São Paulo - O volume de produção de aços longos pela ArcelorMittal deverá crescer das atuais 3,5 milhões de toneladas anuais para 5 milhões de toneladas nos próximos três anos, afirmou, nesta quarta-feira, o CEO da ArcelorMittal Aços Longos Américas, Jefferson De Paula.

Segundo o executivo, a companhia deverá decidir em dois ou três meses o restante de seus investimentos, prevendo dobrar a capacidade de sua usina de aços longos em João Monlevade, em Minas Gerais, de 1,2 milhões de toneladas para 2,4 milhões de toneladas.

A finalização desse investimento foi postergada pela empresa por causa do cenário de crise mundial. Serão aplicados US$ 1,5 bilhão, sendo US$ 30 milhões na unidade de Juiz de Fora, também em Minas, e o restante em João Monlevade. De acordo com o executivo, desse total programado, US$ 700 milhões já foram investidos.

A decisão para a retomada do investimento, explicou De Paula, dependerá, exclusivamente, do andamento da economia brasileira, assim como as perspectivas da empresa para os próximos anos. "Nós iremos manter a nossa participação no mercado brasileiro; se o mercado crescer, nós precisamos continuar crescendo", disse. Hoje, segundo o executivo, a participação da ArcelorMittal no segmento de aços longos é de 33%. No Brasil, a empresa utiliza 90% de sua capacidade instalada.

Para a duplicação da produção na unidade em João Monlevade, De Paula afirmou que todos os equipamentos já foram comprados, sendo que 90% foram entregues. "O mercado brasileiro é foco da Arcelor", disse. Segundo ele, a construção civil continua sendo a mola de crescimento para o consumo de aço longo no país.

O CEO da área de longos afirmou, ainda, que depois de tomada a decisão da retomada dos investimentos em aumento de capacidade, o início das operações deverá ocorrer dentro de um ano e meio. Ou seja, se a decisão for tomada dentro dos próximos meses, a duplicação da unidade deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2014.