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Cemig deve deixar Renova com Brookfield sinalizando oferta melhor

Segundo fontes, a Brookfield deve oferecer à Cemig e sua controlada Light o equivalente a 11,75 reais por Unit da Renova

Renova: fontes afirmam que representantes da Brookfield devem fazer uma proposta formal pela Renova em dias (Thinkstock/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 29 de setembro de 2017 às 13h24.

Última atualização em 29 de setembro de 2017 às 18h20.

São Paulo - A elétrica mineira Cemig caminha para deixar a geradora Renova Energia , uma vez que a canadense Brookfield Asset Management considera elevar sua proposta de aquisição da companhia para valores acima dos inicialmente esperados, disseram à Reuters nesta sexta-feira duas fontes com conhecimento direto do assunto.

Segundo as fontes, que falaram sob a condição de anonimato, porque as conversas seguem privadas, a Brookfield deve oferecer à Cemig e sua controlada Light o equivalente a 11,75 reais por Unit da Renova. Cada Unit da Renova representa uma ação ordinária e duas preferenciais.

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A Reuters publicou em 19 de setembro que a Brookfield considerava apresentar uma proposta de comprar as Units da Renova a 11,25 reais cada, ficando com todo o bloco de controle da companhia.

Uma das fontes disse que a Cemig e Light queriam ao menos 12,25 reais para vender suas posições de controle na Renova, onde detêm 64,4 por cento das ações ordinárias.

Brookfield, Cemig e Light não comentaram imediatamente.

As units reverteram perdas anteriores e subiam 1 por cento por volta das 13:08.

Segundo as fontes, representantes da Brookfield devem fazer uma proposta formal pela Renova em dias.

Se Cemig e Light aceitarem a proposta, a Brookfield poderia tomar o controle da Renova com maior assertividade e utilizá-la para crescer mais rapidamente no setor de energias renováveis do Brasil, disse uma das fontes.

Se a proposta for formalizada, a Brookfield gastaria cerca de 1,05 bilhão de reais para ganhar o controle da Renova, disse a fonte. A Brookfield também poderá injetar mais 800 milhões de reais na companhia ou mesmo fechar seu capital.

A Renova tem enfrentado uma forte crise financeira nos últimos anos, desde o fracasso de uma parceria com a norte-americana SunEdison, que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.

A saída da Renova também pode ajudar a Cemig, uma das maiores elétricas do Brasil, a acelerar o reperfilamento de quase 4 bilhões de reais em dívidas que vencem neste ano, disse em agosto o diretor financeiro da Cemig, Adézio Lima. Na época, ele afirmou que a venda da Renova deveria ser fechada em até 60 dias.

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