Citroën lança Aircross e espera crescer 35% em venda
Expectativa da Citroën é vender 2 mil unidades do Aircross entre outubro e dezembro, elevando a participação da marca no mercado brasileiro
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Rio - A PSA Peugeot Citroën reforçou hoje sua estratégia de crescimento no Brasil com o lançamento comercial do novo carro da marca Citroën, o primeiro desenvolvido especificamente para a América Latina. Com o Citroën Aircross nas concessionárias a partir de setembro, a montadora espera elevar as vendas em 35% este ano no Brasil e na Argentina, alcançando a marca de 156 mil veículos.
O novo carro, que já havia sido apresentado em agosto, chegará às concessionárias em setembro com três versões e preços entre R$ 53,9 mil e R$ 61,9 mil. O Aircross marca a entrada da Citroën no segmento de utilitários leves com o objetivo de conquistar 20% de um mercado estimado pela montadora em 110 mil veículos por ano. A média dos preços dos principais concorrentes, EcoSport (Ford) e CrossFox (Volkswagen), fica entre R$ 49,6 mil e R$ 53,1 mil.
A expectativa da Citroën é vender duas mil unidades do Aircross entre outubro e dezembro, elevando a participação da marca no mercado brasileiro dos atuais 2,5% para 3,5%. No primeiro semestre, as vendas da Citroën ficaram 14,5% acima dos 31,6 mil vendidos no mesmo período de 2009, o dobro do desempenho do mercado. Com o Aircross, a marca espera somar 69,3 mil carros vendidos em 2010, 24% acima de 2009.
Segundo Ivan Ségal, diretor da Citroën no Brasil, a meta é crescer mais 32% em 2011 e alcançar 3,4% do mercado brasileiro. Atualmente, a fatia da marca é de 1,7%. O diretor mundial da marca Citroën, Frédéric Banzet, disse que uma participação entre 4% e 4,5% do mercado brasileiro é uma meta razoável para os próximos anos, compatível com o posicionamento no segmento de maior valor.
A Citroën quer vender mais, mas o executivo é enfático: não vai entrar no segmento popular para fazer volume no Brasil. "É preciso manter um posicionamento coerente. Objetivo é sermos lucrativos na América Latina. Somos hoje e queremos continuar", afirmou Banzet.
O executivo afirmou que o interesse da companhia por mercados emergentes como Brasil, China, Rússia e Índia vai além da recuperação lenta na Europa, que, na visão dele, pode levar até dez anos para recompor o patamar de 2007, anterior à crise financeira.
"No primeiro semestre, 27% das nossas vendas mundiais, que somaram 763 mil unidades, foram fora da Europa. O mercado europeu, que é bastante competitivo, continuará sendo a nossa base, mas com recuperação lenta. Já o peso dos emergentes vai aumentar constantemente", afirmou.
Para concretizar os planos no Brasil, o novo presidente para a América Latina do Grupo PSA, Carlos Gomes, confirmou o plano de investimentos de 700 milhões no País nos próximos três anos. Os recursos serão usados no desenvolvimento de novos projetos das marcas Peugeot e Citroën e na ampliação de capacidade produtiva na fábrica de Porto Real (RJ), onde o Aircross está sendo produzido.
"Não vamos parar por aí. As condições do mercado brasileiro são favoráveis, mas todos os concorrentes também têm planos para o Brasil e precisamos ir além", disse Gomes, que é português e acaba de chegar ao País oriundo da Fiat.
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