalmente, a empresa colabora com a TechnoServe, a Fundação Bill & Melinda Gates, a International Finance Corporation e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Na América Latina, trabalha com organizações como: Junior Achievement, Ciudad Saludable, Promujer, Endeavor,  Fundación Paraguaya, Rede Asta,e centenas de organizações, para gerar um impacto positivo e relevante no nível local nas comunidades.

"Hoje podemos dizer que atingimos nossa ambiciosa meta de alcançar mais de 5 milhões de mulheres. Mais de 5 milhões de histórias inspiradoras. Mas isso não acaba aqui. Estamos convencidos de que promover o empoderamento feminino é a maneira de gerar valor e construirmos juntos um futuro melhor para as comunidades em toda a América Latina", diz Angela Zuluaga, vice-presidente sênior de Assuntos Corporativos, Comunicações e Sustentabilidade da Coca-Cola para a América Latina.

Pandemia

No entanto, a previsão é que a pandemia Covid-19 comprometa os progressos feitos pelas mulheres nas últimas duas décadas para reduzir a diferença econômica entre elas e os homens. De acordo com dados da CEP ECLAC e do FMI, é esperada uma contração real no PIB de 8%. A população da América Latina e do Caribe seria muito afetada, já que seus números de pobreza poderiam chegar a quase 38%, impactando principalmente as mulheres.

Entre os trabalhadores da economia informal que sofreram um impacto significativo da pandemia, 42% são mulheres e estão em setores de alto risco. Eles compõem 74% dos empregados do setor saúde e social, e 78% no setor de serviços, que sofreram mais economicamente com a quarentena.

Ao mesmo tempo, há evidências de que o desenvolvimento das mulheres é fundamental para o crescimento das comunidades e um motor para a economia das nações. As mulheres investem uma parcela significativa da renda que ganham na saúde e educação de seus filhos e suas economias locais.

Cerca de 80% das mulheres alcançadas pelo programa possuem empreendimentos de varejo, um dos setores mais afetados durante a pandemia. Como vem fazendo no último ano, a Coca-Cola continuará trabalhando com mulheres empreendedoras com foco no tradicional comércio de canais e bairros, a fim de ajudar a promover sua recuperação econômica e a tornar seus negócios cada vez mais sustentáveis.

"A diversidade de gênero no local de trabalho é uma prioridade para nós e nossas líderes são mulheres; é por isso que estamos fomentando uma cultura inclusiva onde todos estão engajados", afirma Zuluaga.

Para divulgar algumas das ações que ocorreram durante esses dez anos, foi realizado um diálogo virtual, que propôs um espaço de reflexão em que especialistas de toda a região ofereciam aprendizados de experiências em toda a América Latina.

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