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Cisco vai eliminar unidade voltada a mercados emergentes

Mudança é para diminuir perdas depois de resultados decepcionantes

Redução das unidades não deve alterar influência da companhia em mercados emergentes (Getty Images)

Redução das unidades não deve alterar influência da companhia em mercados emergentes (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2011 às 19h38.

Boston/Nova York - A Cisco Systems planeja eliminar sua unidade de negócios de mercados emergentes, em um esforço para corrigir as falhas de uma organização de vendas lenta.

A empresa, que recentemente declarou ter perdido o rumo depois de uma série de resultados decepcionantes, informou nesta quinta-feira que a medida integra um conjunto de mudanças abrangentes previstas para os próximos meses.

A Cisco, que atualmente opera dividida em quatro unidades geográficas, passará a operar com apenas três --Américas; Europa e Ásia; e Oriente Médio e África--, buscando simplificar uma estrutura burocrática de vendas que dificulta a tomada de decisões rápidas.

A empresa continuará a operar nos mercados emergentes, porém, em vez de operar como unidades separadas, as forças de vendas em tais páises serão parte de cada unidade geográfica local, disse Karen Tillman, porta-voz da Cisco, acrescentando que isso "removerá as barreiras para que as coisas sejam realizadas".

Investidores, no entanto, reagiram sem entusiasmo ao anúncio. Alguns analistas afirmaram que o momento do anúncio pode ser uma forma de "controle de danos", antes do anúncio de resultados trimestrais, que podem ser fracos, em 11 de maio.

"Pode significar que o trimestre não foi tão robusto quanto se esperava", disse Catharine Trebnick, analista da Avian Securities, que descreveu a reorganização como "um bom primeiro corte".

Tillman ser recusou a comentar sobre o impacto financeiro das mudanças, afirmando que a companhia ofereceria uma atualização sobre o programa mais amplo de gestão de custos da Cisco, que inclui o anúncio desta quinta-feira e outras medidas de reestruturação, quando os resultados financeiros forem anunciados na semana que vem. Ela não informou se a reorganização na estrutura de vendas envolveria cortes de pessoal.

Laura Didio, analista da ITIC, disse que a Cisco precisava promover mudanças nos mercados emergentes, entre os quais, alguns dos países de mais rápido crescimento mundial.

"Eles não vêm se saindo bem nos mercados emergentes e precisam se reposicionar", afirmou.

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