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Brasil Foods prevê novas aquisições na América Latina

Empresa está de olho nos setores de frangos, suínos, bovinos e leite nos países da região

Fábrica da Brasil Foods: 4 bilhões de reais em caixa (Joel Rocha/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 15h30.

São Paulo - A Brasil Foods , maior exportadora mundial de carne de frango, pretende realizar novas aquisições na América Latina como parte de sua estratégia de internacionalização, disse à Reuters nesta sexta-feira o vice-presidente de Assuntos Corporativos da companhia, Wilson Mello.

Segundo ele, a Brasil Foods, após adquirir duas empresas na Argentina, está buscando oportunidades para produzir e processar nos segmentos de frangos, suínos, bovinos e leite em outros países da região.

"A América Latina está inserida em nosso plano de investimentos. A Argentina foi o primeiro passo e estamos buscando mais oportunidades", disse Mello, que evitou especificar em quais países a empresa está interessada.

A Brasil Foods conta com 4 bilhões de reais em caixa e baixo nível de endividamento, o que facilita seus planos de investimentos e acesso a financiamentos, disse o executivo.

Esta liquidez deve aumentar depois que a empresa cumprir as vendas de ativos previstas pelo órgão antitruste brasileiro, o Cade, como condição para aprovar a fusão entre a Perdigão e a Sadia, que criou a companhia.

Mello evitou dar mais detalhes dos planos de crescimento na América Latina.

"Buscamos países emergentes com uma economia crescente, com democracia e instituições sólidas e que tenham capacidade de crescer como o Brasil, a Argentina", disse.

"Buscamos oportunidades que tenham relação com nosso negócio. Não vamos sair do nosso 'core business'. Estamos buscando oportunidades na indústria de alimentos, basicamente na indústria de proteínas: frango, peru, suíno, bovino e leite", acrescentou.

A Brasil Foods teve lucro líquido de 498 milhões de reais no segundo trimestre deste ano, 190 por cento superior ao registrado em igual período do ano passado, puxado pela forte demanda interna.

O plano estratégico da BRF, que controla cerca de um quarto do mercado global de aves, prevê duplicar o faturamento da empresa entre 2010 e 2015, através do crescimento orgânico e de aquisições.


A BRF tem plantas processadoras na Grã Bretanha, Holanda e Rússia. Em breve, abrirá plantas nos Emirados Árabes Unidos e prevê outra para a China a partir de 2012.

Segundo ele, na joint venture com a companhia chinesa Dah Chong Hong, a BRF exportará matéria-prima para terminar o processamento de frangos e suínos numa fábrica local em parceria com o grupo chinês, que já tem o controle da distribuição no país.

"A ideia é que esta joint venture esteja operando, em fase inicial, em 2012, provavelmente no segundo semestre", acrescentou.

Mello considera que a compra da Avex, maior produtor de frangos na Argentina, é um marco na estratégia da BRF, porque pela primeira vez a empresa começará a produzir fora do Brasil para atender o mercado doméstico e para exportar.

"É uma demonstração clara de que este processo é uma realidade que vai se tornar o cotidiano na vida da BRF", disse.

Mercado interno

O executivo afirmou que a estratégia da companhia passa por um balanço entre os mercados interno e externo. "Sempre se cuidou para que as receitas tivessem origem no mercado interno e no externo", afirmou.

Historicamente, esta participação fica entre 55 por cento para o mercado interno e 45 por cento para o externo, variando em alguns momentos em até 60-40 por cento.

O executivo afirmou que a companhia tem conseguido administrar bem os custos mesmo em meio à forte alta dos insumos neste ano, sobretudo do milho.

"No processo de sinergia da fusão (Sadia-Perdigão), a empresa tem conseguido capturar sinergias e isso tem reduzido muito os custos. E isso permite que a companhia mantenha suas margens históricas", afirmou.


Cade

Com relação à venda de ativos, em cumprimento ao acordo firmado no Cade, o compromisso é concluir a operação até o final do primeiro semestre de 2012, prazo que deverá ser respeitado, segundo Mello.

O banco BTG Pactual foi contratado para assessorar a BRF na operação.

