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BB amplia para 20% projeção de alta do crédito em 2013

O impulso da carteira de crédito deve vir da pessoa jurídica e dos empréstimos destinados ao setor do agronegócio


	Plantação de soja: para o agronegócio, o BB espera que o volume de empréstimos cresça no mínimo 22% e no máximo 26%
 (Scott Olson/Getty Images)

Plantação de soja: para o agronegócio, o BB espera que o volume de empréstimos cresça no mínimo 22% e no máximo 26% (Scott Olson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2013 às 08h45.

São Paulo - O Banco do Brasil divulgou nesta terça-feira, 13, em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras, alterações nas suas projeções (guidances) de desempenho em 2013. Ao contrário das instituições privadas, o BB elevou a projeção para o crescimento da sua carteira de crédito. O banco espera que os empréstimos totais, no conceito ampliado e que inclui títulos e avais, avancem no mínimo 17% e no máximo 21% em 2013. A previsão anterior era de um intervalo de crescimento de 16% a 20%. De janeiro a junho, o crescimento foi de 25,8%.

O impulso da carteira de crédito, conforme as novas projeções do BB para 2013, deve vir da pessoa jurídica e dos empréstimos destinados ao setor do agronegócio. A expectativa do banco é que o crédito para empresas avance entre 18% e 22% este ano e não mais de 16% a 20%. Já os empréstimos para pessoas físicas devem crescer menos, de 16% a 20% ante intervalo anterior de alta de 18% a 22%, por causa da menor demanda por parte dos clientes.

Para o agronegócio, o BB espera que o volume de empréstimos cresça no mínimo 22% e no máximo 26% em 2013, faixa de aumento bem acima do intervalo anterior, que ia de 13% a 17%.

A margem financeira bruta do BB deve encerrar 2013 entre 4% e 7% e não mais de 7% a 10%, impactada, conforme justifica o banco, principalmente, pelo crescimento da carteira de crédito em linhas de menor risco. No primeiro semestre, ficou em 1,2%.

O BB revisou ainda a projeção para o crescimento das despesas com provisões para devedores duvidosos (PCLD). A instituição espera que esses gastos cresçam menos, de 2,7% a 3,1% em 2013, influenciados pelo crescimento do crédito em carteiras de menor risco. A projeção anterior era de avanço de no mínimo 3,0% e no máximo 3,4%.

As despesas administrativas do BB também devem aumentar menos em 2013. O banco espera que esses gastos subam entre 5% e 8% contra intervalo de 7% a 10% previsto anteriormente. No primeiro semestre, a alta foi de 2,9%.


O Banco do Brasil manteve as projeções para o retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (RSPL), que deve variar entre 14% e 17% em 2013. No primeiro semestre ficou em 16,3%. Também foi mantido o guidance para rendas de tarifas que devem avançar de 10% a 14% em 2013. Na primeira metade do ano, o crescimento reportado foi de 9,7%.

As captações comerciais também tiveram projeção de crescimento mantida e devem avançar, segundo o BB, no mínimo 15% e no máximo 19% em 2013. De janeiro a junho, o aumento foi de 10%.

Inadimplência

O índice de inadimplência do BB, considerando os atrasos acima de 90 dias, recuou de 2,00% em março para 1,87% em junho. Trata-se do menor valor já apresentado pelo banco para esse índice nos últimos 11 anos, conforme destaca a instituição, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

Caso seja desconsiderada a carteira de crédito do Banco Votorantim, esse número seria de 1,65%, conforme o banco. "O BB também apresenta uma carteira de crédito com melhor mix e concentração do que a do sistema financeiro nacional. As operações classificadas nos níveis de risco de AA-C encerraram junho de 2013 em 94,6% do total da carteira, contra 92,8% observado no sistema", destaca a instituição.

As despesas com provisões para devedores duvidosos (PCLD) do BB totalizaram R$ 4,219 bilhões no segundo trimestre de 2013, aumento de 14,8% em um ano e de 28,7% ante março. O nível de cobertura da carteira de crédito, que demonstra a provisão existente sobre operações vencidas há mais de 90 dias, encerrou o mês de junho em 201,6%. O saldo de provisões para PDDs somou R$ 21,641 bilhões ao final de junho, crescimento de 6,4% em um ano. Em relação a março o crescimento foi menor, de 1,1%.

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