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Bradesco amplia seguros com HSBC e pode deixar a HDI

A fatia de 24% no segmento passará para 26%, após a aprovação dos reguladores responsáveis

Com o HSBC, O Bradesco encostou no Itaú Unibanco em ativos, ficando apenas a cerca de R$ 39 bilhões do seu principal concorrente (Adriano Machado/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 09h37.

São Paulo - O Bradesco vai ampliar sua participação no mercado de seguros com a aquisição do HSBC e suas seguradoras e pode extinguir o contrato existente com a alemã HDI , firmado em 2005.

Sua fatia no segmento de aproximadamente 24% passará para 26%, após a aprovação dos reguladores responsáveis, de acordo com Marco Antonio Rossi, diretor vice-presidente do Bradesco e presidente da Bradesco Seguros. Até lá, segundo o executivo, nada muda.

"O contrato com a HDI está em vigor e não se altera com a aquisição do HSBC. Quando tivermos possibilidade (aval de reguladores), vamos conversar com a HDI. Não há cláusula de que em uma aquisição o contrato seja extinto", explicou Rossi, acrescentando que existe a possibilidade de o contrato ser extinto embora a questão ainda não tenha sido avaliada.

Em relação a possíveis multas no caso de eventual quebra do contrato com a HDI, do grupo Talanx, o executivo disse que a Bradesco Seguros vai analisar essa questão e ainda a possibilidade de manter o contrato até o vencimento, pesando os prós e contras.

A seguradora alemã desembolsou R$ 300 milhões pelo canal de agências do HSBC, no ano de 2005. O contrato, segundo fontes, termina em 2018.

Procurada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a HDI informou que juntamente com o acordo de venda de seguros com o HSBC há cláusulas de confidencialidade que impedem que a seguradora faça comentários a respeito.

Executivos do mercado, que preferiram falar sob a condição de anonimato, já dão como certo o término do contrato com a alemã.

Receitas

Em prêmios, a compra do HSBC gera um adicional de R$ 2 bilhões à Bradesco Seguros, conforme dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) de 2014.

Apesar de a cifra parecer pequena para uma companhia que no primeiro semestre emitiu mais de R$ 30 bilhões, somou mais de R$ 196 bilhões em ativos totais e de R$ 22 bilhões em patrimônio líquido, Rossi reforçou que é possível aumentar de forma "significativa" as receitas do HSBC em seguros. Para este ano, a seguradora do Bradesco estima crescer seus prêmios de 12% a 15%.

"Evidentemente, temos uma oportunidade enorme no seguro (com a aquisição do HSBC). Vemos um oceano azul em termos de oportunidade no mundo dos seguros. Temos uma penetração em seguros maior que o HSBC", destacou Rossi.

Há produtos com possibilidade de sinergias entre a Bradesco Seguros e as seguradoras do HSBC, como em seguro de vida, previdência privada e capitalização, conforme o executivo.

A companhia tem penetração de duas a quatro vezes maior em previdência e de duas a cinco vezes superior em vida, segundo ele. Existem também, de acordo com ele, oportunidades ainda não exploradas no balcão do banco adquirido como a venda de seguro saúde e dental e vice e versa.

Em relação aos principais projetos da Bradesco, que incluem a integração dos sistemas em uma única plataforma, que consumirá R$ 500 milhões em investimentos, e a unificação da diretoria comercial, concluída no ano passado, Rossi disse que não estão previstas alterações.

"A plataforma já conta com a utilização de parcerias em um primeiro momento. Isso já está contratado e em andamento. Vamos dar continuidade da mesma forma", comentou o executivo.

De acordo com o presidente da Bradesco Seguros, o HSBC está posicionado, principalmente, em três negócios, vida, previdência e capitalização, que não necessitam de grande estrutura para serem viabilizados. Além disso, as seguradoras do banco não possuem sucursais nem atuam com o canal corretor de seguros, o que facilita. "É uma estrutura mais enxuta dentro da área bancária", destacou ele.

Aquisições

Rossi afirmou que apesar de os esforços estarem direcionados para a chegada das operações do HSBC no Bradesco, o banco segue aberto para avaliar aquisições no setor de seguros.

Com o HSBC, a instituição encostou no Itaú Unibanco em ativos, ficando apenas a cerca de R$ 39 bilhões do seu principal concorrente. "Se ocorrerem oportunidades, o Bradesco está atendo", acrescentando que não há interesse em operações de vida em grupo.

O Itaú está se desfazendo dessa carteira.

Sobre a possibilidade de a Bradesco Seguros passar a representar mais de um terço dos resultados do banco com a aquisição das seguradoras do HSBC, Rossi afirmou que esse não é o objetivo.

O foco, conforme ele, é maximizar as oportunidades existentes e ganhar espaço no mercado, o que deve acontecer entre três e quatro anos. No primeiro semestre, a seguradora respondeu por 29,2% do lucro líquido ajustado do Bradesco que somou R$ 8,778 bilhões.

A Bradesco Seguros espera protocolar nos próximos dias junto à Susep, conforme Rossi, o pedido para avaliar a aquisição das seguradoras do HSBC. Procurada pelo Broadcast, a autarquia confirmou que a companhia ainda não deu entrada na solicitação.

