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C&A reforça marketplace e passa a vender joias, decoração e jogos no site

As vendas no marketplace da marca cresceram 507% em junho e 812% em julho; dentre os parceiros estão Vivara, de joias, e Beauty Box, de beleza

C&A: varejista de moda amplia número de categorias no site (Rafa Neddermeyer/JV IMAGENS/Divulgação)

Mariana Desidério

Publicado em 23 de julho de 2020 às 08h57.

A varejista de moda C&A está ampliando seu marketplace e passou a oferecer uma gama maior de categorias no site. Dentre os produtos que agora podem ser encontrados pelos consumidores na plataforma da marca estão joias, decoração, itens de beleza, itens para pets, games e eletrônicos. O marketplace também traz produtos de outras marcas de roupas.

A ideia, segundo o presidente da empresa, Paulo Correa, é se tornar um ponto de referência para todos os segmentos que de alguma forma ajudem o consumidor a expressar sua identidade. “Acreditamos que a moda é forma como o indivíduo se expressa para o mundo. E está ficando mais claro que isso não ocorre só através do que vestimos, mas também com decoração, itens de cama mesa e banho, eletrônicos”, diz.

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Com isso, a C&A dá um passo importante no disputado universo das compras online. A seu favor, ela tem o grande reconhecimento de marca entre os brasileiros. A marca é uma das mais tradicionais varejistas de moda do país, com 43 anos no Brasil. Até 2010, a C&A era líder do mercado. Depois, ficou anos semcrescer e foi perdendo espaço para concorrentes como Renner e Riachuelo. No ano passado, abriu capital na bolsa brasileira B3 com a meta de voltar a expandir.

“Temos um relacionamento de décadas com o consumidor, uma conexão emocional muito forte, tem gente que está conosco desde a infância. A ideia é sermos curadores de marcas e produtos que se conectem com nossa base de clientes”, diz Correa.

Para chegar lá, a varejista ampliou o número de parceiros no marketplace, que passou a se chamar Galeria C&A. Hoje são cerca de 35 parceiros. Dentre eles estão a Vivara, com joias, Beauty Box com itens de beleza, Liz, com lingerie, Casa Mais com decoração, e Grow, com brinquedos e jogos. Dentre as marcas de roupas, estão Sawary, de jeans, e Kings, de moda de rua, sendo que essas já são vendidas nas lojas físicas da C&A.

O público respondeu bem. As vendas no marketplace cresceram 119% em abril, 353% em maio, 507% em junho (mês em que a C&A iniciou a expansão da modalidade), e 812% em julho, sempre em comparação com o mesmo mês do ano anterior. A companhia não divulga números absolutos.

Para atrair novos parceiros e otimizar o processo de cadastro de marcas interessadas, a varejista criou uma plataforma chamada Venda Aqui, onde as empresas interessadas em vender pelo site da C&A se cadastram. Após o cadastro, as marcas passam por uma curadoria para a escolha daquelas que mais se encaixam com a proposta do marketplace.

Para os parceiros, a C&A oferece o contato com um público que vem crescendo. A varejista cresceu de forma significativa em seu aplicativo, por exemplo. No início no ano eram cerca de 500 mil usuários no app por mês. Hoje já são perto de 3 milhões. A rede ainda tem um programa de fidelidade, com cerca de 10 milhões de clientes. “Após o IPO aumentamos significativamente os investimentos no digital, aceleramos, o que torna a Galeria mais interessante para os parceiros”, diz Correa.

A possibilidade de ter esses novos segmentos oferecidos também nas lojas físicas da marca não está no radar por enquanto, mas não é descartada. A Riachuelo, por exemplo, tem o modelo de loja Casa Riachuelo, com itens de decoração e outros artigos para o lar.

A C&A abriu capital no Brasil em outubro do ano passado. Terminou 2019 com receita de 5,2 bilhões de reais e lucro de 214 milhões de reais, um crescimento de 23,4% em relação a 2018. No primeiro trimestre de 2020, teve prejuízo de 55,4 milhões de reais, com queda da receita por conta da pandemia do novo coronavírus. A rede tem 286 lojas.

Acompanhe tudo sobre:C&AModaVarejo

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