Blockbuster investirá em comércio digital depois de perder mercado
Nova estratégia visa reverter prejuízo de 1 bilhão de reais da empresa que pediu concordata nesta quinta-feira
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
São Paulo - Depois de ver suas dívidas atingirem a marca de 1 bilhão de dólares, a rede norte-americana Blockbuster decidiu investir no comércio digital para recuperar seu caixa. "Vamos transformar nosso modelo de negócios para algo mais adequado ao que o consumidor busca", disse em comunicado Jim Keyes, presidente da empresa. "Queremos continuar a ser a única operadora que oferece diversos canais de entrega como lojas, quiosques, por e-mail e por nosso site."
A empresa perdeu mercado com o crescimento das concorrentes Netflix e Redbox -- ambas especializadas em locação online de filmes --, além do crescente número de downloads de filmes. O velho modelo de sair de casa para alugar um filme perdeu espaço para o conforto de recebê-lo em casa, apenas com um clique no mouse.
A situação para a Blockbuster ficou tão grave que a empresa anunciou nesta quinta-feira (23/9) um pedido de concordata na corte de Nova York. A rede espera reduzir suas dívidas para 100 milhões de dólares ou menos com um acordo com credores. Procurada, a empresa não retornou os contatos da reportagem para mais detalhes sobre o plano de recuperação judicial.
Em comunicado, o presidente da companhia afirmou poderá fechar algumas de suas 3.000 lojas nos Estados Unidos. Por enquanto, elas continuam a funcionar normalmente.
No Brasil
Em 2007, a varejista Lojas Americanas comprou os direitos de uso da marca Blockbuster por 20 anos. Procurada, a empresa afirmou que a concordata nos Estados Unidos não afeta as operações no Brasil. "Não há qualquer vínculo entre Lojas Americanas e a Blockbuster Internacional", escreveu a empresa. Os cerca de 200 pontos da Blockbuster -- de um total de 500 -- presentes na Lojas Americanas são uma seção da Americanas Express.
A Blockbuster também oferece o serviço online de locação de filmes, mas a empresa não forneceu dados dessa operação no país.
Leia mais sobre comércio eletrônico
Acompanhe as notícias de Negócios no Twitter