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Carlyle compra fatia do restaurante Madero por R$ 700 milhões e mira IPO

Os R$ 700 milhões a serem aportados pelo Carlyle devem ser usados para quitar dívidas e deixar a empresa mais atraente para ir à Bolsa

Madero: a empresa é avaliada em R$ 3 bilhões (Guilherme Pupo/Madero/Divulgação)

Madero: a empresa é avaliada em R$ 3 bilhões (Guilherme Pupo/Madero/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 12h43.

Última atualização em 25 de janeiro de 2019 às 13h16.

São Paulo - O fundo de private equity Carlyle assinou o contrato da aquisição de uma fatia de 23,3% da rede de hamburgueria paranaense Madero, por R$ 700 milhões. As conversas começaram em setembro e o acordo foi acertado em novembro, conforme adiantou O Estado de S. Paulo. Nos últimos dois meses, os dados da rede de restaurantes passaram por um processo de 'due dilligence' (análise de dados financeiros). O negócio avaliou 100% do Madero em R$ 3 bilhões. A intenção das partes é acelerar o crescimento do negócio para fazer um IPO (oferta inicial de ações) em 2020.

Atualmente com 141 restaurantes, a rede Madero, inaugurada em 2005, ficou conhecida pela rápida expansão de seus negócios. Parte do crescimento foi financiado por meio de dívidas, que foram concentradas com o fundo HSI. Hoje, os débitos totais do Madero estão ao redor de R$ 520 milhões. Os R$ 700 milhões a serem aportados pelo Carlyle devem ser usados para quitar esse débito e deixar a empresa mais atraente par air à Bolsa, disse ao Estado nesta sexta-feira (25) o empresário Junior Durski, fundador do Madero.

Durski diz que, além de pagar a dívida com a HSI, a companhia também vaicontinuar com o pé no acelerador em termos de expansão. Hoje com 141 unidades, a rede pretende abrir mais 52 restaurantes somente em 2019. Os números incluem as cadeias Madero, Stake House e Jerônimo (de apelo mais popular).

No passado, a rede negociou com vários outros fundos, como Catterton, Gávea e General Atlantic. O Madero também chegou a trabalhar com vários 'advisors' para operações do gênero, como Itaú BBA, Bradesco BBI e BR Partners. Mas acabou negociando com o Carlyle sozinho, enquanto o fundo foi assessorado pelo Santander.

Depois de 24 meses de "silêncio" no mercado, o Carlyle - fundo que é dono de negócios como a rede de brinquedos Ri-Happy e a cadeia de decoração TokStok no Brasil - voltou às compras no Brasil com o Madero. A empresa está com alguns investimentos "antigos" no Brasil, esperando a oportunidade de realizar lucro. A Ri-Happy, por exemplo, está na fila de IPOs (aberturas de capital) na Bolsa paulista. Procurado, o fundo não respondeu imediatamente ao contato da reportagem.

Segundo o jornal apurou, o objetivo da cadeia de restaurantes é convidar investidores pessoas físicas de pequeno porte para participar da negociação de ações da companhia. Para isso, quer usar a imagem do apresentador Luciano Huck, que é dono de 5% do negócio e é conhecido como garoto-propaganda de várias marcas de varejo.

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