Com o fim da paralisação em 5 de novembro, a companhia tenta retomar a produção aos poucos (Jeff Halstead/Icon Sportswire/Getty Images)
Repórter colaborador
Publicado em 14 de novembro de 2024 às 06h33.
A Boeing informou na quarta-feira que está começando a emitir avisos de demissão para trabalhadores que serão atingidos pelo plano de corte de 17 mil empregos - ou 10% da força de trabalho global.
Os funcionários dos EUA que receberem os avisos nesta semana permanecerão na folha de pagamento da Boeing até janeiro, segundo a Reuters.
“Conforme anunciado anteriormente, estamos ajustando nossos níveis de força de trabalho para nos alinharmos com nossa realidade financeira e um conjunto mais focado de prioridades", disse a Boeing em um comunicado. "Estamos comprometidos em garantir que nossos funcionários tenham suporte durante este momento desafiador." As ações da empresa já caíram 46,3% neste ano.
Os avisos vêm enquanto a Boeing, sob o comando do novo CEO Kelly Ortberg, está tentando reativar a produção do 737 MAX, seu modelo mais vendido, após uma greve de mais de 33.000 trabalhadores que interrompeu a produção da maioria de seus jatos comerciais. A paralisação durou quase dois meses.
A Boeing informou que conseguiu levantar mais de US$ 24 bilhões no final de outubro para reforçar suas finanças e proteger sua classificação de grau de investimento.
O ano para a fabricante de aviões tem sido bem desafiador. Logo em 5 de janeiro uma porta de um 737 Max explodiu no ar. Desde então houve troca de CEO e autoridades passaram a investigar mais a fundo a empresa e suas normas de seguranças. Até que veio a greve em 13 de setembro.
Com o fim da paralisação em 5 de novembro, a companhia tenta retomar a produção aos poucos, sobretudo do Max.
O clima na Boeing, contudo, segue ruim. Segundo a Reuters, muitos funcionários na quarta-feira ainda estavam esperando por um telefonema ou reunião do Zoom com um chefe para saber se perderiam seus empregos.