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Boeing faz voos de teste com conserto em sistemas do 737 MAX

Engenheiros buscaram resolver problemas com sistema projetado para equilibrar ponta da aeronave; modelo foi protagonista em dois acidentes aéreos recentes

Boeing: aeronaves foram testadas em voos de simulação em Washington (Lindsey Wasson/Reuters)

Boeing: aeronaves foram testadas em voos de simulação em Washington (Lindsey Wasson/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de março de 2019 às 20h56.

A Boeing realizou voos de teste de seu 737 MAX para avaliar uma reparação do sistema apontado como causa potencial de dois acidentes aéreos mortais recentes, disseram nesta terça fontes próximas ao caso.

A gigante da aviação, que desde 13 de março ficou sob escrutínio e teve seus emblemáticos aviões impedidos de voar, testou a atualização do sistema na segunda, dois dias após pilotos da American Airlines fazerem voos de simulação em Renton, Washington, disseram as fontes.

A Boeing precisa de autorização da Administração Federal de Aviação (FAA) antes de o MAX poder voltar à ativa. Mas a companhia ainda não apresentou seu conserto de software proposto à FAA, disse uma fonte do governo à AFP.

O avião foi mantido parado em todo o mundo após os acidentes da Ethiopian Airlines no início deste mês e o da Lion Air em outubro, com um total de 346 pessoas mortas.

Os engenheiros se concentraram em resolver os problemas com o MCAS, um sistema de estabilização projetado para equilibrar a ponta do 737 MAX 8, caso esteja em risco de paralisação ou perda de sustentação.

O sistema tem sido criticado porque pode funcionar mal e dificultar o controle da aeronave pelos pilotos. Ambos os acidentes recentes ocorreram momentos após a decolagem.

O MCAS, ou Sistema de Aumento das Características de Manobra, foi instalado no MAX porque é ele mais pesado que a versão anterior do 737.

Um porta-voz da Boeing disse que a empresa está em contato contínuo com os reguladores da atividade aérea local, mas se recusou a fazer comentários.

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