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Cetip pode conversar hoje com BM&FBovespa sobre aquisição

O objetivo seria discutir detalhes sobre a oferta vinculante recebida pela Bolsa antes da resposta final, que deve acontecer em meados da próxima semana

Negociações: o objetivo seria discutir detalhes sobre a oferta vinculante recebida pela Bolsa antes da resposta final, que deve acontecer em meados da próxima semana (Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2016 às 11h34.

São Paulo - O Conselho de Administração da Cetip poderá dar, nesta quarta-feira, 02, um passo para iniciar as conversas formais com a BM&FBovespa sobre a possibilidade de combinação de negócios das companhias, apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

O objetivo, conforme fontes, seria discutir detalhes sobre a oferta vinculante recebida pela Bolsa, como questões jurídicas e procedimentos, antes da resposta final, que deve acontecer em meados da próxima semana, já perto do fim da validade da proposta feita pela BM&FBovespa.

A reunião do Conselho da Cetip, agendada para esta quarta-feira, já estava no calendário da companhia, visto que a depositária divulga seu demonstrativo financeiro, 03, documento que precisa ser aprovado previamente pelo colegiado.

No entanto, com a oferta recebida no dia 19 de março e com o prazo estabelecido pela Bolsa de 20 dias, o assunto fusão entrará na pauta do encontro. Importantes acionistas da Cetip, que possui seu capital bastante pulverizado, já sinalizaram aprovação do negócio.

Depois de tomada a decisão, o Conselho da depositária poderá rejeitar a oferta ou recomendá-la aos acionistas.

O Brasil Plural, em relatório enviado ontem ao mercado, estimou que a chance da fusão ocorrer é de 80% e avaliou que o negócio traria sinergias da ordem de R$ 5 bilhões, em valor presente.

O Itaú BBA e o Morgan Stanley, que foram contratados pelo Conselho da Cetip na ocasião do recebimento da oferta não vinculante de novembro do ano passado, também trabalham na análise da oferta recebida. O Conselho de Administração da Cetip possui 11 membros, sendo quatro representantes de bancos (Itaú, Santander, Bradesco e Votorantim), um da bolsa americana ICE e seis independentes.

Na segunda-feira, a BM&FBovespa defendeu a combinação dos negócios com a Cetip em carta aberta, afirmando que essa união pode gerar "para os participantes dos mercados financeiro e de capitais, ao longo do tempo, economia da ordem de dezenas de bilhões de reais em termos de capitais alocados para a realização de operações". "A concorrência entre os mercados financeiros e de capitais se dá, cada vez mais, em nível global. Acreditamos que o Brasil possua vocação para se consolidar como importante centro financeiro da América Latina", citou a bolsa brasileira em um dos trechos.

ICE

Ainda é incerto o posicionamento da maior acionista da Cetip, a ICE, que detém 12% do capital da depositária.

As expectativas de que a ICE poderia interceder na intenção da BM&FBovespa com uma oferta acima dos R$ 41 por ação para adquirir a Cetip esfriaram depois de que a empresa, dona da bolsa de Nova York, disse que poderia fazer uma proposta pela London Stock Exchange, que na semana passada revelou negociações para se unir com a Deutsche Börse.

O fato de a Bolsa ter oferecido um ajuste baseado na taxa Selic tornou a oferta mais atrativa, visto que o tempo para aprovação pelo Cade elevará a oferta, disse uma fonte. Alguns acionistas chegaram a manifestar que a oferta se tornaria mais atrativa caso o pagamento da taxa Selic passasse a ser contado a partir da reunião do Conselho da Cetip e não da assembleia.

As ações da BM&FBovespa estão reagindo positivamente desde que a nova oferta foi realizada.

Ontem, os papéis superaram a marca de R$ 12,00 - ou seja, acima dos R$ 11,40 por ação que consta na proposta vinculante, o que traria um ganho adicional ao acionista da Cetip caso o negócio fosse fechado hoje.

Na oferta, a Bolsa se dispôs a pagar R$ 41 por ação da Cetip, sendo o pagamento de 75% em dinheiro e 25% em ações.

