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Capacidade de resposta da indústria preocupa, avalia Shell

O presidente da empresa no Brasil disse nesta quinta-feira estar preocupado com a capacidade futura da indústria de atender as crescentes demandas do setor de óleo e gás


	A Shell participa, via Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), de estudos setoriais que avaliam a possibilidade de solicitar flexibilização das regras de conteúdo local
 (Wikimedia Commons)

A Shell participa, via Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), de estudos setoriais que avaliam a possibilidade de solicitar flexibilização das regras de conteúdo local (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 14h31.

Rio de Janeiro - O presidente da Shell no Brasil, André Araújo, disse nesta quinta-feira estar preocupado com a capacidade futura da indústria nacional de atender as crescentes demandas do setor de óleo e gás.

Araújo diz que os projetos atuais da companhia são de concessões antigas e, portanto, não requerem porcentuais altos de conteúdo local. Os próximos projetos, porém, representarão um desafio maior.

"Não posso negar que o volume de demanda por equipamentos e serviços é muito grande. E obviamente existe uma preocupação de como, daqui a quatro, cinco anos, vai estar a capacidade da indústria de entregar (as encomendas)", disse, em evento da petroleira no Rio sobre inovação.

A Shell participa, via Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), de estudos setoriais que avaliam a possibilidade de solicitar flexibilização das regras de conteúdo local.

Araújo diz que este é um ponto a ser avaliado, mas ainda não há conclusão. Ele diz estar recebendo sinais positivos de fornecedores e da cadeia do setor sobre capacidade de atendimento. E diz que a companhia vai cumprir as metas estabelecidas.


O executivo diz que a empresa tem interesse nas rodadas de licitação de petróleo que serão realizadas neste ano no Brasil, incluindo a rodada de gás a ser realizada em outubro.

"O Brasil é um país estratégico", disse. A companhia no momento avalia os dados técnicos da 11ª rodada, a ser realizada em maio. O resultado deste trabalho vai determinar onde e como a petroleira vai participar, disse.

Sobre rumores de que a Petrobras poderia vender a participação do bloco BC-10 (Parque das Conchas, na Bacia de Campos), Araújo se esquivou, dizendo não ter informação. A Shell opera o campo com 80%. A Petrobras tem 20%. "Não posso falar do que não sei. Temos uma parceria com a Petrobras que funciona bem. Quando a gente tiver alguma informação, falaremos sobre isso", disse.

Araújo também preferiu não comentar se a petroleira mantém negociação com a Petrobras para aquisição de blocos no Golfo do México. "O Golfo do México é uma área estratégica da Shell e olhamos sempre oportunidades", disse.

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