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BP negocia mais ativos no Brasil depois de Devon

Empresa britânica quer tentar oportunidades de aquisição de blocos de petróleo no país

Depois de cerca de um ano, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis aprovou a compra dos ativos pela BP (Ben Stansall/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2011 às 13h31.

Rio de Janeiro - Em busca de um aumento de produção mais rápido no Brasil, a britânica BP negocia "duas ou três oportunidades" de aquisição de participação em blocos de petróleo no país, informou o presidente do braço brasileiro da companhia britânica, Guillermo Quintero.

"Não podemos revelar os nomes por questões estratégicas, mas temos am andamento duas ou três negocições de farm-in (processo de entrada nos blocos)", disse o executivo em entrevista a jornalistas nessa quarta-feira sobre a aquisição de ativos da Devon pela BP Brasil.

Na terça-feira, depois de aproximadamente um ano, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a compra dos ativos pela BP.

A carteira da Devon incluia 10 blocos de exploração e produção, localizados nas bacias de Camamu-Almada e de Campos (oito áreas) e na bacia do Parnaíba (dois blocos), no Maranhão.

"Não viemos para o Brasil apenas para continuar o que a Devon já começou. O Brasil é estratégico para nós", disse Quintero.

Apenas o bloco de Polvo, na bacia de Campos, já está em plena atividade, com uma produção de 25 mil barris de petróleo ao dia, informou.

"Com a aquisição da carteira da Devon temos capacidade de aumentar nossa produção no país para mais de 100 mil barris", ressaltou Quintero.

"Essa cifra esperamos aumentar significativamente.. achamos que na segunda metade dessa década vamos ampliar a nossa produção significativamente", acrescentou o presidente da BP no Brasil.

A BP tem 2 blocos em terra no Brasil, na bacia do Parnaíba, e teve experiências mal sucedidas na Foz do Amazonas, cujos blocos foram devolvidos.

Quintero revelou que a prioridade da empresa no Brasil são blocos em mar e em águas profundas, mas não descartou o interesse em áreas em terra.

Quintero revelou o desejo da empresa de participar da décima primeira rodada da ANP, programada para o segundo semestre desse ano. Boa parte dos blocos que serão licitados estão na margem equatorial.

"Estivemos na Foz do Amazonas, mas agora as áreas oferecidas são mais amplas e o conhecimento melhorou", declarou o executivo.

"Estamos interessados na próxima rodada da ANP, vendo oportuidades de farm-in e (interessados) em outras áreas do pré-sal", acrescentou sem dar detalhes.


Mais segurança

Depois do grave acidente com uma plataforma da BP no Golfo do México, no ano passado, com a morte de 11 petroleiros e um grave vazamento de óleo, as normas de segurança da empresa em suas unidades se tornaram mais rigorosas, segundo Quintero.

Os novos procedimentos serão trazidos para a atividade exploratória da empresa no país, de acordo com o executivo.

Segundo ele, uma área específica de segurança foi criada dentro da companhia a partir do acidente e tem autonomia para intervir em qualquer atividade da petroleira no mundo.

O presidente da BP revelou que há mais de seis meses, desde as negociações para aquisição da carteira da Devon, comprou uma sonda da Devon, que está em reparos e fazendo modernizações.

Uma outra sonda, que será trazida esse mês do Golfo do México, segundo o presidente da BP, tem tecnologia de última geração em termos de segurança.

"É importante para a BP recuperar a confiança de todo mundo e da sociedade. A melhor forma de fazer é através de ações e não de palavras", finalizou Quintero.

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Rio de Janeiro - Em busca de um aumento de produção mais rápido no Brasil, a britânica BP negocia "duas ou três oportunidades" de aquisição de participação em blocos de petróleo no país, informou o presidente do braço brasileiro da companhia britânica, Guillermo Quintero.

"Não podemos revelar os nomes por questões estratégicas, mas temos am andamento duas ou três negocições de farm-in (processo de entrada nos blocos)", disse o executivo em entrevista a jornalistas nessa quarta-feira sobre a aquisição de ativos da Devon pela BP Brasil.

Na terça-feira, depois de aproximadamente um ano, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a compra dos ativos pela BP.

A carteira da Devon incluia 10 blocos de exploração e produção, localizados nas bacias de Camamu-Almada e de Campos (oito áreas) e na bacia do Parnaíba (dois blocos), no Maranhão.

"Não viemos para o Brasil apenas para continuar o que a Devon já começou. O Brasil é estratégico para nós", disse Quintero.

Apenas o bloco de Polvo, na bacia de Campos, já está em plena atividade, com uma produção de 25 mil barris de petróleo ao dia, informou.

"Com a aquisição da carteira da Devon temos capacidade de aumentar nossa produção no país para mais de 100 mil barris", ressaltou Quintero.

"Essa cifra esperamos aumentar significativamente.. achamos que na segunda metade dessa década vamos ampliar a nossa produção significativamente", acrescentou o presidente da BP no Brasil.

A BP tem 2 blocos em terra no Brasil, na bacia do Parnaíba, e teve experiências mal sucedidas na Foz do Amazonas, cujos blocos foram devolvidos.

Quintero revelou que a prioridade da empresa no Brasil são blocos em mar e em águas profundas, mas não descartou o interesse em áreas em terra.

Quintero revelou o desejo da empresa de participar da décima primeira rodada da ANP, programada para o segundo semestre desse ano. Boa parte dos blocos que serão licitados estão na margem equatorial.

"Estivemos na Foz do Amazonas, mas agora as áreas oferecidas são mais amplas e o conhecimento melhorou", declarou o executivo.

"Estamos interessados na próxima rodada da ANP, vendo oportuidades de farm-in e (interessados) em outras áreas do pré-sal", acrescentou sem dar detalhes.


Mais segurança

Depois do grave acidente com uma plataforma da BP no Golfo do México, no ano passado, com a morte de 11 petroleiros e um grave vazamento de óleo, as normas de segurança da empresa em suas unidades se tornaram mais rigorosas, segundo Quintero.

Os novos procedimentos serão trazidos para a atividade exploratória da empresa no país, de acordo com o executivo.

Segundo ele, uma área específica de segurança foi criada dentro da companhia a partir do acidente e tem autonomia para intervir em qualquer atividade da petroleira no mundo.

O presidente da BP revelou que há mais de seis meses, desde as negociações para aquisição da carteira da Devon, comprou uma sonda da Devon, que está em reparos e fazendo modernizações.

Uma outra sonda, que será trazida esse mês do Golfo do México, segundo o presidente da BP, tem tecnologia de última geração em termos de segurança.

"É importante para a BP recuperar a confiança de todo mundo e da sociedade. A melhor forma de fazer é através de ações e não de palavras", finalizou Quintero.

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