As mais incríveis histórias de golpes contra seguradoras
Algumas pessoas planejam as maiores loucuras para conseguir uma indenização fraudulenta
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2016 às 15h43.
Mais do que mentir no perfil do motorista ou alterar o endereço de pernoite para pagar menos no seguro, algumas pessoas planejam as maiores loucuras para conseguir uma indenização fraudulenta.
Tem de tudo: quem inverte a culpa em um acidente de trânsito, os que forjam problemas mecânicos e até segurados que incendeiam, capotam e enterram o próprio carro .
Habituados às mentiras que alguns clientes contam, profissionais das companhias seguradoras concordaram em revelar alguns dos casos mais engraçados e inusitados, desde que os envolvidos fossem mantidos em sigilo. Detalhe: todos eles foram descobertos.
Martelão de ouro
São comuns nas seguradoras os casos de capotamento intencional. Mas o dono de um BMW 330i resolveu inovar. Ele jogou o sedã barranco abaixo, mas o carro não capotou.
A solução parecia simples: pegar uma marreta e destruir a lataria. Não foi difícil para os investigadores descobrirem duas coisas: as marcas não combinavam com as de um acidente e a carroceria estava totalmente limpa e sem arranhões.
O efeito borboleta
Para solucionar uma fraude, a equipe de peritos da seguradora não poupa esforços nem recursos. Nessas situações, vale contratar até especialistas externos para ajudar numa investigação.
O dono de um Mercedes Classe C usado queria receber o prêmio do seguro e achou que a maneira mais simples de executar (e a mais difícil de ser descoberta) seria bater contra um poste e dizer que havia sido um acidente de trânsito.
Os investigadores acharam o caso muito suspeito. Durante a análise do veículo, encontraram um casulo de borboleta no sistema de escape.
A equipe levou a um especialista em insetos, que deu seu parecer: como o bicho ainda estava vivo, não poderia ter sido submetido às altas temperaturas do motor ligado. A conclusão era que o carro já não rodava havia pelo menos dois meses.
Desconstrutor de Ferrari
A característica número 1 de um golpista é a frieza e o autocontrole na hora de contar sua história. Mas o dono de uma rede de oficinas mecânicas pode ser considerado o campeão entre os caras de pau.
Ele comprou uma Ferrari F430 já pensando em aplicar a fraude na seguradora. Após alguns meses de uso, o comerciante desmontou o esportivo inteiro, revendeu as peças separadamente e informou à companhia que o veículo foi furtado.
Depois era só receber a indenização total. Com o dinheiro, porém, ele comprou outra F430 e repetiu todo o processo. Acabou sendo pego porque abusou demais da cara de pau: o esquema foi descoberto quando ele tentava receber a quarta Ferrari "furtada".
Tinha uma pedra no meio do caminho
O dono de um Chevrolet Classic nunca trocava o óleo até que o motor fundiu. Como o seguro não cobre negligência, ele aceitou a ideia dada por um amigo: furou o cárter e disse que passou por cima de uma pedra na rua.
A fraude foi descoberta após entrevistas com os vizinhos, que falaram do seu comportamento suspeito, e pela falta de comprovantes das trocas de óleo que ela jurava ter feito.
O funeral do Uno
Natural de Minas Gerais, um cliente fez valer a fama de "come-quieto" que ganhou entre os peritos. Ele enterrou seu Fiat Uno 2000 no quintal de casa e relatou à seguradora que fora roubado.
De acordo com os investigadores, esse tipo de fraude é raro e ainda muito difícil de ser descoberto. O caso só foi solucionado graças a uma denúncia anônima e a contradições entre o depoimento à polícia e aquele dado à seguradora.
Os investigadores tiveram de escavar todo o quintal até encontrar o Uno, por sinal em perfeito estado de conservação. Só depois de o carro ser desenterrado é que o dono assumiu a fraude.
Ácido, incêndio e mentiras
Com dificuldade para vender o Volkswagen Gol 2000 e pagar as 38 prestações restantes do financiamento, a dona bolou um plano que parecia brilhante: incendiar seu próprio carro.
Só que no meio da ação suas pernas acabaram sendo queimadas. Para tentar acobertar o fato e livrar-se de qualquer suspeita, a proprietária contou que foi um vândalo que ateou fogo ao veículo e jogou ácido nas suas pernas quando ela tentou detê-lo.
Pouco versada nos limites da ciência forense, a fraudadora não imaginou que um exame de corpo de delito comprovaria que suas queimaduras foram provocadas por fogo e não por ácido.
A curva da fraude
Você sabia que há um tipo de fraudador chamado de "capotador profissional"? Ele não simula: ele assume o volante e acidenta o carro de verdade.
A fraude é bastante usada em importados adquiridos em leilões já sinistrados (batidos). Nesse caso, a preferência é por uma curva na rodovia Régis Bittencourt (que liga São Paulo a Curitiba), na qual capota-se o carro numa velocidade calculada para não ferir o motorista e causando danos que resultem na perda total.
