BM&FBovespa propõe fusão com a Cetip
Fusão com a concorrente seria perfeita para a BM&FBovespa avançar no mercado de renda fixa, onde ainda tem presença pequena
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2015 às 15h24.
São Paulo - A BM&FBovespa informou hoje que vem mantendo “tratativas preliminares” com a Cetip para propor uma fusão entre as duas empresas.
Segundo fato relevante divulgado hoje, a proposta seria apreciada inicialmente pelos conselhos das duas companhias e depois, se aprovada, submetida aos acionistas em assembleia.
A bolsa deixa claro que “não se pode assegurar que tais tratativas resultarão em uma oferta ou transação de qualquer natureza”, e que “Não existe, neste momento, qualquer proposta sobre a estrutura econômica ou societária ou sobre outros termos e condições de uma eventual transação”.
A operação de fusão com a concorrente seria perfeita para a BM&FBovespa avançar no mercado de renda fixa , onde ainda tem presença pequena apesar dos esforços para atrair investidores.
Assim, conseguiria compensar as quedas no mercado de ações, que registra baixa no volume negociado e a saída de diversas empresas em meio à ausência de novas aberturas de capital.
Já a Cetip conseguiria uma fatia do mercado de derivativos, carro-chefe da BM&FBovespa e sua principal fonte de ganhos. Ambas as empresas tinham planos de entrar nos segmentos uma da outra, mais cedo ou mais tarde.
Além disso, a proposta da BM&FBovespa pode complicar o processo de abertura de uma nova bolsa de valores no país.
A Intercontinental Exchange (ICE), uma das principais sócias da Cetip. é hoje dona da Bolsa de Nova York (NYSE), que por sua vez é sócia da Americas Trading System (ATS), empresa brasileira que está estruturando uma nova bolsa de valores no Brasil.
A ATS é uma sociedade entre a NYSE e o grupo brasileiro Americas Trading Group (ATG), que patrocina o blog Arena do Pavini. Não se sabe se o interesse da ICE por abrir uma nova bolsa continuaria após obter uma participação significativa na BM&FBovespa com a fusão.
O processo levará também a um aumento da concentração no setor de serviços financeiros, hoje dominado totalmente na área de mercados de capitais pela BM&Bovespa, que controla a negociação de ações e de derivativos e a custódia.
Será preciso, portanto, uma análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre o negócio.
Já a Cetip, em fato relevante à parte, confirmou as sondagens e destacou que não existe, neste momento, qualquer proposta sobre os termos e condições de uma eventual associação.
A BM&FBovespa conta com R$ 450 milhões obtidos com a venda de parte da participação da CME, que podem ser usados na proposta de fusão para compra dos papéis dos sócios da Cetip.
São Paulo - A BM&FBovespa informou hoje que vem mantendo “tratativas preliminares” com a Cetip para propor uma fusão entre as duas empresas.
Segundo fato relevante divulgado hoje, a proposta seria apreciada inicialmente pelos conselhos das duas companhias e depois, se aprovada, submetida aos acionistas em assembleia.
A bolsa deixa claro que “não se pode assegurar que tais tratativas resultarão em uma oferta ou transação de qualquer natureza”, e que “Não existe, neste momento, qualquer proposta sobre a estrutura econômica ou societária ou sobre outros termos e condições de uma eventual transação”.
A operação de fusão com a concorrente seria perfeita para a BM&FBovespa avançar no mercado de renda fixa , onde ainda tem presença pequena apesar dos esforços para atrair investidores.
Assim, conseguiria compensar as quedas no mercado de ações, que registra baixa no volume negociado e a saída de diversas empresas em meio à ausência de novas aberturas de capital.
Já a Cetip conseguiria uma fatia do mercado de derivativos, carro-chefe da BM&FBovespa e sua principal fonte de ganhos. Ambas as empresas tinham planos de entrar nos segmentos uma da outra, mais cedo ou mais tarde.
Além disso, a proposta da BM&FBovespa pode complicar o processo de abertura de uma nova bolsa de valores no país.
A Intercontinental Exchange (ICE), uma das principais sócias da Cetip. é hoje dona da Bolsa de Nova York (NYSE), que por sua vez é sócia da Americas Trading System (ATS), empresa brasileira que está estruturando uma nova bolsa de valores no Brasil.
A ATS é uma sociedade entre a NYSE e o grupo brasileiro Americas Trading Group (ATG), que patrocina o blog Arena do Pavini. Não se sabe se o interesse da ICE por abrir uma nova bolsa continuaria após obter uma participação significativa na BM&FBovespa com a fusão.
O processo levará também a um aumento da concentração no setor de serviços financeiros, hoje dominado totalmente na área de mercados de capitais pela BM&Bovespa, que controla a negociação de ações e de derivativos e a custódia.
Será preciso, portanto, uma análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre o negócio.
Já a Cetip, em fato relevante à parte, confirmou as sondagens e destacou que não existe, neste momento, qualquer proposta sobre os termos e condições de uma eventual associação.
A BM&FBovespa conta com R$ 450 milhões obtidos com a venda de parte da participação da CME, que podem ser usados na proposta de fusão para compra dos papéis dos sócios da Cetip.