O executivo disse ainda que sua saída da presidência da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), não está associada à compra do HSBC e que até o final de agosto um substituto deve ser sugerido.

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São Paulo - O Bradesco vai ampliar sua participação no mercado de seguros com a aquisição do HSBC e suas seguradoras e pode extinguir o contrato existente com a alemã HDI , firmado em 2005.

Sua fatia no segmento de aproximadamente 24% passará para 26%, após a aprovação dos reguladores responsáveis, de acordo com Marco Antonio Rossi, diretor vice-presidente do Bradesco e presidente da Bradesco Seguros. Até lá, segundo o executivo, nada muda.

"O contrato com a HDI está em vigor e não se altera com a aquisição do HSBC. Quando tivermos possibilidade (aval de reguladores), vamos conversar com a HDI. Não há cláusula de que em uma aquisição o contrato seja extinto", explicou Rossi, acrescentando que existe a possibilidade de o contrato ser extinto embora a questão ainda não tenha sido avaliada.

Em relação a possíveis multas no caso de eventual quebra do contrato com a HDI, do grupo Talanx, o executivo disse que a Bradesco Seguros vai analisar essa questão e ainda a possibilidade de manter o contrato até o vencimento, pesando os prós e contras.

A seguradora alemã desembolsou R$ 300 milhões pelo canal de agências do HSBC, no ano de 2005. O contrato, segundo fontes, termina em 2018.

Procurada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a HDI informou que juntamente com o acordo de venda de seguros com o HSBC há cláusulas de confidencialidade que impedem que a seguradora faça comentários a respeito.

Executivos do mercado, que preferiram falar sob a condição de anonimato, já dão como certo o término do contrato com a alemã.

Receitas

Em prêmios, a compra do HSBC gera um adicional de R$ 2 bilhões à Bradesco Seguros, conforme dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) de 2014.

Apesar de a cifra parecer pequena para uma companhia que no primeiro semestre emitiu mais de R$ 30 bilhões, somou mais de R$ 196 bilhões em ativos totais e de R$ 22 bilhões em patrimônio líquido, Rossi reforçou que é possível aumentar de forma "significativa" as receitas do HSBC em seguros. Para este ano, a seguradora do Bradesco estima crescer seus prêmios de 12% a 15%.

"Evidentemente, temos uma oportunidade enorme no seguro (com a aquisição do HSBC). Vemos um oceano azul em termos de oportunidade no mundo dos seguros. Temos uma penetração em seguros maior que o HSBC", destacou Rossi.

Há produtos com possibilidade de sinergias entre a Bradesco Seguros e as seguradoras do HSBC, como em seguro de vida, previdência privada e capitalização, conforme o executivo.

A companhia tem penetração de duas a quatro vezes maior em previdência e de duas a cinco vezes superior em vida, segundo ele. Existem também, de acordo com ele, oportunidades ainda não exploradas no balcão do banco adquirido como a venda de seguro saúde e dental e vice e versa.

Em relação aos principais projetos da Bradesco, que incluem a integração dos sistemas em uma única plataforma, que consumirá R$ 500 milhões em investimentos, e a unificação da diretoria comercial, concluída no ano passado, Rossi disse que não estão previstas alterações.

"A plataforma já conta com a utilização de parcerias em um primeiro momento. Isso já está contratado e em andamento. Vamos dar continuidade da mesma forma", comentou o executivo.

De acordo com o presidente da Bradesco Seguros, o HSBC está posicionado, principalmente, em três negócios, vida, previdência e capitalização, que não necessitam de grande estrutura para serem viabilizados. Além disso, as seguradoras do banco não possuem sucursais nem atuam com o canal corretor de seguros, o que facilita. "É uma estrutura mais enxuta dentro da área bancária", destacou ele.

Aquisições

Rossi afirmou que apesar de os esforços estarem direcionados para a chegada das operações do HSBC no Bradesco, o banco segue aberto para avaliar aquisições no setor de seguros.

Com o HSBC, a instituição encostou no Itaú Unibanco em ativos, ficando apenas a cerca de R$ 39 bilhões do seu principal concorrente. "Se ocorrerem oportunidades, o Bradesco está atendo", acrescentando que não há interesse em operações de vida em grupo.

O Itaú está se desfazendo dessa carteira.

Sobre a possibilidade de a Bradesco Seguros passar a representar mais de um terço dos resultados do banco com a aquisição das seguradoras do HSBC, Rossi afirmou que esse não é o objetivo.

O foco, conforme ele, é maximizar as oportunidades existentes e ganhar espaço no mercado, o que deve acontecer entre três e quatro anos. No primeiro semestre, a seguradora respondeu por 29,2% do lucro líquido ajustado do Bradesco que somou R$ 8,778 bilhões.

A Bradesco Seguros espera protocolar nos próximos dias junto à Susep, conforme Rossi, o pedido para avaliar a aquisição das seguradoras do HSBC. Procurada pelo Broadcast, a autarquia confirmou que a companhia ainda não deu entrada na solicitação.

O executivo disse ainda que sua saída da presidência da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), não está associada à compra do HSBC e que até o final de agosto um substituto deve ser sugerido.

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