Recentemente, analistas de mercado vêm elevando suas recomendações para a BRF, justamente pelos ganhos esperados em sinergias.

"Já divulgamos as informações necessárias para despertar o interesse de potenciais compradores e agora estamos aguardando esta análise", afirmou. "Estamos com o processo andando e seguindo o curso natural", acrescentou.

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Segundo ele, a Brasil Foods, após adquirir duas empresas na Argentina, está buscando oportunidades para produzir e processar nos segmentos de frangos, suínos, bovinos e leite em outros países da região.

"A América Latina está inserida em nosso plano de investimentos. A Argentina foi o primeiro passo e estamos buscando mais oportunidades", disse Mello, que evitou especificar em quais países a empresa está interessada.

A Brasil Foods conta com 4 bilhões de reais em caixa e baixo nível de endividamento, o que facilita seus planos de investimentos e acesso a financiamentos, disse o executivo.

Esta liquidez deve aumentar depois que a empresa cumprir as vendas de ativos previstas pelo órgão antitruste brasileiro, o Cade, como condição para aprovar a fusão entre a Perdigão e a Sadia, que criou a companhia.

Mello evitou dar mais detalhes dos planos de crescimento na América Latina.

"Buscamos países emergentes com uma economia crescente, com democracia e instituições sólidas e que tenham capacidade de crescer como o Brasil, a Argentina", disse.

"Buscamos oportunidades que tenham relação com nosso negócio. Não vamos sair do nosso 'core business'. Estamos buscando oportunidades na indústria de alimentos, basicamente na indústria de proteínas: frango, peru, suíno, bovino e leite", acrescentou.

A Brasil Foods teve lucro líquido de 498 milhões de reais no segundo trimestre deste ano, 190 por cento superior ao registrado em igual período do ano passado, puxado pela forte demanda interna.

O plano estratégico da BRF, que controla cerca de um quarto do mercado global de aves, prevê duplicar o faturamento da empresa entre 2010 e 2015, através do crescimento orgânico e de aquisições.


A BRF tem plantas processadoras na Grã Bretanha, Holanda e Rússia. Em breve, abrirá plantas nos Emirados Árabes Unidos e prevê outra para a China a partir de 2012.

Segundo ele, na joint venture com a companhia chinesa Dah Chong Hong, a BRF exportará matéria-prima para terminar o processamento de frangos e suínos numa fábrica local em parceria com o grupo chinês, que já tem o controle da distribuição no país.

"A ideia é que esta joint venture esteja operando, em fase inicial, em 2012, provavelmente no segundo semestre", acrescentou.

Mello considera que a compra da Avex, maior produtor de frangos na Argentina, é um marco na estratégia da BRF, porque pela primeira vez a empresa começará a produzir fora do Brasil para atender o mercado doméstico e para exportar.

"É uma demonstração clara de que este processo é uma realidade que vai se tornar o cotidiano na vida da BRF", disse.

Mercado interno

O executivo afirmou que a estratégia da companhia passa por um balanço entre os mercados interno e externo. "Sempre se cuidou para que as receitas tivessem origem no mercado interno e no externo", afirmou.

Historicamente, esta participação fica entre 55 por cento para o mercado interno e 45 por cento para o externo, variando em alguns momentos em até 60-40 por cento.

O executivo afirmou que a companhia tem conseguido administrar bem os custos mesmo em meio à forte alta dos insumos neste ano, sobretudo do milho.

"No processo de sinergia da fusão (Sadia-Perdigão), a empresa tem conseguido capturar sinergias e isso tem reduzido muito os custos. E isso permite que a companhia mantenha suas margens históricas", afirmou.


Cade

Com relação à venda de ativos, em cumprimento ao acordo firmado no Cade, o compromisso é concluir a operação até o final do primeiro semestre de 2012, prazo que deverá ser respeitado, segundo Mello.

O banco BTG Pactual foi contratado para assessorar a BRF na operação.

Recentemente, analistas de mercado vêm elevando suas recomendações para a BRF, justamente pelos ganhos esperados em sinergias.

"Já divulgamos as informações necessárias para despertar o interesse de potenciais compradores e agora estamos aguardando esta análise", afirmou. "Estamos com o processo andando e seguindo o curso natural", acrescentou.

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