Só há um problema: quando um veículo se acidenta lá, a seguradora já sabe que deve ser golpe.
Mais do que mentir no perfil do motorista ou alterar o endereço de pernoite para pagar menos no seguro, algumas pessoas planejam as maiores loucuras para conseguir uma indenização fraudulenta.
Tem de tudo: quem inverte a culpa em um acidente de trânsito, os que forjam problemas mecânicos e até segurados que incendeiam, capotam e enterram o próprio carro .
Habituados às mentiras que alguns clientes contam, profissionais das companhias seguradoras concordaram em revelar alguns dos casos mais engraçados e inusitados, desde que os envolvidos fossem mantidos em sigilo. Detalhe: todos eles foram descobertos.
Martelão de ouro
São comuns nas seguradoras os casos de capotamento intencional. Mas o dono de um BMW 330i resolveu inovar. Ele jogou o sedã barranco abaixo, mas o carro não capotou.
A solução parecia simples: pegar uma marreta e destruir a lataria. Não foi difícil para os investigadores descobrirem duas coisas: as marcas não combinavam com as de um acidente e a carroceria estava totalmente limpa e sem arranhões.
O efeito borboleta
Para solucionar uma fraude, a equipe de peritos da seguradora não poupa esforços nem recursos. Nessas situações, vale contratar até especialistas externos para ajudar numa investigação.
O dono de um Mercedes Classe C usado queria receber o prêmio do seguro e achou que a maneira mais simples de executar (e a mais difícil de ser descoberta) seria bater contra um poste e dizer que havia sido um acidente de trânsito.
Os investigadores acharam o caso muito suspeito. Durante a análise do veículo, encontraram um casulo de borboleta no sistema de escape.
A equipe levou a um especialista em insetos, que deu seu parecer: como o bicho ainda estava vivo, não poderia ter sido submetido às altas temperaturas do motor ligado. A conclusão era que o carro já não rodava havia pelo menos dois meses.
Desconstrutor de Ferrari
A característica número 1 de um golpista é a frieza e o autocontrole na hora de contar sua história. Mas o dono de uma rede de oficinas mecânicas pode ser considerado o campeão entre os caras de pau.
Ele comprou uma Ferrari F430 já pensando em aplicar a fraude na seguradora. Após alguns meses de uso, o comerciante desmontou o esportivo inteiro, revendeu as peças separadamente e informou à companhia que o veículo foi furtado.
Depois era só receber a indenização total. Com o dinheiro, porém, ele comprou outra F430 e repetiu todo o processo. Acabou sendo pego porque abusou demais da cara de pau: o esquema foi descoberto quando ele tentava receber a quarta Ferrari "furtada".
Tinha uma pedra no meio do caminho
O dono de um Chevrolet Classic nunca trocava o óleo até que o motor fundiu. Como o seguro não cobre negligência, ele aceitou a ideia dada por um amigo: furou o cárter e disse que passou por cima de uma pedra na rua.
A fraude foi descoberta após entrevistas com os vizinhos, que falaram do seu comportamento suspeito, e pela falta de comprovantes das trocas de óleo que ela jurava ter feito.
O funeral do Uno
Natural de Minas Gerais, um cliente fez valer a fama de "come-quieto" que ganhou entre os peritos. Ele enterrou seu Fiat Uno 2000 no quintal de casa e relatou à seguradora que fora roubado.
De acordo com os investigadores, esse tipo de fraude é raro e ainda muito difícil de ser descoberto. O caso só foi solucionado graças a uma denúncia anônima e a contradições entre o depoimento à polícia e aquele dado à seguradora.
Os investigadores tiveram de escavar todo o quintal até encontrar o Uno, por sinal em perfeito estado de conservação. Só depois de o carro ser desenterrado é que o dono assumiu a fraude.
Ácido, incêndio e mentiras
Com dificuldade para vender o Volkswagen Gol 2000 e pagar as 38 prestações restantes do financiamento, a dona bolou um plano que parecia brilhante: incendiar seu próprio carro.
Só que no meio da ação suas pernas acabaram sendo queimadas. Para tentar acobertar o fato e livrar-se de qualquer suspeita, a proprietária contou que foi um vândalo que ateou fogo ao veículo e jogou ácido nas suas pernas quando ela tentou detê-lo.
Pouco versada nos limites da ciência forense, a fraudadora não imaginou que um exame de corpo de delito comprovaria que suas queimaduras foram provocadas por fogo e não por ácido.
A curva da fraude
Você sabia que há um tipo de fraudador chamado de "capotador profissional"? Ele não simula: ele assume o volante e acidenta o carro de verdade.
A fraude é bastante usada em importados adquiridos em leilões já sinistrados (batidos). Nesse caso, a preferência é por uma curva na rodovia Régis Bittencourt (que liga São Paulo a Curitiba), na qual capota-se o carro numa velocidade calculada para não ferir o motorista e causando danos que resultem na perda total.
Só há um problema: quando um veículo se acidenta lá, a seguradora já sabe que deve ser golpe.