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China cancela proibição de atraque de grandes navios da Vale

O acordo representa o fim de três anos de bloqueio por parte do gigante asiático


	Navio Vale Beijing no porto Ponta da Madeira: a mineradora adquiriu sua frota de navios de transportes de carga a granel, conhecidos como Valemax
 (Biaman Prado/Reuters)

Navio Vale Beijing no porto Ponta da Madeira: a mineradora adquiriu sua frota de navios de transportes de carga a granel, conhecidos como Valemax (Biaman Prado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 13h12.

Pequim - A China e a mineradora Vale chegaram a um acordo para a retirada da proibição para que navios de grande porte da companhia atraquem no país, informou nesta terça-feira o jornal "South China Morning Post".

O acordo representa o fim de três anos de bloqueio por parte do gigante asiático, que começaram quando a mineradora adquiriu sua frota de navios de transportes de carga a granel, conhecidos como "Valemax", apesar da resistência de Pequim.

Um boletim do Ministério de Transportes chinês publicado ontem fez uma alteração na regulação da gestão dos grandes navios graneleiros nos portos, o que permitirá ao modelo "Valemax", com capacidade de cerca de 400 mil toneladas de peso bruto, atracar no país asiático.

A China, maior consumidor mundial de ferro e que importa 85% deste mineral do Brasil e Austrália, espera exercer um maior controle dos preços do principal componente do aço, segundo analistas explicaram ao "South China Morning Post".

A Vale decidiu em 2008 adquirir uma frota de navios cargueiros maiores para baratear o preço de venda para China e competir melhor com as empresas australianas.

A associação de cargueiros do país criticou a decisão por representar, segundo sua opinião, um "monopólio" da mineradora, que controlaria assim tanto a produção como o transporte.

No entanto, as autoridades chinesas impediram a partir do início de 2012 o atraque de navios com mais de 350 mil toneladas de peso bruto em seus portos alegando razões de segurança.

Esta proibição também foi vista como um movimento para proteger os interesses da maior empresa de embarcações do gigante asiático, a estatal Companhia de Transporte Oceânico da China (Cosco), que fornecia cargueiros para a Vale. 

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