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Banco do Brasil deve instalar escritório na Rússia

Autorização foi dada pelo Banco Central na última quinta-feira; falta o aval da autoridade monetária russa

Além das aquisições do Banco Patagônia, na Argentina, e do EuroBank, nos Estados Unidos, o BB reforça sua atuação na Europa, com o escritório na Rússia, e na Ásia (ALAN MARQUES)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2013 às 17h37.

Brasília – O Banco do Brasil deve instalar escritório de representação em Moscou, “provavelmente no terceiro trimestre”, de acordo com o vice-presidente de Negócios Internacionais do banco, Paulo Rogério Caffarelli. A autorização foi dada pelo Banco Central (BC) na última quinta-feira (14). Falta o aval da autoridade monetária russa, mas Caffarelli disse que a negociação está adiantada. Instalar um escritório de representação é fácil, segundo ele, mas já existe entendimento que “se a coisa andar bem”, futuramente será aberta uma agência.

Caffarelli revelou que o objetivo é atender empresas brasileiras que se internacionalizam cada vez mais, e cita como exemplos a Embraer, a joalheria H. Stern, a fábrica de carrocerias Marcopolo, a Tramontina e o frigorífico JBS, dentre outros. Ele relaciona também clientes do BB que atuam na Rússia, como o Centro de Negócios Apex-Brasil e a Câmara Brasil-Rússia de Comércio, Indústria e Turismo.

O executivo lembrou que as relações bilaterais Brasil-Rússia ganharam mais estatura nos últimos anos, a ponto de a corrente de comércio entre os dois países ter atingido US$ 5,9 bilhões em 2012, o que coloca o país europeu como 19º parceiro comercial brasileiro. Nossas exportações somaram US$ 3,1 bilhões, contra importações de US$ 2,8 bilhões, com superávit de US$ 350,1 milhões para o Brasil.

De acordo com Caffarelli, o BB vai atender as empresas brasileiras na Rússia, mas está de olho também na possível clientelização de empresas russas que porventura se instalem no Brasil, aproveitando a onda de internacionalização provocada pela globalização da economia. “É uma via de mão dupla”, observou.

Da mesma forma que o BB se preparou para aumentar sua presença no mercado internacional, que começou para atender as grandes concentrações de brasileiros nos Estados Unidos e no Japão, e depois se espraiou para outros países, Caffarelli afirmou à Agência Brasil que existe tendência de outros bancos globais também atuarem no Brasil.

Além das aquisições do Banco Patagônia, na Argentina, e do EuroBank, nos Estados Unidos, o BB reforça sua atuação na Europa, com o escritório na Rússia, e na Ásia, com a transformação do escritório de Xangai em agência e com a abertura de uma distribuidora de títulos em Cingapura, que permite ao BB a negociação ininterrupta de papéis 24 horas por dia.


De acordo com o banco, existem ainda outros estudos em andamento visando ao crescimento nos mercados latino-americano, africano e asiático. As analises abrangem 70% da economia global, incluindo os maiores e mais representativos mercados, tanto em tamanho e crescimento quanto em rentabilidade.

A intenção, segundo Caffarelli, é fazer com que o BB se consolide como banco de referência para empresas e indivíduos brasileiros, além de sul-americanos em geral no exterior, tendo para isso que aumentar a representatividade de suas operações internacionais.

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Brasília – O Banco do Brasil deve instalar escritório de representação em Moscou, “provavelmente no terceiro trimestre”, de acordo com o vice-presidente de Negócios Internacionais do banco, Paulo Rogério Caffarelli. A autorização foi dada pelo Banco Central (BC) na última quinta-feira (14). Falta o aval da autoridade monetária russa, mas Caffarelli disse que a negociação está adiantada. Instalar um escritório de representação é fácil, segundo ele, mas já existe entendimento que “se a coisa andar bem”, futuramente será aberta uma agência.

Caffarelli revelou que o objetivo é atender empresas brasileiras que se internacionalizam cada vez mais, e cita como exemplos a Embraer, a joalheria H. Stern, a fábrica de carrocerias Marcopolo, a Tramontina e o frigorífico JBS, dentre outros. Ele relaciona também clientes do BB que atuam na Rússia, como o Centro de Negócios Apex-Brasil e a Câmara Brasil-Rússia de Comércio, Indústria e Turismo.

O executivo lembrou que as relações bilaterais Brasil-Rússia ganharam mais estatura nos últimos anos, a ponto de a corrente de comércio entre os dois países ter atingido US$ 5,9 bilhões em 2012, o que coloca o país europeu como 19º parceiro comercial brasileiro. Nossas exportações somaram US$ 3,1 bilhões, contra importações de US$ 2,8 bilhões, com superávit de US$ 350,1 milhões para o Brasil.

De acordo com Caffarelli, o BB vai atender as empresas brasileiras na Rússia, mas está de olho também na possível clientelização de empresas russas que porventura se instalem no Brasil, aproveitando a onda de internacionalização provocada pela globalização da economia. “É uma via de mão dupla”, observou.

Da mesma forma que o BB se preparou para aumentar sua presença no mercado internacional, que começou para atender as grandes concentrações de brasileiros nos Estados Unidos e no Japão, e depois se espraiou para outros países, Caffarelli afirmou à Agência Brasil que existe tendência de outros bancos globais também atuarem no Brasil.

Além das aquisições do Banco Patagônia, na Argentina, e do EuroBank, nos Estados Unidos, o BB reforça sua atuação na Europa, com o escritório na Rússia, e na Ásia, com a transformação do escritório de Xangai em agência e com a abertura de uma distribuidora de títulos em Cingapura, que permite ao BB a negociação ininterrupta de papéis 24 horas por dia.


De acordo com o banco, existem ainda outros estudos em andamento visando ao crescimento nos mercados latino-americano, africano e asiático. As analises abrangem 70% da economia global, incluindo os maiores e mais representativos mercados, tanto em tamanho e crescimento quanto em rentabilidade.

A intenção, segundo Caffarelli, é fazer com que o BB se consolide como banco de referência para empresas e indivíduos brasileiros, além de sul-americanos em geral no exterior, tendo para isso que aumentar a representatividade de suas operações internacionais.

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