(Omar Paixão/Exame Hoje)
Karin Salomão
Publicado em 3 de agosto de 2020 às 10h35.
Última atualização em 3 de agosto de 2020 às 10h35.
A Azul anunciou que até o fim do ano estima uma queima de caixa média de cerca de 3 milhões de reais por dia, sem amortização de dívidas. A queima de caixa é resultante das negociações em andamento com os parceiros financeiros.
Mesmo assim, a companhia aérea afirma que "as projeções demonstram uma posição de liquidez robusta o suficiente até o final de 2021, mesmo sem um aumento de capital, principalmente devido ao progresso em suas negociações com tripulantes, bancos e arrendadores, além da recuperação mais rápida do que antecipada da capacidade e demanda", diz ela em comunicado divulgado no domingo, 2.
A empresa diz que em 30 de junho, o final do segundo trimestre, sua posição de liquidez, com caixa e equivalentes, investimentos de curto-prazo e contas a receber era de 2,3 bilhões de reais, comparado com 2,2 bilhões de reais no fim do trimestre anterior. A aérea estima uma posição de caixa de 2 bilhões de reais no final do segundo trimestre.
A companhia havia estimado uma queima de caixa diária entre 3 e 4 milhões de reais em maio e junho, mas acabou aumentando a sua posição de caixa no mesmo período.
Ela pode levantar caixa em algum momento. "Uma vez que a visibilidade sobre a recuperação da demanda ainda é incerta, a companhia tem a intenção de captar recursos em um momento oportuno para aumentar seu colchão de liquidez", diz a Azul em comunicado.
"O plano de recuperação da Azul está sendo bem sucedido. Conseguimos satisfazer nossa necessidade de liquidez de curto prazo, e estamos confiantes em nossa habilidade de atravessar esta crise e restaurar nossa posição como uma das mais rentáveis empresas aéreas da região”, disse Alex Malfitani, diretor financeiro da Azul, no comunicado.