Azul estuda IPO e acordo com investidor privado por milhas
O fundador da Azul poderá vender uma participação no plano de fidelidade da empresa por meio de uma abertura de capital ou negociando-a com investidor privado
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2015 às 16h25.
O fundador da Azul SA , David Neeleman, poderá vender uma participação no plano de fidelidade da empresa aérea brasileira por meio de uma abertura de capital ou negociando-a com um investidor privado para levantar fundos durante a crise econômica do país.
“Dinheiro nunca é demais nos momentos difíceis”, disse Neeleman, em entrevista por telefone, sem informar um cronograma.
“Nós temos opções -- há muitas pessoas interessadas no nosso programa de fidelidade”.
A abertura de capital do programa de fidelidade TudoAzul poderia ocorrer antes mesmo que a da própria empresa aérea, que começou a operar em 2008 e adiou a venda de ações pelo menos duas vezes devido a quedas nos mercados.
A Azul está buscando novas fontes de recursos pois o Brasil está entrando em uma recessão que, segundo projeção de analistas, será a mais longa desde a década de 1930.
A terceira maior empresa aérea do Brasil não está crescendo tão rapidamente quanto poderia por causa da economia e da suspensão do programa do governo de aviação regional, disse Neeleman, 55, que é CEO da empresa e também criou a JetBlue Airways Corp., com sede em Nova York.
“Nós saímos de algumas cidades”, disse Neeleman, na terça-feira. “É hora de se preparar para a crise, preservar o caixa e atravessar esse momento”.
A abertura de capital do TudoAzul viria depois de decisões similares tomadas de 2010 para cá pelas empresas aéreas rivais Gol e TAM, a unidade brasileira da Latam Airlines Group SA.
Os programas de fidelidade lucram com a venda de milhas para bancos ou hotéis para repasse aos clientes, ganhando com os juros cobrados sobre o dinheiro antes que as recompensas sejam resgatadas pelos clientes.
Posição de caixa
A Azul encerrou o segundo trimestre com cerca de R$ 1 bilhão (US$ 276 milhões), incluindo US$ 100 milhões da United Continental Holdings Inc. Em junho, a United adquiriu uma participação de 5 por cento na Azul, que tem sede em Barueri, no Brasil.
O fechamento de outro acordo similar à transação com a United ou de uma operação de venda e lease-back de ativos estão entre as opções da Azul para arrecadar dinheiro, disse Neeleman, que não forneceu detalhes.
As empresas aéreas muitas vezes vendem aviões para locadoras e mantêm as aeronaves por meio de arrendamento.
A adição de aeronaves A320neo da Airbus Group NV a partir do ano que vem ajudará a Azul a reduzir custos e tarifas, tornando-a mais competitiva, disse Neeleman. A maior parte da frota de jatos da empresa consiste em aeronaves de menor porte da Embraer SA.
A Azul anunciou o Azul Brazil Air Pass na terça-feira, que oferece voos ilimitados pelo país para passageiros com saída dos EUA operados pela Azul ou pela United.
A Azul começou a voar para os EUA em dezembro e buscará a venda de 10.000 passes até 30 de novembro, disse Neeleman.
O fundador da Azul SA , David Neeleman, poderá vender uma participação no plano de fidelidade da empresa aérea brasileira por meio de uma abertura de capital ou negociando-a com um investidor privado para levantar fundos durante a crise econômica do país.
“Dinheiro nunca é demais nos momentos difíceis”, disse Neeleman, em entrevista por telefone, sem informar um cronograma.
“Nós temos opções -- há muitas pessoas interessadas no nosso programa de fidelidade”.
A abertura de capital do programa de fidelidade TudoAzul poderia ocorrer antes mesmo que a da própria empresa aérea, que começou a operar em 2008 e adiou a venda de ações pelo menos duas vezes devido a quedas nos mercados.
A Azul está buscando novas fontes de recursos pois o Brasil está entrando em uma recessão que, segundo projeção de analistas, será a mais longa desde a década de 1930.
A terceira maior empresa aérea do Brasil não está crescendo tão rapidamente quanto poderia por causa da economia e da suspensão do programa do governo de aviação regional, disse Neeleman, 55, que é CEO da empresa e também criou a JetBlue Airways Corp., com sede em Nova York.
“Nós saímos de algumas cidades”, disse Neeleman, na terça-feira. “É hora de se preparar para a crise, preservar o caixa e atravessar esse momento”.
A abertura de capital do TudoAzul viria depois de decisões similares tomadas de 2010 para cá pelas empresas aéreas rivais Gol e TAM, a unidade brasileira da Latam Airlines Group SA.
Os programas de fidelidade lucram com a venda de milhas para bancos ou hotéis para repasse aos clientes, ganhando com os juros cobrados sobre o dinheiro antes que as recompensas sejam resgatadas pelos clientes.
Posição de caixa
A Azul encerrou o segundo trimestre com cerca de R$ 1 bilhão (US$ 276 milhões), incluindo US$ 100 milhões da United Continental Holdings Inc. Em junho, a United adquiriu uma participação de 5 por cento na Azul, que tem sede em Barueri, no Brasil.
O fechamento de outro acordo similar à transação com a United ou de uma operação de venda e lease-back de ativos estão entre as opções da Azul para arrecadar dinheiro, disse Neeleman, que não forneceu detalhes.
As empresas aéreas muitas vezes vendem aviões para locadoras e mantêm as aeronaves por meio de arrendamento.
A adição de aeronaves A320neo da Airbus Group NV a partir do ano que vem ajudará a Azul a reduzir custos e tarifas, tornando-a mais competitiva, disse Neeleman. A maior parte da frota de jatos da empresa consiste em aeronaves de menor porte da Embraer SA.
A Azul anunciou o Azul Brazil Air Pass na terça-feira, que oferece voos ilimitados pelo país para passageiros com saída dos EUA operados pela Azul ou pela United.
A Azul começou a voar para os EUA em dezembro e buscará a venda de 10.000 passes até 30 de novembro, disse Neeleman.