Avon vai parar de fazer testes em animais em todo o mundo
Fim dos testes inclui a China, onde os procedimentos eram exigidos por lei. No Brasil, os testes já não ocorriam há 30 anos
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 16h43.
Última atualização em 18 de dezembro de 2019 às 17h02.
A empresa de cosméticos Avon anunciou nesta quarta-feira, 18, que vai parar de testar produtos em animais.
Em nota, o presidente José Vicente Marino afirmou que "não acreditamos que os testes em animais sejam necessários para garantir a segurança de um produto".
A nova diretriz vale inclusive para a China, onde leis locais exigem que os testes sejam feitos em algumas fórmulas para garantir a segurança do produto. Para continuar atuando legalmente no mercado chinês, a Avon informou em nota que "fará algumas reformulações nas linhas de produtos e abertura de novos canais de e-commerce que não exijam o cumprimento dos requisitos legais do país para testes em animais".
No Brasil, os testes em animais já não aconteciam há 30 anos, quando a Avon iniciou um movimento para reduzir os procedimentos. A empresa afirma que tem parceria com organizações como Ciências In Vitro, FRAME e a Humane Society International.
Em uma página dedicada a "bem-estar dos animais" em seu site, a Avon afirma ainda que, agora que acabou com os testes em animais em todas as marcas e em todos os países em que opera, buscará novas certificações de cruelty-free, isto é, que ela não testa em animais.
Esses projetos já vinham acontecendo antes que a Avon fosse adquirida neste ano pela Natura , companhia brasileira de cosméticos conhecida por suas políticas mais sustentáveis.
A fusão da Avon com a companhia americana, anunciada em maio, formou a companhia global Natura&Co. A nova empresa tornou-se a quarta maior companhia de cosméticos do mundo, avaliada em mais de 10 bilhões de dólares.
A nova Natura&Co terá a liderança mundial na venda direta de cosméticos, via consultoras, com mais de 6,3 milhões de vendedores e consultoras e presença global com mais de 3.200 lojas. Na nova empresa formada com a fusão, os acionistas da Natura ficaram com 76% e os da Avon, com 24%.
A integração entre as empresas está começando a acontecer, ao mesmo tempo em que a compra vai sendo aprovada por órgãos reguladores mundo afora. No Brasil, a fusão já foi aprovada pelo Cade, conselho que regula a concorrência, e a transação entre as empresas também foi aprovada pela Comissão Europeia nesta terça-feira 17.