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AstraZeneca vai testar vacina de Oxford contra coronavírus no Brasil

Os estudos iniciais para a vacina foram realizados na Inglaterra e os resultados demonstraram que o perfil de segurança da vacina foi aceitável

Vacina: testes vão ocorrer no Brasil (iStock/Getty Images)

Mariana Desidério

Publicado em 3 de junho de 2020 às 11h37.

Última atualização em 3 de junho de 2020 às 12h50.

A companhia farmacêutica AstraZeneca obteve autorização da Anvisa para realizar um estudo clínico no Brasil para testar a vacina para o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. A autorização foi publicada ontem no Diário Oficial da União.

O estudo será randomizado e terá como objetivo determinar a segurança e eficácia da vacina. Os estudos iniciais para a vacina foram realizados na Inglaterra e os resultados demonstraram que o perfil de segurança da vacina foi aceitável.

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A vacina contra a covid-19 em desenvolvimento na Universidade de Oxford entrou na fase três de testes clínicos, em que pelo menos 10 mil pessoas serão vacinadas para averiguar a eficácia do produto.

Os testes no país envolverão 2.000 pessoas e serão realizados com apoio do Ministério da Saúde. Em São Paulo, os testes serão conduzidos pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A Fundação Lemann vai custear a infraestrutura médica e os equipamentos necessários.

Para a etapa dos testes em São Paulo, a Unifesp irá recrutar 1.000 voluntários que estejam na linha de frente do combate à covid-19, uma vez que estão mais expostos à contaminação. Há outros países cuja participação está em processo de análise e aprovação. O registro formal da vacina ndeve acontecer apenas após a conclusão dos estudos realizados em todos os países participantes.

Em entrevista recente, o professor Adrian Hill, pesquisador da Universidade de Oxford, disse que a promissora vacina tem apenas 50% de chances de sucesso. O pesquisador afirmou que a equipe de desenvolvimento da vacina encontrou um problema que pode inviabilizar o prazo inicial de setembro para a distribuição das vacinas. O contratempo é a redução no ritmo de contágio comunitário no Reino Unido dificulta a chance de os voluntários serem infectados.

A AstraZeneca tem um acordo de licenciamento com a Universidade de Oxford, pelo qual a companhia tem a responsabilidade de produzir a vacina desenvolvida pela universidade, e o compromisso de vender a vacina sem gerar lucro durante a pandemia. A vacina é uma das mais promissoras contra a covid-19, e uma das poucas que já está sendo testada em humanos.

O governo americano vai investir 1,2 bilhão de dólares na farmacêutica para garantir o fornecimento da vacina no país. Pelo acordo, o governo norte-americano vai bancar um teste da vacina em 30 mil pessoas no país.

O governo britânico também se comprometeu a pagar 65,5 milhões de libras à AstraZeneca para garantir 100 milhões de doses da vacina aos britânicos. A AstraZeneca está em negociações com outros governos e entidades internacionais.

 

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