Chuvas prejudicam colheita de soja
Até a última sexta-feira houve avanço de seis pontos percentuais, para 60 da área de soja, um índice considerado "pequeno" pela consultoria AgRural
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2013 às 16h28.
São Paulo - Chuvas atrapalharam a colheita de soja na última semana, provocando um avanço lento nos trabalhos nos principais Estados produtores, disse nesta segunda-feira a consultoria AgRural.
Até a última sexta-feira houve avanço de seis pontos percentuais, para 60 da área de soja, um índice considerado "pequeno" pela consultoria.
Na mesma semana de 2012 a colheita havia sido realizada em 61 % da área plantada no país.
"Em Mato Grosso, a colheita entrou na reta final, mas o excesso de chuva atrapalhou", disse a AgRural em nota. Até esta sexta-feira, 92 % da área estava colhida, em linha com os 93 % de 2012 e acima dos 89 % da média de cinco anos.
O excesso de chuva também prejudicou o andamento da colheita em quase todo o Paraná. O trabalho foi concluído em 66 % da área, ante 60 % da semana anterior.
Com sete dias de muita chuva no Rio Grande do Sul, especialmente no noroeste do Estado, a colheita ficou praticamente paralisada em sua fase inicial, sendo realizada em 3 % da área, contra 2 % na semana anterior, disse a consultoria.
Os trabalhos nas lavouras gaúchas estão atrasados na comparação com o ano passado, quando na mesma época 11 % da área já haviam sido colhidos.
Segundo a Somar Meteorologia, ainda haverá mais chuvas fortes no Brasil Central, principalmente Goiás e Mato Grosso.
"Uma frente fria na altura do litoral do Sudeste organiza áreas de instabilidade que cobrem a parte norte da Região Centro-Oeste. No Nordeste a chuva ainda é abaixo do esperado para o período, principalmente sobre a parte norte da Região", previu a Somar, em seu boletim diário.
Produtividade
Com a chuva registrada nos momentos finais da colheita, a preocupação é com eventuais prejuízos causados à soja que permanece nas lavouras, prejudicada por índices elevados de umidade.
Em Mato Grosso, "os produtores confirmam a redução na produtividade devido à estiagem no início do plantio e ao excesso de chuva na colheita", disse a AgRural.
Em Sapezal, no oeste do Estado, a média de produtividade da soja mais tardia está em 49 sacas. Em Rondonópolis, no sul, as últimas lavouras colhidas também perderam qualidade.
"Em Ipiranga do Norte, no médio-norte, fala-se em redução de cinco sacas por hectare por causa dos descontos com grãos avariados", afirmou a consultoria.
No norte do Paraná, não há relatos de problemas com grãos ardidos (em fase inicial de decomposição), mas a umidade está muito alta.
Em Ponta Grossa, no centro-leste paranaense, os produtores estão finalizando a colheita da soja precoce. A AgRural estima que 1 % dessas lavouras já registrem grãos germinando dentro da vagem e que 4 % tenham perda de qualidade.
Por outro lado, a chuva foi bem recebida em algumas partes do Rio Grande do Sul e na Bahia, que vinha sofrendo com estiagem nas últimas semanas.
As precipitações favoreceram lavouras gaúchas que ainda estão na fase de enchimento de grãos, e que representam cerca de 40 % da área de soja do Estado.
Na Bahia, chuvas mais regulares nos últimos sete dias amenizaram um pouco o déficit hídrico das lavouras que ainda estão enchendo grãos. Ainda assim, produtividade das áreas de ciclo mais longo não passa de 35 sacas por hectare devido à estiagem e aos ataques de lagartas.
São Paulo - Chuvas atrapalharam a colheita de soja na última semana, provocando um avanço lento nos trabalhos nos principais Estados produtores, disse nesta segunda-feira a consultoria AgRural.
Até a última sexta-feira houve avanço de seis pontos percentuais, para 60 da área de soja, um índice considerado "pequeno" pela consultoria.
Na mesma semana de 2012 a colheita havia sido realizada em 61 % da área plantada no país.
"Em Mato Grosso, a colheita entrou na reta final, mas o excesso de chuva atrapalhou", disse a AgRural em nota. Até esta sexta-feira, 92 % da área estava colhida, em linha com os 93 % de 2012 e acima dos 89 % da média de cinco anos.
O excesso de chuva também prejudicou o andamento da colheita em quase todo o Paraná. O trabalho foi concluído em 66 % da área, ante 60 % da semana anterior.
Com sete dias de muita chuva no Rio Grande do Sul, especialmente no noroeste do Estado, a colheita ficou praticamente paralisada em sua fase inicial, sendo realizada em 3 % da área, contra 2 % na semana anterior, disse a consultoria.
Os trabalhos nas lavouras gaúchas estão atrasados na comparação com o ano passado, quando na mesma época 11 % da área já haviam sido colhidos.
Segundo a Somar Meteorologia, ainda haverá mais chuvas fortes no Brasil Central, principalmente Goiás e Mato Grosso.
"Uma frente fria na altura do litoral do Sudeste organiza áreas de instabilidade que cobrem a parte norte da Região Centro-Oeste. No Nordeste a chuva ainda é abaixo do esperado para o período, principalmente sobre a parte norte da Região", previu a Somar, em seu boletim diário.
Produtividade
Com a chuva registrada nos momentos finais da colheita, a preocupação é com eventuais prejuízos causados à soja que permanece nas lavouras, prejudicada por índices elevados de umidade.
Em Mato Grosso, "os produtores confirmam a redução na produtividade devido à estiagem no início do plantio e ao excesso de chuva na colheita", disse a AgRural.
Em Sapezal, no oeste do Estado, a média de produtividade da soja mais tardia está em 49 sacas. Em Rondonópolis, no sul, as últimas lavouras colhidas também perderam qualidade.
"Em Ipiranga do Norte, no médio-norte, fala-se em redução de cinco sacas por hectare por causa dos descontos com grãos avariados", afirmou a consultoria.
No norte do Paraná, não há relatos de problemas com grãos ardidos (em fase inicial de decomposição), mas a umidade está muito alta.
Em Ponta Grossa, no centro-leste paranaense, os produtores estão finalizando a colheita da soja precoce. A AgRural estima que 1 % dessas lavouras já registrem grãos germinando dentro da vagem e que 4 % tenham perda de qualidade.
Por outro lado, a chuva foi bem recebida em algumas partes do Rio Grande do Sul e na Bahia, que vinha sofrendo com estiagem nas últimas semanas.
As precipitações favoreceram lavouras gaúchas que ainda estão na fase de enchimento de grãos, e que representam cerca de 40 % da área de soja do Estado.
Na Bahia, chuvas mais regulares nos últimos sete dias amenizaram um pouco o déficit hídrico das lavouras que ainda estão enchendo grãos. Ainda assim, produtividade das áreas de ciclo mais longo não passa de 35 sacas por hectare devido à estiagem e aos ataques de lagartas.