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Azul se prepara para internacionalização

Com fusão, companhia passa a direcionar parte de sua atenção para um nicho em que já atuam suas principais concorrentes, a TAM e a GOL

Em paralelo, a Azul terá que trabalhar na consolidação da fusão com a Trip, que ainda depende de aprovação pelo Cade (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Em paralelo, a Azul terá que trabalhar na consolidação da fusão com a Trip, que ainda depende de aprovação pelo Cade (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 10h48.

Rio de Janeiro - A fusão com a Trip vai deixar a Azul mais próxima do mercado de voos internacionais. Com o negócio, a empresa abandona o discurso de que ainda há muito a ser explorado no segmento doméstico antes de iniciar operações para outros países e passa a direcionar parte de sua atenção para um nicho em que já atuam suas principais concorrentes, a TAM e a GOL. Juntas, as duas empresas aéreas voam hoje para 96 das 108 cidades que contam com serviços aéreos regulares no País.

A empresa ainda não decidiu se lançará já neste ano o primeiro voo para o exterior, como aventado anteriormente pelo controlador, David Neeleman. Antes da associação com a Trip, ele havia manifestado a intenção de começar a voar para o Uruguai. Mesmo sem especificar destinos em estudo, Nascimento afirmou que agora é natural que a companhia passe a olhar para a América do Sul, região onde também estão concentrados os esforços internacionais da GOL.

Em paralelo, a Azul terá que trabalhar na consolidação da fusão com a Trip, que ainda depende de aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Apesar do momento adverso para o setor aéreo no mundo e em especial no Brasil, o plano da empresa é continuar crescendo. Para este ano, a Azul mantém a estimativa, feita em janeiro, de ampliar em 40% o número de passageiros transportados. De agora em diante, porém, a empresa diz que crescerá em menor velocidade.

Nascimento sinalizou ainda que a gestão de rotas adotada pela Trip, que atendia alguns destinos com um número pequeno de voos, deve dar lugar ao modelo da Azul após a fusão, de várias frequências por dia.

Dentro da empresa, a visão é de que a aérea resultante da transação terá condições de disputar "quase que de igual para igual" com a GOL e a TAM no mercado doméstico. "Se você tem apenas várias empresas pequenininhas, pouco representativas, e um duopólio muito grande, a competitividade é menor do que quando você entra com uma empresa mais forte", disse Nascimento. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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