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Brasil e Chile podem fabricar novo avião

Países assinam acordo para trabalharem juntos na elaboração do substituto do modelo Hércules

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

Santiago - Chile e Brasil assinaram um acordo para a possível fabricação conjunta de um avião de carga que poderia substituir o Hércules C-130, informou hoje o Ministério da Defesa chileno.

A assinatura do acordo foi uma das principais atividades de uma visita de dois dias do ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao Chile, onde se reuniu com seu colega Jaime Ravinet.

O acordo contaria com a participação da Empresa Nacional de Aeronáutica do Chile (Enaer) na construção do avião KC-390, no qual trabalha a Embraer.

O novo avião teria maior capacidade que o Hércules C-130 usado atualmente e cuja vida útil acaba em oito anos.

O KC-390 "vai ter um mercado mundial muito forte daqui a oito anos, quando começa a retirada dos Hércules americanos", disse Jobim.

Durante sua visita ao Chile, Jobim também foi recebido pelo presidente Sebastián Piñera, e se reuniu com o chanceler Alfredo Moreno.

O ministro brasileiro falou com Piñera sobre a possibilidade de impulsionar o entendimento entre os países do continente e sobre a importância de que o Brasil volte a olhar na direção do subcontinente sul-americano.

"Temos que viver um novo momento, porque o Brasil ficou de costas para a América hispânica durante muito tempo", manifestou.

"Agora nós tentamos um entendimento com toda a América e entendemos que é necessário que o subcontinente tenha uma posição muito clara nos encontros internacionais comuns, porque esta é a força do subcontinente", acrescentou.

Nelson Jobim e Jaime Ravinet visitaram, nesta terça-feira, o Centro Conjunto para Operações de Paz (Cecopac) e as instalações da Empresa Aeronáutica Nacional (Enaer).

Ravinet, após a atividade, considerou "muito importante" a visita de Jobim, porque permite incentivar ainda mais a colaboração e o trabalho em uma indústria em comum.

O ministro chileno destacou a assinatura do acordo para participar da fabricação do novo avião de carga, que definiu como "um modelo muito importante no mundo", e lembrou o fato de seguir trabalhando com a brasileira Embraer na fabricação de partes e peças de aeronaves.

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