State Grid avalia compra de distribuidoras da Eletrobras
A companhia chinesa venceu nesta sexta-feira a disputa pela concessão do segundo linhão que escoará a energia da hidrelétrica de Belo Monte
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2015 às 12h14.
São Paulo - A State Grid vai avaliar a possibilidade de aquisição das distribuidoras de energia elétrica que a estatal Eletrobras pretende oferecer ao mercado, disse nesta sexta-feira o vice-presidente de Operação e Manutenção da holding chinesa, Ramon Haddad, após leilão de transmissão.
A companhia chinesa venceu nesta sexta-feira a disputa pela concessão do segundo linhão que escoará a energia da hidrelétrica de Belo Monte, um projeto orçado em 7 bilhões de reais.
"Vamos acompanhar as oportunidades de mercado. A Celg vai ser a primeira, e por isso será a primeira a ser analisada... vamos acompanhar o que está disponível, o que o mercado e as empresas têm a oferecer", afirmou Haddad, em entrevista a jornalistas.
O executivo comentou que a State Grid, que até o momento só investiu em transmissão de energia no Brasil, também avalia oportunidades nos segmentos de distribuição e geração, sendo que o foco neste último são projetos de energia renovável, como usinas eólicas e solares.
"Estamos sempre buscando oportunidades de investimento, sozinhos ou juntamente com parceiros locais", disse o vice-presidente de Novos Negócios da State Grid, Qu Yang.
Yang lembrou que a empresa tentou entrar no segmento de geração ao participar da disputa pela hidrelétrica de São Manoel, em dezembro de 2013, mas o empreendimento foi arrematado por um consórcio entre a EDP Energias do Brasil e Eletrobras Furnas.
De acordo com Haddad, os chineses também já avaliam a participação em um próximo certame de linhas de transmissão em 26 de agosto.
Se todas as promessas saírem do papel de fato, doze setores do mercado nacional podem entrar na mira dos dólares chineses – um sopro de alívio de mais de 50 bilhões de dólares para uma economia cambaleante.
Por outro lado, a “disponibilidade” do governo chinês para investir no Brasil aponta para o fato de que o país está se tornando mais fonte de investimento do que destino.
O desempenho de Brasil e China em uma série de rankings globais mostram as diferenças entre as duas nações e dão pistas dos papeis de ambos na relação.
Já o Brasil ...
Atualmente, o Brasil ocupa a 7ª posição na lista, mas corre o risco de perder o posto, segundo analistas.
Já o Brasil ...
Ficou em 57º com nota 4,3.
Já o Brasil ...
Entre as 100 primeiras, o Brasil tem apenas 19 representantes. A Universidade de São Paulo, a instituição brasileira melhor posicionada na lista, está em 7º.
Já o Brasil ...
Ficou em 78º com uma nota de 64,60 no ranking que mede o quanto os países investem em políticas públicas que potencializam as habilidades produtivas de sua população.
Nenhum aeroporto brasileiro apareceu na lista dos 100 melhores do mundo.
O Brasil figura na oitava posição com 29,8 mil quilômetros de trilhos. .
Já a China ...
Ficou na posição 91 no ranking dos países com melhor IDH. A taxa de bem estar da China foi de 0,719 – também considerada alta.
Já a China ...
Ficou em 87º na lista. O país está entre as 50 nações em que as mulheres têm menos chances de chegar a um posto de chefia. Já o Brasil é o 36º com mais igualdade entre gêneros neste quesito.
Já na China ...
São 15 médicos e 16 enfermeiros para cada 10 mil habitantes.