Negócios

Burger King divulga balanço, o primeiro desde a aquisição da Domino’s

Empresa anuncia resultados financeiros nesta quinta em meio à uma estratégia com foco no digital e aquisições

Burger King Praça Panamericana - São Paulo - SP -03/08/2021  - Foto: Eduardo Frazão (Eduardo Frazão/Exame)

Burger King Praça Panamericana - São Paulo - SP -03/08/2021 - Foto: Eduardo Frazão (Eduardo Frazão/Exame)

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia.

Em meio à reabertura gradual dos estabelecimentos, campanhas publicitárias polêmicas e notícias sobre aquisições de rivais, a rede de hamburguerias Burger King Brasil divulga hoje, 05, o balanço financeiro do segundo trimestre deste ano. Esta será a primeira vez que a empresa publica seus resultados desde o anúncio das intenções de compra da DP Brasil, conglomerado que administra a rede de pizzarias Domino’s Pizza no país.

A expectativa é de bons números, levando em consideração o bom desempenho da empresa prestes a se tornar a mais nova incorporada: o “mercado sem crise” das pizzas, vivenciado pela Domino’s leva o BK a projetar 1.000 novos restaurantes nos próximos 10 anos. Apesar de ainda estar sob análise e sem números concretos a serem mostrados neste balanço, a notícia compra da DP Brasil já deve repercutir nos resultados BK.

Para o Burger King, a primeira compra também é sinônimo de um cenário convidativo para outras fusões e aquisições no futuro. A primeira adquirida pelo grupo foi a rede Popeyes, rede de fast-food de frango, ainda em 2018.

Como para a grande maioria das redes de alimentação, o Burger King também se vê diante de desafios particulares em relação à captação de clientes. Com o abre e fecha dos estabelecimentos físicos, a estratégia adotada tem sido a priorização dos canais digitais. Em entrevista à EXAME, o vice-presidente de vendas, marketing e tecnologia do Burger King, Ariel Grunkraut, detalhou as estratégias da rede em relação ao uso de dados e tecnologia, como uma maneira de atrair e fidelizar clientes  — dentro e fora dos restaurantes.

"O consumidor de fast food no Brasil é diverso. Há 50 milhões de pessoas que consomem fast food todo ano. Destes, 10 milhões consomem mais do que 30 vezes por ano, mas são infiéis com as marcas. Assim, o objetivo é entregar valor para eles e outros consumidores", disse.

Nos últimos dois anos, a companhia investiu 10 milhões de reais em inovação e criou a área de experiência do usuário, mergulhou em sua base de dados, lançou novo aplicativo e a versão de pedidos por WhatsApp e um app para entregadores que traz soluções de gestão e produtividade.

Com o reforço no grupo, a diversificação do portfólio de produtos da rede (que agora incluem as pizzas) e a adoção massiva de tecnologia, resta entender se o novo balanço do Burger King  também vai refletir números positivos como consequência de todo esse conjunto de ações.

Ainda há certa incerteza sobre o otimismo na retomada, visto que boa parte da operação do Burger King está baseada nas lojas físicas e ainda não há definições concretas sobre uma reabertura total. As recentes determinações do Governo do Estado de São Paulo por uma retomada total, porém, devem beneficiar a empresa, que hoje tem 50% do negócio centralizado nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

No último trimestre, a empresa apurou uma receita líquida de 562,6 milhões de reais, em uma queda de 13,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já Ebitda (juros antes de depreciação, juros e impostos) foi de 31,8 milhões de reais, um decréscimo superior a três vezes, também comparado ao primeiro trimestre de 2019.

Acompanhe tudo sobre:Burger KingExame Hoje

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024