Aviões estacionados no Aeroporto Internacional de Guarulhos: a perspectiva é mais otimista para 2014, quando o lucro das empresas áreas globais deverá atingir US$ 16,4 bilhões (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 13h16.
Londres - Os lucros do setor aéreo global deverão crescer para US$ 11,7 bilhões neste ano, de cerca de US$ 7,6 bilhões em 2012, segundo a Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata, na sigla em inglês). A estimativa é US$ 1,0 bilhão menor em relação ao cálculo anterior da instituição.
Tony Tyler, principal executivo da Iata, chamou a atenção para a desaceleração do crescimento em mercados como Brasil, Índia e China, embora tenha se mostrado otimista com relação às perspectivas para 2014, quando o lucro das empresas áreas globais deverá atingir US$ 16,4 bilhões - atrás apenas do desempenho de 2010.
As projeções para empresas da América do Norte, Europa e Oriente Médio melhoraram em comparação com as estimativas feitas pela Iata em junho, enquanto para a América Latina ficaram estáveis. Já o fraco crescimento econômico e o mercado de transporte de cargas estagnado, associados ao aumento dos preços do petróleo, pressionaram as empresas asiáticas. A Iata reduziu sua estimativa para os lucros das empresas da Ásia para US$ 3,1 bilhões, de US$ 4,6 bilhões.
A Iata também diminuiu sua previsão para o crescimento do transporte aéreo de cargas para 0,9% neste ano, em comparação com 2012, abaixo da previsão anterior de +1,5%. Os retornos deverão cair 4,9% na comparação anual, conforme os operadores perderem poder sobre os preços porque mais capacidade de transporte de cargas está sendo oferecida.
As preocupações com o mercado de frete aéreo, um importante gerador de receita que praticamente não cresceu nos últimos 18 meses, estão aumentando. A fraca demanda por importações, especialmente na Europa, deixou os aviões de carga e o espaço para frete nos aviões de passageiros apenas metade ocupados. As margens operacionais do setor são previstas em 3,2% neste ano, bem abaixo do custo médio de capital do setor.
Empresas aéreas e de leasing precisam financiar cerca de US$ 90 bilhões para receber novos aviões neste ano, valor que deve superar US$ 100 bilhões em 2014. Fonte: Dow Jones Newswires.