Boeing ganha 19% menos no primeiro semestre do ano

Nova York - A Boeing, a segundo maior fabricante de aviões comerciais do mundo, ganhou US$ 1,306 bilhão (US$ 1,76 por ação) na primeira metade do ano, o que representa uma queda de 19% com relação ao mesmo período de 2009.

A companhia americana detalhou hoje antes da abertura da Bolsa de Nova York que a queda foi consequência em parte da redução no número de aviões entregues e de seu faturamento, que recuou 9% entre os dois períodos comparados, para US$ 30,789 bilhões.

Só durante o segundo trimestre do ano, o lucro da companhia com sede em Chicago caiu 21%, para os US$ 787 milhões (US$ 1,06 por ação), e seu faturamento se reduziu em 9%, para os US$ 15,573 bilhões.

"O contínuo fortalecimento dos resultados de nossas principais áreas de negócio geraram um sólido trimestre operacional", assegurou o presidente e executivo-chefe da empresa, Jim McNerney, ao divulgar as contas de Boeing.

Apesar dos descensos anunciados, as contas apresentadas hoje pela companhia foram melhores do que previsto pelos analistas na referência ao lucro, embora as receitas tenham ficado abaixo das expectativas.

Isso contribuiu para que antes da abertura do mercado americano, as ações da Boeing, que fazem parte dos 30 integrantes do índice Dow Jones Industrial, caíssem 1,3% nas operações eletrônicas.

A receita da divisão de aviões comerciais da companhia caiu 12%, tanto no segundo trimestre quanto no conjunto do primeiro semestre do ano, para US$ 7,433 bilhões e US$ 14,901 bilhões, respectivamente.

Para o conjunto do ano, Boeing confirmou suas previsões anteriores de alcançar entre US$ 3,5 e US$ 3,8 por ação, abaixo do calculado pelos analistas.

"Com a recuperação de nossos mercados comerciais e as prioridades de nossos clientes públicos ganhando clareza, estamos bem situados para crescer a partir de 2011", acrescentou McNerney.

Ele anunciou que durante o segundo trimestre, a Boeing recebeu 68 novos pedidos de aviões, frente aos cinco no mesmo período do ano anterior, quando a recessão ainda pesava sobre as contas das companhias aéreas.

A companhia acumula pedidos de 863 aviões para 56 clientes diferentes, mas durante o segundo trimestre só entregou 114 aeronaves, 11 a menos do que no mesmo período de 2009.

Neste ano, as ações desta companhia subiram 27%, acumulando uma valorização de 62% nos últimos 12 meses.