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Banco do Brasil busca aquisições na Flórida e em New Jersey

O banco, que abriu uma corretora em Nova York em 2010, obtém cerca de 8 por cento de sua receita com a área internacional, na comparação com 1 por cento há três anos

O Banco do Brasil também planeja crescer abrindo 20 agências de varejo do BB Americas e investindo na área de atacado nos Estados Unidos  (WIKIMEDIA COMMONS)
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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 08h32.

São Paulo - O Banco do Brasil SA, maior banco da América Latina por ativos, negocia a compra de bancos na Flórida e em New Jersey para atender aos brasileiros que moram nos Estados Unidos .

As negociações estão em andamento com os possíveis alvos das aquisições, disse Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente da área internacional do Banco do Brasil, em entrevista na semana passada em São Paulo. Ele não quis nomear os bancos.

“Há muitas oportunidades para aquisições nos Estados Unidos”, disse Caffarelli. “Não faz sentido termos apenas três agências em nosso banco de varejo no país considerando-se que 1,2 milhão de brasileiros moram lá, principalmente na Flórida e em New Jersey.”

O Banco do Brasil, que abriu uma corretora em Nova York em 2010, obtém cerca de 8 por cento de sua receita com a área internacional, na comparação com 1 por cento há três anos, disse Caffarelli, 47.

O banco sediado em Brasília fez uma aquisição nos Estados Unidos até hoje, anunciada em abril de 2011, do Eurobank, sediado na Flórida, em Coral Gables, por US$ 6 milhões, de acordo com informações coletadas pela Bloomberg. O banco, renomeado BB Americas, tem agências em Miami, Boca Raton e Pompano Beach.

“Nosso objetivo é continuar crescendo a área internacional com um forte foco nas Américas”, disse Caffarelli. “A internacionalização de um banco é quase uma obrigação nos dias de hoje, a única forma de um banco sobreviver em uma economia global.”

Caffarelli, que trabalha no Banco do Brasil há 31 anos, assumiu a vice-presidência da área internacional, de private banking e atacado em dezembro de 2011 e desde então se tornou responsável também pela área de mercado de capitais e de banco de investimento.


Banco de atacado

O Banco do Brasil também planeja crescer abrindo 20 agências de varejo do BB Americas e investindo na área de atacado nos Estados Unidos para atender melhor as companhias brasileiras e da América Latina que atuam no País, disse Caffarelli.

“O Banco do Brasil é líder no mercado de atacado no Brasil e tem relacionamentos fortes com companhias de todos os tamanhos e um grande balanço para prover crédito”, disse Caffarelli. A carteira total de crédito para pessoas jurídicas do Banco do Brasil, incluídos títulos, empréstimos e garantias, era de R$ 523,3 bilhões em 30 de setembro, um aumento de 20 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

O banco contratou Richard Dubbs do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA no início de 2012 para se tornar o responsável pela área de mercado de capitais de renda fixa da BB Securities em Nova York, de acordo com Caffarelli.

“Nós pretendemos continuar a melhorar nossa área de distribuição internacional de bônus e vamos continuar a contratar talentos”, ele disse.


Na América Latina, o Banco do Brasil está negociando para comprar bancos em economias que têm crescimento rápido, como na Colômbia, Peru e Chile, disse Caffarelli, que não quis citar nomes.

Em abril de 2010, o banco anunciou que pagaria US$ 480 milhões por uma fatia de controle do argentino Banco Patagônia SA, e agora “nós estamos muito felizes com os negócios lá, com uma forte presença na economia local”, disse ele.

No Brasil, o banco busca uma parceria com instituições financeiras locais ou internacionais para criar uma companhia separada para sua área de banco de investimento, ele disse, acrescentando que a política salarial e a forma de aprovação de orçamentos de bancos controlados pelo governo tornam difícil o crescimento rápido e a contratação de executivos.

Ele não quis dizer com quais companhias ele está negociando e disse que o Banco Votorantim SA é apenas uma das firmas consideradas.

