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Cesp divulga balanço em meio a crise hídrica e espera por união de ativos

Empresa teve prejuízo de 18 milhões de reais no segundo trimestre devido à crise hídrica afeta todo o setor

Represa de Paraibuna, da usina hidrelétrica operada pela CESP, em Paraibuna (Marcos Issa//Bloomberg)

Represa de Paraibuna, da usina hidrelétrica operada pela CESP, em Paraibuna (Marcos Issa//Bloomberg)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 26 de outubro de 2021 às 06h00.

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A companhia de energia Cesp divulga resultados do terceiro trimestre nesta terça-feira (26), em meio à crise hídrica e às notícias de que seus controladores devem unir seus ativos de energia no país.

A empresa teve prejuízo de 18 milhões de reais no segundo trimestre, ainda que tenha apresentado aumento na receita, que foi de 525 milhões de reais no período, 8% maior que a do segundo trimestre do ano passado. O resultado do trimestre anterior já refletia a crise hídrica no país, que afeta o setor como um todo.

Para o terceiro trimestre, a expectativa não é animadora. A previsão é de que os resultados do período sejam ainda mais impactados pelo contexto de crise hídrica, uma vez que os meses de julho a setembro estão entre os mais secos do ano. O resultado é que, desde abril, a Cesp perdeu 29% do seu valor de mercado na bolsa de valores brasileira B3.

Ainda assim, nem tudo é má notícia para a empresa. Na semana passada os controladores da Cesp – Votorantim e o fundo canadense CPP – anunciaram que estão nos estágios finais da negociação para unir seus ativos de energia no Brasil. Se concluída, a transação criará um dos maiores grupos de energia da B3, dono de uma série de ativos de geração renovável e do controle da Cesp.

Para o banco Credit Suisse, o negócio é positivo. “A alta exposição da Cesp à fonte hídrica tem prejudicado as margens e limitado a capacidade da empresa de crescer”, escreveram os analistas do banco, em relatório.

Na visão do Credit, a transação vai permitir que a empresa tenha uma melhor estrutura de alavancagem e se beneficie da alta demanda por PPAs (contratos de compra de energia) com fontes renováveis ​​e da aceleração da abertura do mercado livre no Brasil.

Enquanto a negociação avança, os resultados divulgados hoje vão indicar o quanto a crise hídrica ainda pode afetar a companhia no curto prazo.

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