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BNDES prepara novo programa de incentivo a debêntures de infraestrutura

Segundo o diretor de governo e infraestrutura do BNDES, Marcos Ferrari, as novas taxas estão sendo calculadas e calibradas para serem anunciadas em breve.

Imagem de arquivo: A ideia é oferecer para a empresa tomadora de empréstimo para área de infraestrutura uma redução do spread (Nacho Doce/Reuters)

Imagem de arquivo: A ideia é oferecer para a empresa tomadora de empréstimo para área de infraestrutura uma redução do spread (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2018 às 11h52.

Rio de Janeiro - O BNDES vai lançar nos próximos dias mais um programa de incentivo à emissão de debêntures de infraestrutura que compensará as empresas que emitirem os papéis com redução de spread do banco, disse a jornalistas o diretor de governo e infraestrutura do banco de fomento, Marcos Ferrari.

Segundo ele, as novas taxas estão sendo calculadas e calibradas para serem anunciadas em breve.

A ideia é oferecer para a empresa tomadora de empréstimo para área de infraestrutura uma redução do spread caso ela se comprometa em emitir debêntures como uma fonte complementar de financiamento.

O spread médio do banco para infraestrutura varia atualmente de 0,9 a 1,6 por cento, ou seja, em média de 1,3 por cento segundo o diretor. Em caso da emissão da debênture, o spread seria reduzido para baixo dessa média. Cada setor de infraestrutura teria sua taxa específica.

"Queremos dar uma calibrada no spread e fazer uma pequena redução para quem fizer à emissão de debênture", disse ele a jornalistas na 1ª Conferência Anual Cebri-BNDES.

Por outro lado, quem se comprometer a fazer a emissão na hora da tomada do empréstimo e, não realizar a operação, pagará um spread maior para poder acessar os recursos do BNDES. "Se ele não emitir num período e quiser pegar esse pedaço no banco vai ter que pagar um spread maior", frisou Ferrari.

Nos últimos anos, o BNDES vinha tentando fomentar a emissão de debêntures de infraestrutura, mas num ambiente de juros altos, a iniciativa não deslanchou. Agora, com os juros na mínima história, Ferrari acha que os lançamentos desse papéis podem avançar.

"Quando os juros eram 14,25 por cento era mais difícil, mas num ambiente de 6,5 por cento qualquer corte de 0,5 ponto incentiva e faz diferença", afirmou Ferrari.

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