“Nós precisamos expandir rapidamente a área de banco de investimento”, disse Caffarelli. “Com a queda nas taxas de juros no Brasil e todos os investimentos necessários em infraestrutura, o negócio tende a crescer muito nos próximos anos e nós não podemos perder esse trem.”

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São Paulo - O Banco do Brasil SA, maior banco da América Latina por ativos, negocia a compra de bancos na Flórida e em New Jersey para atender aos brasileiros que moram nos Estados Unidos .

As negociações estão em andamento com os possíveis alvos das aquisições, disse Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente da área internacional do Banco do Brasil, em entrevista na semana passada em São Paulo. Ele não quis nomear os bancos.

“Há muitas oportunidades para aquisições nos Estados Unidos”, disse Caffarelli. “Não faz sentido termos apenas três agências em nosso banco de varejo no país considerando-se que 1,2 milhão de brasileiros moram lá, principalmente na Flórida e em New Jersey.”

O Banco do Brasil, que abriu uma corretora em Nova York em 2010, obtém cerca de 8 por cento de sua receita com a área internacional, na comparação com 1 por cento há três anos, disse Caffarelli, 47.

O banco sediado em Brasília fez uma aquisição nos Estados Unidos até hoje, anunciada em abril de 2011, do Eurobank, sediado na Flórida, em Coral Gables, por US$ 6 milhões, de acordo com informações coletadas pela Bloomberg. O banco, renomeado BB Americas, tem agências em Miami, Boca Raton e Pompano Beach.

“Nosso objetivo é continuar crescendo a área internacional com um forte foco nas Américas”, disse Caffarelli. “A internacionalização de um banco é quase uma obrigação nos dias de hoje, a única forma de um banco sobreviver em uma economia global.”

Caffarelli, que trabalha no Banco do Brasil há 31 anos, assumiu a vice-presidência da área internacional, de private banking e atacado em dezembro de 2011 e desde então se tornou responsável também pela área de mercado de capitais e de banco de investimento.


Banco de atacado

O Banco do Brasil também planeja crescer abrindo 20 agências de varejo do BB Americas e investindo na área de atacado nos Estados Unidos para atender melhor as companhias brasileiras e da América Latina que atuam no País, disse Caffarelli.

“O Banco do Brasil é líder no mercado de atacado no Brasil e tem relacionamentos fortes com companhias de todos os tamanhos e um grande balanço para prover crédito”, disse Caffarelli. A carteira total de crédito para pessoas jurídicas do Banco do Brasil, incluídos títulos, empréstimos e garantias, era de R$ 523,3 bilhões em 30 de setembro, um aumento de 20 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

O banco contratou Richard Dubbs do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA no início de 2012 para se tornar o responsável pela área de mercado de capitais de renda fixa da BB Securities em Nova York, de acordo com Caffarelli.

“Nós pretendemos continuar a melhorar nossa área de distribuição internacional de bônus e vamos continuar a contratar talentos”, ele disse.


Na América Latina, o Banco do Brasil está negociando para comprar bancos em economias que têm crescimento rápido, como na Colômbia, Peru e Chile, disse Caffarelli, que não quis citar nomes.

Em abril de 2010, o banco anunciou que pagaria US$ 480 milhões por uma fatia de controle do argentino Banco Patagônia SA, e agora “nós estamos muito felizes com os negócios lá, com uma forte presença na economia local”, disse ele.

No Brasil, o banco busca uma parceria com instituições financeiras locais ou internacionais para criar uma companhia separada para sua área de banco de investimento, ele disse, acrescentando que a política salarial e a forma de aprovação de orçamentos de bancos controlados pelo governo tornam difícil o crescimento rápido e a contratação de executivos.

Ele não quis dizer com quais companhias ele está negociando e disse que o Banco Votorantim SA é apenas uma das firmas consideradas.

“Nós precisamos expandir rapidamente a área de banco de investimento”, disse Caffarelli. “Com a queda nas taxas de juros no Brasil e todos os investimentos necessários em infraestrutura, o negócio tende a crescer muito nos próximos anos e nós não podemos perder esse trem.”

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