Procurada, a Cetip informou que "recebeu uma proposta da BM&FBovespa para a aquisição das ações da Cetip, nos termos do Fato Relevante publicado pela BM&FBovespa em 19 de fevereiro de 2016".

A companhia disse ainda que seu Conselho de Administração avaliará a proposta, em conjunto com seus assessores financeiros e jurídicos, e manterá o mercado informado nos termos da legislação vigente.

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O objetivo, conforme fontes, seria discutir detalhes sobre a oferta vinculante recebida pela Bolsa, como questões jurídicas e procedimentos, antes da resposta final, que deve acontecer em meados da próxima semana, já perto do fim da validade da proposta feita pela BM&FBovespa.

A reunião do Conselho da Cetip, agendada para esta quarta-feira, já estava no calendário da companhia, visto que a depositária divulga seu demonstrativo financeiro, 03, documento que precisa ser aprovado previamente pelo colegiado.

No entanto, com a oferta recebida no dia 19 de março e com o prazo estabelecido pela Bolsa de 20 dias, o assunto fusão entrará na pauta do encontro. Importantes acionistas da Cetip, que possui seu capital bastante pulverizado, já sinalizaram aprovação do negócio.

Depois de tomada a decisão, o Conselho da depositária poderá rejeitar a oferta ou recomendá-la aos acionistas.

O Brasil Plural, em relatório enviado ontem ao mercado, estimou que a chance da fusão ocorrer é de 80% e avaliou que o negócio traria sinergias da ordem de R$ 5 bilhões, em valor presente.

O Itaú BBA e o Morgan Stanley, que foram contratados pelo Conselho da Cetip na ocasião do recebimento da oferta não vinculante de novembro do ano passado, também trabalham na análise da oferta recebida. O Conselho de Administração da Cetip possui 11 membros, sendo quatro representantes de bancos (Itaú, Santander, Bradesco e Votorantim), um da bolsa americana ICE e seis independentes.

Na segunda-feira, a BM&FBovespa defendeu a combinação dos negócios com a Cetip em carta aberta, afirmando que essa união pode gerar "para os participantes dos mercados financeiro e de capitais, ao longo do tempo, economia da ordem de dezenas de bilhões de reais em termos de capitais alocados para a realização de operações". "A concorrência entre os mercados financeiros e de capitais se dá, cada vez mais, em nível global. Acreditamos que o Brasil possua vocação para se consolidar como importante centro financeiro da América Latina", citou a bolsa brasileira em um dos trechos.

ICE

Ainda é incerto o posicionamento da maior acionista da Cetip, a ICE, que detém 12% do capital da depositária.

As expectativas de que a ICE poderia interceder na intenção da BM&FBovespa com uma oferta acima dos R$ 41 por ação para adquirir a Cetip esfriaram depois de que a empresa, dona da bolsa de Nova York, disse que poderia fazer uma proposta pela London Stock Exchange, que na semana passada revelou negociações para se unir com a Deutsche Börse.

O fato de a Bolsa ter oferecido um ajuste baseado na taxa Selic tornou a oferta mais atrativa, visto que o tempo para aprovação pelo Cade elevará a oferta, disse uma fonte. Alguns acionistas chegaram a manifestar que a oferta se tornaria mais atrativa caso o pagamento da taxa Selic passasse a ser contado a partir da reunião do Conselho da Cetip e não da assembleia.

As ações da BM&FBovespa estão reagindo positivamente desde que a nova oferta foi realizada.

Ontem, os papéis superaram a marca de R$ 12,00 - ou seja, acima dos R$ 11,40 por ação que consta na proposta vinculante, o que traria um ganho adicional ao acionista da Cetip caso o negócio fosse fechado hoje.

Na oferta, a Bolsa se dispôs a pagar R$ 41 por ação da Cetip, sendo o pagamento de 75% em dinheiro e 25% em ações.

Procurada, a Cetip informou que "recebeu uma proposta da BM&FBovespa para a aquisição das ações da Cetip, nos termos do Fato Relevante publicado pela BM&FBovespa em 19 de fevereiro de 2016".

A companhia disse ainda que seu Conselho de Administração avaliará a proposta, em conjunto com seus assessores financeiros e jurídicos, e manterá o mercado informado nos termos da legislação vigente.

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