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Cielo estima impacto negativo de R$ 1 bilhão com a Copa

Embora possa parecer alto, montante não representa ameaça para os negócios da companhia em 2014

Rômulo Dias, presidente da Cielo: Copa traz impacto negativo, mas não ameaça (Paulo Pampolin/EXAME.com)

Daniela Barbosa

Publicado em 7 de maio de 2014 às 14h48.

São Paulo – A Copa pode trazer impacto negativo de 1 bilhão de reais para os negócios da Cielo , principalmente por conta dos feriados em algumas cidades que sediarão os jogos. Embora possa parecer alto, o volume não representa ameaças para os negócios  da companhia.

“É importante a gente desmistificar isso. Parece muito, mas é um valor baixo diante daquilo que a gente captura. É como se fosse próximo a zero”, afirmou Rômulo Dias, presidente da Cielo, em teleconferência com a imprensa, nesta quarta-feira.

No primeiro trimestre do ano, o volume financeiro de transações da Cielo atingiu 119,5 bilhões de reais, alta de 22,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

"1 bilhão de reais perto do que movimentamos é zero, zero, nada. No ano passado, nosso volume com transações foi de 450 bilhões de reais, esse ano pode ultrapassar os 500 bilhões", disse Dias.

Resultados

A Cielo registrou lucro líquido de 802,7 milhões de reais no primeiro trimestre do ano, crescimento de 27,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Já a receita líquida da companhia totalizou 1,8 bilhão de reais no mesmo período, alta de 19,3% na mesma base de comparação.

Segundo balanço da Cielo, a acréscimo na receita líquida está relacionado à contínua expansão dos negócios, ao aumento na receita da controlada Merchant e-Solutions (Me-S), e ao impacto da alta do dólar na receita gerada nos Estados Unidos.

São Paulo - A espera pela Copa do Mundo no Brasil, que começa em pouco mais de um mês, envolve muito mais do que o treinamento de jogadores e a construção de estádios.  Para não serem surpreendidas pelo aumento da demanda por produtos e serviços, que será gerada pelas milhares de pessoas que devem visitar o país durante os jogos, empresas de diversos segmentos criaram estratégias e comitês específicos para lidar com assuntos relacionados ao mundial. Outras querem usar acompetição para conquistar os clientes e estimular seus funcionários.Veja como seis delas se aqueceram para o mundial:
  • 2. McDonalds

    2 /8(REUTERS/Mike Blake)

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    Patrocinadora da Copa, a rede tem um grupo de pessoas formado especialmente para cuidar do assunto desde 2010. Nele, há uma pessoa de cada área da empresa, de operações a recursos humanos. Davi Griner, gerente de marketing esportivo da companhia, foi contrato com a missão de comandar o time. "Pude observar as atividades da equipe na Eurocopa de 2012, nos jogos Olímpicos de Londres e aprender várias lições", conta.  O comitê já preparou diversas ações, como a escolha das 1.266 crianças brasileiras e 182 estrangeiras que entrarão em campo ao lado dos jogadores das seleções. Para participar, elas precisavam gravar um vídeo e enviar pela Internet para mostrar sua paixão pelo futebol. Os vencedores devem ser anunciados até o começo de maio. Cem vagas foram reservadas para filhos de funcionários do McDonald's.  Além disso, gestores de treinamento da companhia irão preparar os 15 mil voluntários selecionados para trabalhar durante a Copa. Até o fim de maio, as aulas serão ministradas presencialmente nas 12 cidades sede.
  • 3. Ambev

    3 /8(Germano Lüders/EXAME.com)

  • Para atender à demanda no período da Copa e se adaptar às regras da Fifa, a Ambev preparou um plano de logística especial. Um novo caminhão movido 100% a gás natural será usado para fazer as entregas no Maracanã, durante o a final do campeonato. Além disso, a empresa, que já desenvolve um programa de consumo responsável do ácool junto a ONGs e famílias, fará treinamentos sobre o tema com vendedores dentro e no entorno dos estádios.As "aulas" começarão na segunda semana de maio e devem terminar em junho.Eles serão instruídos a pedir documentos para comprovar a idade dos consumidores, a orientá-los a não exceder e a pegar táxi quando ingerirem álcool. "Entendemos que é importante usar esse momento em que o Brasil está focado na Copa para prevenção", diz Ricardo Rolim - diretor de relações institucionais da Ambev.
  • 4. Itaú

