Exame Logo

Caixa impede ataque de hackers e banco de dados sai do ar

A Caixa sofreu uma tentativa de invasão no banco de dados do Número de Identificação Social, que contém informações de beneficiários de programas sociais

Caixa: o NIS é usado para identificar movimentações no FGTS, seguro-desemprego, abono salarial e o pedido de aposentadoria (Nadia Sussman/Bloomberg/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de agosto de 2019 às 08h48.

Brasília - A Caixa sofreu uma tentativa de invasão de hackers na noite da última quarta-feira, 14, que obrigou o banco a tirar do ar o sistema que contém dados de beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família, e de trabalhadores.

O ataque foi feito no banco de dados do Número de Identificação Social (NIS). De acordo com informações do site do próprio banco, devem ser cadastrados no NIS trabalhadores da iniciativa privada, beneficiários de programas sociais (o cadastro é feito pelo gestor do programa) e beneficiários de políticas públicas (o cadastro é feito pelos ministérios).

Veja também

Ainda segundo o site, para os trabalhadores, esse número é usado para identificá-los no recolhimento e recebimento do FGTS, seguro-desemprego, abono salarial e também no ato da aposentadoria.

Procurada pelo Estadão/Broadcast, a Caixa confirmou nesta quinta, 15, a tentativa de invasão. Em nota, o banco diz que "identificou, na noite de 14 de agosto de 2019, tentativa de acesso indevido ao sistema corporativo que possui informações cadastrais de cidadãos" e que tomou as medidas necessárias para "impedir a concretização de possíveis fraudes e garantir a segurança dos dados dos cidadãos". Segundo a Caixa, o ataque não atingiu o sistema que armazena informações do FGTS.

O Estadão/Broadcast apurou com fontes a par do assunto que o sistema foi derrubado ainda na noite de quarta-feira, na tentativa de conter a invasão. Até a noite de quinta, o sistema seguia fora do ar.

Em nota, a Caixa afirmou que utiliza as "melhores práticas" e ferramentas especializadas em segurança cibernética e atua constantemente na prevenção de eventuais ocorrências de fraudes. O banco diz ainda que realiza o monitoramento das operações e dos acessos aos sistemas que custodiam as informações dos seus clientes e dos cidadãos brasileiros que utilizam seus serviços.

Acompanhe tudo sobre:CaixaFGTSHackers

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame