Exame Logo

Banco estatal chinês compra 80% do brasileiro BBM

A aquisição ocorre em um momento em que a China se destaca como o maior parceiro comercial brasileiro

A aquisição ocorre em um momento em que a China se destaca como o maior parceiro comercial brasileiro (.)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2015 às 15h53.

Brasília - O Banco de Comunicações da China (BoCom), de propriedade estatal e quinto maior do país, anunciou nesta terça-feira a compra do controle de 80% do capital do banco brasileiro BBM, a primeira aquisição do grupo no exterior.

O acordo de compra das ações foi assinado hoje em Brasília, em cerimônia que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff e do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, que iniciou um tour pela América do Sul com escalas na Colômbia, Peru e Chile.

O valor da negociação, que ainda depende da autorização dos órgãos reguladores de ambos os países, não foi divulgado. O acordo prevê que 20% das ações ficarão com os atuais controladores da instituição financeira brasileira.

A aquisição ocorre em um momento em que a China se destaca como o maior parceiro comercial brasileiro. Além disso, as relações bilaterais entre os países estão sendo reforçadas através do Brics, o fórum das cinco principais companhias emergentes do mundo (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

"As crescentes e sólidas relações econômicas entre Brasil e China seguirão gerando oportunidades para a construção de instituições financeiras cada vez mais fortes e dinâmicas, capazes de oferecer crédito e serviços a clientes brasileiros e estrangeiros em todo o país", afirmaram as instituições em comunicado conjunto.

"A importância da China como parceiro comercial do Brasil aumentará nos próximos anos, quando o país asiático desempenhará um papel cada vez mais importante como investidor e fonte de crédito. Nosso banco se esforçará para se transformar em um grande ator de mercado, que auxilie nossos clientes nessas operações", afirmou o presidente do Conselho de Administração do BBM, Pedro Henrique Mariani, citado no comunicado.

O presidente do BoCom, Niu Ximing, disse que a consolidação dos Brics elevou o comércio e a cooperação entre os dois países, abrindo novas oportunidades para empresas que queiram aproveitar essa conjuntura favorável.

"Os dois bancos atuarão em conjunto para construir uma nova ponte que conecte as transações econômicas, comerciais e financeiras entre Brasil e China, a fim de atender melhor as atividades de investimento e comércio entre ambos os países, além das empresas chinesas que buscam sua internacionalização", disse Niu, acrescentando que esta é a primeira compra fora da China do BoCom.

O BBM, com ativos de R$ 3 bilhões e com sede no Rio de Janeiro, atua principalmente no segmento de crédito e finanças privadas.

Brasil e China concretizaram hoje 35 acordos, avaliados em US$ 53 bilhões, durante a visita de Li a Brasília. Entre eles estão a venda de aviões da Embraer para a chinesa Tianjin Airlines, além de um estudo para analisar a viabilidade da construção de um corredor ferroviário entre o nordeste do país, no Oceano Atlântico, e a costa peruana do Pacífico.

Veja também

Brasília - O Banco de Comunicações da China (BoCom), de propriedade estatal e quinto maior do país, anunciou nesta terça-feira a compra do controle de 80% do capital do banco brasileiro BBM, a primeira aquisição do grupo no exterior.

O acordo de compra das ações foi assinado hoje em Brasília, em cerimônia que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff e do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, que iniciou um tour pela América do Sul com escalas na Colômbia, Peru e Chile.

O valor da negociação, que ainda depende da autorização dos órgãos reguladores de ambos os países, não foi divulgado. O acordo prevê que 20% das ações ficarão com os atuais controladores da instituição financeira brasileira.

A aquisição ocorre em um momento em que a China se destaca como o maior parceiro comercial brasileiro. Além disso, as relações bilaterais entre os países estão sendo reforçadas através do Brics, o fórum das cinco principais companhias emergentes do mundo (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

"As crescentes e sólidas relações econômicas entre Brasil e China seguirão gerando oportunidades para a construção de instituições financeiras cada vez mais fortes e dinâmicas, capazes de oferecer crédito e serviços a clientes brasileiros e estrangeiros em todo o país", afirmaram as instituições em comunicado conjunto.

"A importância da China como parceiro comercial do Brasil aumentará nos próximos anos, quando o país asiático desempenhará um papel cada vez mais importante como investidor e fonte de crédito. Nosso banco se esforçará para se transformar em um grande ator de mercado, que auxilie nossos clientes nessas operações", afirmou o presidente do Conselho de Administração do BBM, Pedro Henrique Mariani, citado no comunicado.

O presidente do BoCom, Niu Ximing, disse que a consolidação dos Brics elevou o comércio e a cooperação entre os dois países, abrindo novas oportunidades para empresas que queiram aproveitar essa conjuntura favorável.

"Os dois bancos atuarão em conjunto para construir uma nova ponte que conecte as transações econômicas, comerciais e financeiras entre Brasil e China, a fim de atender melhor as atividades de investimento e comércio entre ambos os países, além das empresas chinesas que buscam sua internacionalização", disse Niu, acrescentando que esta é a primeira compra fora da China do BoCom.

O BBM, com ativos de R$ 3 bilhões e com sede no Rio de Janeiro, atua principalmente no segmento de crédito e finanças privadas.

Brasil e China concretizaram hoje 35 acordos, avaliados em US$ 53 bilhões, durante a visita de Li a Brasília. Entre eles estão a venda de aviões da Embraer para a chinesa Tianjin Airlines, além de um estudo para analisar a viabilidade da construção de um corredor ferroviário entre o nordeste do país, no Oceano Atlântico, e a costa peruana do Pacífico.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaFusões e Aquisições

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame