Fábrica da Cargill em MG: empresa produzirá até 200 mil toneladas de biodiesel no MS (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2010 às 12h30.
São Paulo - A Cargill construirá a sua primeira usina de biodiesel no Brasil no município de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, onde investirá cerca de R$ 130 milhões em uma unidade com capacidade para a produção de 200 mil toneladas do biocombustível, segundo nota da empresa divulgada nesta sexta-feira.
"A nova fábrica funcionará anexa à atual unidade de esmagamento de soja da Cargill (em Três Lagoas) e terá capacidade anual de produção de 200 mil toneladas de biodiesel", afirmou a companhia, sem dar mais detalhes em comunicado. A unidade deve começar a operar em 2012.
A exemplo do que deverá ocorrer com a Cargill, outras companhias do setor no país utilizam a soja como a principal matéria-prima para a produção de biodiesel --cerca de 85% da produção do biocombustível no país é feita com a oleaginosa.
Em 2010, o Brasil passou a adotar mandatoriamente o B5, uma mistura de diesel com 5% de biodiesel que demanda quase 2 milhões de toneladas de óleo de soja por ano.
A Cargil comercializa e processa soja e outros grãos e oleaginosas, e é uma das maiores exportadoras e processadoras da commodity do país.
Em 2009, quando a empresa inaugurou a sua sexta unidade processadora de soja no Brasil, em Primavera do Leste (MT), o Complexo Soja da empresa comercializou 9,1 milhões de toneladas do grão no país, contra 7,15 milhões de toneladas em 2008.
No ano passado, incluindo todos os segmentos, a Cargill teve receita líquida de R$ 15,8 bilhões no Brasil, registrando um lucro após impostos) de R$ 325 milhões. As exportações da companhia alcançaram R$ 11,6 bilhões em 2009.
O investimento da companhia no Brasil segue anúncio de recursos para uma unidade de biodiesel na Argentina. Em agosto, a empresa informou o início das obras de uma usina que deverá operar a partir de 2011 no país vizinho.
Em julho, o governo argentino determinou o aumento do volume de biodiesel à base de soja na mistura de combustíveis, de 5% para 7%.