Calor pode baixar produção de café no Brasil, diz Cooxupé
Segundo o presidente da cooperativa, os grãos da safra atual estão menores do que o normal, possivelmente por causa das altas temperaturas
Luísa Melo
Publicado em 26 de agosto de 2015 às 09h52.
São Paulo - A produção de café brasileira deve sofrer uma baixa neste ano devido ao calor , acredita Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooxupé, maior exportadora da commodity do país.
Segundo ele, as fortes temperaturas registradas em janeiro e dezembro passados fizeram com que os grãos da safra atual ficassem menores do que o normal.
"Vai haver quebra. O grão de peneira 17/18, o maior, mais valioso e que as empresas de cafés especiais preferem, normalmente equivale a 30% de uma amostra. Neste ano, está dando 22%", afirmou em evento para divulgação de uma nova joint venture da cooperativa nesta terça-feira, em São Paulo.
Segundo ele, em regiões de maior altitude, onde as temperaturas são amenas, o problema tem sido menos frequente.
"A minha impressão é que a seca não influenciou tanto, mas o calor sim. Porque até mesmo em lugares com irrigação, principalmente no Cerrado de Minas Gerais, o café deu grãos miúdos".
Em 2014, a Cooxupé colheu 5 milhões de sacas de café. A estimativa para este ano é de alcançar 5,2 milhões.
"Só vamos conseguir produzir a mesma quantidade porque aumentamos a quantidade de cooperados em cerca de 15%. Se fizéssemos um corte com o mesmo número do ano passado, daria uma quebra", afirmou.
"Isso, inclusive, já impactou os preços. Mas eles voltaram a cair por conta da crise na China. Em plena colheita, a saca chegou a valer 500 reais, agora que começou essa turbulência é que caiu. Ontem estava a 440 reais", completou.
A dimensão exata da perda só poderá ser calculada no fim da colheita, de acordo com Costa.
São Paulo - A produção de café brasileira deve sofrer uma baixa neste ano devido ao calor , acredita Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooxupé, maior exportadora da commodity do país.
Segundo ele, as fortes temperaturas registradas em janeiro e dezembro passados fizeram com que os grãos da safra atual ficassem menores do que o normal.
"Vai haver quebra. O grão de peneira 17/18, o maior, mais valioso e que as empresas de cafés especiais preferem, normalmente equivale a 30% de uma amostra. Neste ano, está dando 22%", afirmou em evento para divulgação de uma nova joint venture da cooperativa nesta terça-feira, em São Paulo.
Segundo ele, em regiões de maior altitude, onde as temperaturas são amenas, o problema tem sido menos frequente.
"A minha impressão é que a seca não influenciou tanto, mas o calor sim. Porque até mesmo em lugares com irrigação, principalmente no Cerrado de Minas Gerais, o café deu grãos miúdos".
Em 2014, a Cooxupé colheu 5 milhões de sacas de café. A estimativa para este ano é de alcançar 5,2 milhões.
"Só vamos conseguir produzir a mesma quantidade porque aumentamos a quantidade de cooperados em cerca de 15%. Se fizéssemos um corte com o mesmo número do ano passado, daria uma quebra", afirmou.
"Isso, inclusive, já impactou os preços. Mas eles voltaram a cair por conta da crise na China. Em plena colheita, a saca chegou a valer 500 reais, agora que começou essa turbulência é que caiu. Ontem estava a 440 reais", completou.
A dimensão exata da perda só poderá ser calculada no fim da colheita, de acordo com Costa.