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Brasil Foods e Kraft registram queda nas vendas no 1º semestre

A BRF acredita que o quadro deverá repercutir sobre o fechamento de 2012, com o número de pessoas contratadas em dezembro devendo ser inferior ao esperado

Fábrica da Kraft no interior de Pernambuco: empresa trabalha com expectativa de que o consumo melhore no segundo semestre  (Leo Caldas/EXAME.com)

Fábrica da Kraft no interior de Pernambuco: empresa trabalha com expectativa de que o consumo melhore no segundo semestre (Leo Caldas/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 12h14.

Rio - O desaquecimento da economia já está surtindo efeito nas contas de empresas de peso do setor alimentício, como a BRF Brasil Foods e a Kraft Foods. As duas empresas informaram ter registrado redução de vendas no primeiro semestre deste ano. A BRF acredita que o quadro deverá repercutir sobre o fechamento de 2012, com o número de pessoas contratadas em dezembro devendo ser inferior ao de janeiro, diferentemente do que costumar ocorrer, segundo o vice-presidente de Assuntos Corporativos da empresa, Wilson Newton de Mello Neto.

Neste ano, o ritmo mais lento da economia brasileira deixou de funcionar como compensação da crise internacional para a BRF. A consequência é uma possível redução do investimento no acumulado do ano, em comparação ao ano anterior, como na área de recursos humanos. O executivo, porém, descarta o adiamento de alguma nova instalação, como a fábrica de produtos lácteos no município de Barra Mansa (RJ).

O aumento de custos no mercado interno motivou o repasse de preços pela BRF para alguns alimentos, o que deve ter contribuído para a inflação de alimentos, registrada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Contudo, segundo o executivo da empresa alimentícia, uma parcela do aumento dos custos foi assumida pela empresa.

A Kraft Foods trabalha com a expectativa de que o consumo melhore no segundo semestre deste ano em relação ao anterior. "Esperávamos um início de ano melhor do que foi. Mas acreditamos que o segundo semestre será melhor do que o primeiro porque um dos fatores que pesou na decisão de compra das famílias, que foi o endividamento, deverá cair no segundo semestre", afirmou Fabio Acerbi, diretor de Assuntos Corporativos e Governamentais da Kraft Foods, que junto de Mello Neto, participou de seminário na Rio+20.

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