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BRF, dona da Sadia, nega utilização de papelão na carne

Empresa afirmou que a fábrica fechada pela fiscalização da PF na operação Carne Fraca responde por menos de 5% da produção total

Frigorífico: funcionário falou em embalar as carnes em papelão, e não colocar papelão nas carnes, segundo a BRF (Ricardo Rojas/Reuters)

Frigorífico: funcionário falou em embalar as carnes em papelão, e não colocar papelão nas carnes, segundo a BRF (Ricardo Rojas/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de março de 2017 às 11h26.

São Paulo - A BRF afirmou no sábado que a sua unidade de produção de carne de frango e peru na cidade goiana de Mineiros, fechada pelo Ministério da Agricultura após a operação Carne Fraca da Polícia Federal, responde por menos de 5 por cento da produção da companhia e negou a utilização de papelão em seus produtos.

Em longo comunicado à imprensa, a companhia disse ainda que a fábrica interditada possui três certificações internacionais e "está habilitada para exportar para os mais exigentes mercados do mundo, como Canadá, União Europeia, Rússia e Japão".

A companhia teve um executivo com prisão decretada na operação de sexta, que apontou um esquema de pagamento de propina a fiscais do ministério.

O executivo se entregou à polícia no sábado ao retornar de viagem a trabalho, e a BRF garantiu que "não compactua com práticas ilícitas e refuta categoricamente qualquer insinuação em contrário". Disse ainda que está "acompanhando as investigações e dará todo o suporte às autoridades".

Sobre a suposta inclusão de papelão em produtos da companhia, apontada em gravação telefônica feita pela Polícia Federal, a BRF disse se tratar de "um grande mal entendido na interpretação do áudio capturado".

"O funcionário estava se referindo às embalagens do produto e não ao seu conteúdo. Quando ele diz 'dentro do CMS', está se referindo à área onde o CMS é armazenado. Isso fica ainda mais claro quando ele diz que vai ver se consegue 'colocar EM papelão', ou seja, embalar o produto EM papelão, pois esse produto é normalmente embalado em plástico", disse a empresa.

"Na frase seguinte, ele deixa claro que, caso não obtenha a aprovação para a mudança de embalagem, terá de condenar o produto, ou seja, descartá-lo."

A companhia garantiu ainda que "nunca comercializou carne podre e nem nunca foi acusada disso" e afirmou lamentar que "parte da imprensa tenha inserido o seu nome de maneira equivocada em reportagens que tratam desse assunto".

"A BRF vem a público manifestar seu apoio à fiscalização do setor e ao direito de informação da sociedade com base em fatos, sem generalizações que podem prejudicar a reputação de empresas idôneas e gerar alarme desnecessário na população", afirmou o comunicado.

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