    4 /8(Wikimedia Commons)

    O banco Itaú, que também é patrocinador da Copa, usou o sorteio de ingressos para o torneio para motivar colaboradores e chamar a atenção dos clientes. Mais de 300 pares de bilhetes foram cedidos aos consumidores, na promoção chamada Arquibancada Itaú. O último sorteio ocorreu no dia 19 de março. Foram quase 590 mil cadastros.  Outra campanha, a Craques Itaú, foi lançada em fevereiro de 2013 e direcionada ao público interno.  Os funcionários eram convidados a se inscreverem e participarem de desafios sobre temas relacionados à Copa e ao banco. Foram lançados 356 perguntas e distribuídos mais de 500 pares de ingressos para a Copa das Confederações e 600 para a Copa do Mundo.   "As promoções foram importantes para gerar associação da marca com o patrocínio e proporcionar a experiência positiva do cliente com o evento", afirma Andrea Pinotti, diretora de marketing institucional do Itaú Unibanco.
  • 5. Adidas

    5 /8(Alexandre Loureiro/Getty Images for adidas)

    A Adidas espera faturar meio milhão de euros a mais durante a Copa do Mundo no Brasil, comparado às Olimpíadas de Londres, em 2012. Para isso, a companhia está investindo principalmente na produção de bolas. O objetivo é superar a marca de 13 milhões de bolas vendidas na última Copa, em 2010. Para conseguir organizar tudo em tempo, há dois anos a empresa montou um comitê de profissionais dedicados a densenvolver estratégias voltadas para o mundial. Entre eles há funcionários de marketing e logística, por exemplo, que foram remanejados para cuidar do tema.  As iniciativas vão desde a ações de marketing com a presença de jogadores e ex-jogadores e promoções.
  • 6. TAM

    6 /8(Jefferson Bernardes/AFP)

    Desde o ano passado, seis executivos da alta liderança da TAM formam um comitê focado em preparar a empresa para a demanda no período da Copa do Mundo no Brasil. Eles se dividiram em 16 frentes temáticas de trabalho, que envolvem mais de 120 funcionários. Depois de mapear os pontos que deveriam ter atenção especial, o grupo desenvolveu estratégias de marketing e planejou alterações na malha aérea da companhia. Mais de 750 voos foram criados só para atender a demanda durante os jogos no Brasil, um ajuste de 31%. "Tem sido decisivo o trabalho coordenado em diferentes frentes, iniciado cedo, incluindo até mesmo ações de benchmarking com companhias aéreas e atuoridades aeroportuárias de países que já sediaram a competição", diz Jorge Torres, gerente de Produtividade da TAM.
  • 7. Vivo

    7 /8(Adriano Machado/Bloomberg)

    Patrocinadora da seleção brasileira, a Vivo começou a preparar operações para a Copa do Mundo no início deste ano, quando foi formado um comitê especial para cuidar disso. O grupo envolve profissionais de TI, redes, comercial e regulatória. Juntos eles comandaram a instalação e o aumento da capacidade de redes 2G, 3G e 4G com cobertura nos estádios que vão receber jogos. É de responsabilidade da Vivo toda a infraestrutura de telecom e internet das arenas de Brasília, Fortaleza e Manaus. Até o mês de maio, a operadora também deve instalar 34 Estações Rádio Base (equipamentos que captam e transmitem sinais de celular) nos arredores dos estádios e 24 em pontos de concentração de torcedores nas cidades sede (FIFA Fan Fest). O objetivo é não deixar ninguém sem se comunicar durante o mundial.
  • 8. Agora, veja os 15 campeonatos de futebol mais valiosos do mundo

    8 /8(Melinda Nagy/Dreamstime.com)

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