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As 20 empresas mais endividadas em dólar – e como isso pode arruinar seus lucros

Segundo a consultoria Economática, salto da dívida em dólar pode explodir os ganhos de algumas companhias

Eike Batista, dono da OGX: sua petrolífera é uma das mais endividadas em dólar (Marcelo Correa/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2011 às 15h40.

São Paulo – Um levantamento da consultoria Economática com 240 empresas brasileiras de capital aberto mostrou os impactos da recente disparada do dólar sobre suas dívidas. A dívida total destas empresas, no final de junho, era de 51,43 bilhões de dólares. A cifra correspondia a 80,29 bilhões de reais naquela época. Mas, com o dólar mais caro, subiu quase 14 bilhões de reais, para 94 bilhões.

Para fazer a conta, a Economática considerou uma taxa de câmbio de 1,5611 real para 30 de junho, e de 1,828 real em 21 de setembro.

As mais endividadas em dólar (da 1ª até a 10ª)
EmpresaDívida em Junho (US$ bi)
Petrobras46,88
Eletrobras8,262
Telemar4,874
Fibria4,789
JBS3,8
Brasil Foods2,611
OGX2,533
Suzano2,197
Sabesp1,561
TAM1,516
Fonte: Economática

O problema, segundo a consultoria, é o impacto desse salto da dívida sobre os lucros das empresas. Uma simulação da Economática mostrou que, em alguns casos, apenas a diferença entre a dívida em junho e em meados de setembro seria suficiente para engolir todo o lucro de algumas companhias no terceiro trimestre.

As mais endividadas em dólar (da 11ª até a 20ª)
EmpresaDívida em Junho (US$ mi)
Ambev1.322
Embraer1.163
Pão de Açúcar1.119
Rede Energia1.017
Telesp801
Hypermarcas792
Dufry783
Jereissati782
La Fonte782
Cesp755
Fonte: Economática

Para o grupo de 240 empresas, o aumento das dívidas reduziria em 54,1% o ebit (lucro antes de juros eimpostos). Mas algumas companhias se complicariam bastante. Nas contas da Economática, a TAM, por exemplo, encerrou junho com Ebit de 2,760 milhões de reais. Como sua dívida em dólar passaria do equivalente a 2,367 bilhões de reais para 2,772 bilhões, os 404 milhões de reais a mais seriam 14.666% maiores que o ebit.

Quanto as dívidas podem crescer (da 1ª até 10ª)
EmpresaDívida em junho (R$ bi)Dívida em setembro (R$ bi)Diferença (R$ bi)
Petrobras73,18585,69112,512
Eletrobras12,89815,1042,205
Telemar7,6098,911,301
Fibria7,4768,7541,278
JBS5,9326,9461,014
Brasil Foods4,0764,7730,696
OGX3,9544,630,676
Suzano3,4314,0170,586
Sabesp2,4372,8530,416
TAM2,3672,7720,404
Fonte: Economática

Outro exemplo é a Fibria, maior produtora de celulose do país. Com ebit de 37,787 milhões de reais em junho, a empresa veria sua dívida em dólar avançar o equivalente a 1,278 bilhão, passando de 7,476 bilhões de reais para 8,754 bilhões. A diferença corresponderia a 3.382% seu ebit.

Quanto as dívidas podem crescer (da 11ª até 20ª)
EmpresaDívida em junho (R$ bi)Dívida em Setembro (R$ bi)Diferença (R$ bi)
Ambev2,0632,4160,352
Embraer1,8162,1270,31
Pão de Açúcar1,7472,0450,298
Rede Energia1,5881,8590,271
Telesp1,2511,4650,214
Hypermarcas1,2371,4480,211
Dufry1,2231,4320,209
Jereissati1,2221,430,208
La Fonte1,2221,430,208
Cesp1,1791,380,201
Fonte: Economática

A Economática afirma que a simulação não considera as estratégias de proteção contra a variação cambial adotadas pelas empresas – o famoso hedge cambial.

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São Paulo – Um levantamento da consultoria Economática com 240 empresas brasileiras de capital aberto mostrou os impactos da recente disparada do dólar sobre suas dívidas. A dívida total destas empresas, no final de junho, era de 51,43 bilhões de dólares. A cifra correspondia a 80,29 bilhões de reais naquela época. Mas, com o dólar mais caro, subiu quase 14 bilhões de reais, para 94 bilhões.

Para fazer a conta, a Economática considerou uma taxa de câmbio de 1,5611 real para 30 de junho, e de 1,828 real em 21 de setembro.

As mais endividadas em dólar (da 1ª até a 10ª)
EmpresaDívida em Junho (US$ bi)
Petrobras46,88
Eletrobras8,262
Telemar4,874
Fibria4,789
JBS3,8
Brasil Foods2,611
OGX2,533
Suzano2,197
Sabesp1,561
TAM1,516
Fonte: Economática

O problema, segundo a consultoria, é o impacto desse salto da dívida sobre os lucros das empresas. Uma simulação da Economática mostrou que, em alguns casos, apenas a diferença entre a dívida em junho e em meados de setembro seria suficiente para engolir todo o lucro de algumas companhias no terceiro trimestre.

As mais endividadas em dólar (da 11ª até a 20ª)
EmpresaDívida em Junho (US$ mi)
Ambev1.322
Embraer1.163
Pão de Açúcar1.119
Rede Energia1.017
Telesp801
Hypermarcas792
Dufry783
Jereissati782
La Fonte782
Cesp755
Fonte: Economática

Para o grupo de 240 empresas, o aumento das dívidas reduziria em 54,1% o ebit (lucro antes de juros eimpostos). Mas algumas companhias se complicariam bastante. Nas contas da Economática, a TAM, por exemplo, encerrou junho com Ebit de 2,760 milhões de reais. Como sua dívida em dólar passaria do equivalente a 2,367 bilhões de reais para 2,772 bilhões, os 404 milhões de reais a mais seriam 14.666% maiores que o ebit.

Quanto as dívidas podem crescer (da 1ª até 10ª)
EmpresaDívida em junho (R$ bi)Dívida em setembro (R$ bi)Diferença (R$ bi)
Petrobras73,18585,69112,512
Eletrobras12,89815,1042,205
Telemar7,6098,911,301
Fibria7,4768,7541,278
JBS5,9326,9461,014
Brasil Foods4,0764,7730,696
OGX3,9544,630,676
Suzano3,4314,0170,586
Sabesp2,4372,8530,416
TAM2,3672,7720,404
Fonte: Economática

Outro exemplo é a Fibria, maior produtora de celulose do país. Com ebit de 37,787 milhões de reais em junho, a empresa veria sua dívida em dólar avançar o equivalente a 1,278 bilhão, passando de 7,476 bilhões de reais para 8,754 bilhões. A diferença corresponderia a 3.382% seu ebit.

Quanto as dívidas podem crescer (da 11ª até 20ª)
EmpresaDívida em junho (R$ bi)Dívida em Setembro (R$ bi)Diferença (R$ bi)
Ambev2,0632,4160,352
Embraer1,8162,1270,31
Pão de Açúcar1,7472,0450,298
Rede Energia1,5881,8590,271
Telesp1,2511,4650,214
Hypermarcas1,2371,4480,211
Dufry1,2231,4320,209
Jereissati1,2221,430,208
La Fonte1,2221,430,208
Cesp1,1791,380,201
Fonte: Economática

A Economática afirma que a simulação não considera as estratégias de proteção contra a variação cambial adotadas pelas empresas – o famoso hedge cambial.

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