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BMW nega criação de cartel sobre emissões dos motores a diesel

"O fato é que os automóveis do grupo BMW não são manipulados e são fabricados de acordo com os importantes requerimentos legais", disse a empresa

BMW: a fabricante com sede em Munique se distancia do que chama de processo "de escandalização dos motores diesel" (BMW/Divulgação)

BMW: a fabricante com sede em Munique se distancia do que chama de processo "de escandalização dos motores diesel" (BMW/Divulgação)

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AFP

Publicado em 23 de julho de 2017 às 16h08.

A fabricante de automóveis alemã BMW negou neste domingo que tenha criado um cartel com empresas rivais sobre as emissões poluentes dos motores a diesel, e indicou que seus modelos não foram "manipulados" e nem violaram as regulações industriais.

À medida que as revelações em matéria de poluição afetam todo o setor automobilístico alemão, a fabricante com sede em Munique se distancia do que chama de processo "de escandalização dos motores diesel".

"O fato é que os automóveis do grupo BMW não são manipulados e são fabricados de acordo com os importantes requerimentos legais", acrescentou a empresa em comunicado.

"Isso diz respeito também aos automóveis diesel. Isso confirma os relevantes resultados dos testes realizados pelas autoridades nacionais e internacionais", acrescenta.

A revista alemã Der Spiegel informou na sexta-feira que os fabricantes de automóveis alemães Volkswagen, Audi, Porsche, BMW e Daimler compõem um cartel desde os anos 1990 e entraram em um acordo secreto sobre as emissões contaminantes dos motores a diesel, entre outras questões.

"A indústria automobilística alemã entrou em acordo desde os anos 1990 em grupos de trabalho secretos sobre as técnicas utilizadas nos veículos, os custos, as subcontratações, os mercados, as estratégias e também a diminuição de seus veículos diesel", escreveu a revista.

A Der Spiegel se baseia em um documento que o grupo Volkswagen enviou às autoridades de concorrência em julho de 2016, e que constitui "uma espécie de autodenúncia". A Daimler também teria se denunciado, segundo o semanário.

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