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CEO da Nokia acelera integração com Alcatel

Equipe tem 90 dias para debater quais produtos manter e quais eliminar

Nokia: equipe tem 90 dias para debater quais produtos manter e quais eliminar (Wolfgang von Brauchitsch/Bloomberg News)
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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2016 às 17h37.

Após a aquisição da fabricante de equipamentos de rede rival, a francesa Alcatel-Lucent, em janeiro, Rajeev Suri colocou sua equipe da Nokia em um cronograma ajustado: em apenas 90 dias eles precisariam debater quais produtos manter e quais eliminar.

Embora o CEO da Nokia, de 48 anos, admita que não é fã da indecisão, de “discussões procrastinadas” e da política de escritório, o ritmo era extremo até mesmo para o veloz mundo da tecnologia.

Mas a urgência de Suri tinha um propósito. Ele não queria repetir os equívocos de fusões anteriores das duas fornecedoras de rede que se arrastaram por anos e provocaram prejuízos bilionários.

“O mundo não espera por você”, disse Suri, em entrevista na sede da empresa finlandesa, situada na floresta, nos arredores de Helsinque. “Se você perde a janela, os clientes se dispersam”.

A empresa que resultou do negócio de US$ 18 bilhões está se consolidando antes do que ele esperava, disse Suri. Em um setor assolado pela queda das receitas, tempo realmente é dinheiro, já que ele trabalha para criar um concorrente para a Huawei Technologies e a Ericsson -- um ator global cujo leque de produtos abrange equipamentos de telefonia celular, roteamento de internet, as antigas linhas fixas, cabo e software de computação em nuvem.

A Nokia elevou seus objetivos de cortes de custos e acelerou seu cronograma de implementação -- uma prova, diz Suri, de que está se transformando na empresa que ele vislumbra, com um equilíbrio entre impulso empreendedor, inovação, estrutura e disciplina.

Suri acelerou a integração atual limitando a equipe de pessoas no projeto para menos de 100, contra as milhares que, segundo ele, estavam envolvidas na Nokia Siemens. A Nokia elevou a meta anual de corte de custos de 900 milhões de euros até 2019, de quando o acordo com a Alcatel foi anunciado, para 1,2 bilhão de euros até 2018.

“Você quer ser inclusivo, mas não pode ser a ponto de ter tanta gente envolvida que acaba desacelerando o processo”, disse Suri. “Já vimos esse filme. Temos de aprender com os equívocos do passado”.

Eliminando empregos

A empresa planeja eliminar até 15.000 empregos de um total combinado de 105.000, disseram pessoas familiarizadas com o assunto em abril. Suri, que preferiu não especificar sua meta de corte de empregos, diz que sua ambição a longo prazo é uma margem operacional de dois dígitos. No trimestre passado, o retorno ajustado sobre as vendas da divisão de redes da Nokia foi de 6 por cento.

Internamente, os pessimistas disseram a Suri que seu cronograma rápido para as decisões sobre o portfólio de produtos que muitas vezes levam um ano ou mais era impossível. Ele seguiu adiante mesmo assim e cumpriu a meta autoimposta de 90 dias. Ele tem mais planos -- quer expandir os programas de qualidade, a precificação centralizada e os projetos de melhora contínua em toda a empresa, mas está cauteloso quanto a forçar muitas mudanças de uma vez.

“Você se adapta no começo e, é claro, chega um momento em que você diz ‘há dinheiro em jogo e vamos atrás dele’”, disse Suri.

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Após a aquisição da fabricante de equipamentos de rede rival, a francesa Alcatel-Lucent, em janeiro, Rajeev Suri colocou sua equipe da Nokia em um cronograma ajustado: em apenas 90 dias eles precisariam debater quais produtos manter e quais eliminar.

Embora o CEO da Nokia, de 48 anos, admita que não é fã da indecisão, de “discussões procrastinadas” e da política de escritório, o ritmo era extremo até mesmo para o veloz mundo da tecnologia.

Mas a urgência de Suri tinha um propósito. Ele não queria repetir os equívocos de fusões anteriores das duas fornecedoras de rede que se arrastaram por anos e provocaram prejuízos bilionários.

“O mundo não espera por você”, disse Suri, em entrevista na sede da empresa finlandesa, situada na floresta, nos arredores de Helsinque. “Se você perde a janela, os clientes se dispersam”.

A empresa que resultou do negócio de US$ 18 bilhões está se consolidando antes do que ele esperava, disse Suri. Em um setor assolado pela queda das receitas, tempo realmente é dinheiro, já que ele trabalha para criar um concorrente para a Huawei Technologies e a Ericsson -- um ator global cujo leque de produtos abrange equipamentos de telefonia celular, roteamento de internet, as antigas linhas fixas, cabo e software de computação em nuvem.

A Nokia elevou seus objetivos de cortes de custos e acelerou seu cronograma de implementação -- uma prova, diz Suri, de que está se transformando na empresa que ele vislumbra, com um equilíbrio entre impulso empreendedor, inovação, estrutura e disciplina.

Suri acelerou a integração atual limitando a equipe de pessoas no projeto para menos de 100, contra as milhares que, segundo ele, estavam envolvidas na Nokia Siemens. A Nokia elevou a meta anual de corte de custos de 900 milhões de euros até 2019, de quando o acordo com a Alcatel foi anunciado, para 1,2 bilhão de euros até 2018.

“Você quer ser inclusivo, mas não pode ser a ponto de ter tanta gente envolvida que acaba desacelerando o processo”, disse Suri. “Já vimos esse filme. Temos de aprender com os equívocos do passado”.

Eliminando empregos

A empresa planeja eliminar até 15.000 empregos de um total combinado de 105.000, disseram pessoas familiarizadas com o assunto em abril. Suri, que preferiu não especificar sua meta de corte de empregos, diz que sua ambição a longo prazo é uma margem operacional de dois dígitos. No trimestre passado, o retorno ajustado sobre as vendas da divisão de redes da Nokia foi de 6 por cento.

Internamente, os pessimistas disseram a Suri que seu cronograma rápido para as decisões sobre o portfólio de produtos que muitas vezes levam um ano ou mais era impossível. Ele seguiu adiante mesmo assim e cumpriu a meta autoimposta de 90 dias. Ele tem mais planos -- quer expandir os programas de qualidade, a precificação centralizada e os projetos de melhora contínua em toda a empresa, mas está cauteloso quanto a forçar muitas mudanças de uma vez.

“Você se adapta no começo e, é claro, chega um momento em que você diz ‘há dinheiro em jogo e vamos atrás dele’”, disse Suri.

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