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Aquisição do WhatsApp rende só US$ 10 mi para o Facebook

Comprado por US$ 22 bilhões, o aplicativo gerou US$ 10,2 milhões em receita no ano passado

Facebook e WhatsApp: rede social pagou US$ 22 bilhões pelo aplicativo (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 21h24.

San Francisco - O montante da aquisição do aplicativo de mensagens por dispositivos móveis WhatsApp pelo Facebook já está disponívil: a rede social pagou US$ 22 bilhões por uma startup que gerou US$ 10,2 milhões em receita no ano passado.

Em um documento regulatório apresentado ontem, o Facebook divulgou os resultados financeiros do WhatsApp de 2012 e 2013.

No ano passado, o serviço de mensagens, que alcançou 400 milhões de usuários ativos em dezembro, gerou menos de três centavos de dólar de receita por cada um deles.

Em comparação, o Facebook pagou US$ 55 por usuário quando adquiriu a empresa. A perda líquida do WhatsApp em 2013 foi de US$ 138,1 milhões.

A cotação da transação, de 19 vezes as vendas projetadas, já era considerada elevada.

No entanto, os resultados ilustram quão longe o Facebook terá que ir para recuperar o que pagou pelo aplicativo, que gera receita cobrando 99 centavos de dólar por assinatura dos usuários após o primeiro ano de serviço.

O CEO Mark Zuckerberg disse que ele não tem pressa para ganhar dinheiro com o WhatsApp nem com a crescente lista de aplicativos do Facebook enquanto eles não alcançarem um bilhão de usuários.

“A estratégia certa é focar em conectar as pessoas antes de transformá-las agressivamente em negócio”, disse ele ontem em uma teleconferência para discutir os lucros do Facebook no terceiro trimestre.

“Pensamos que quando chegarmos a essa escala, as pessoas começarão a se transformar em um negócio significativo por si mesmas”.

O crescimento do WhatsApp está no caminho certo: no ano passado, as vendas mais do que dobraram na comparação com US$ 3,82 milhões de 2012, mostrou o documento. Atualmente, o aplicativo tem mais de meio bilhão de usuários.

Aplicativo de chat

Quando o WhatsApp foi adquirido, o Facebook já tinha um produto de chat, o Messenger. Zuckerberg disse que o objetivo do Messenger é diferente do objetivo do WhatsApp.

As pessoas usam o Messenger para se comunicar com seus amigos do Facebook, ao passo que o WhatsApp funciona mais como um substituto para as mensagens de texto que as pessoas podem usar com aqueles que não são seus amigos nas redes sociais.

Ambos os produtos estão crescendo em alguns dos mesmos países, disse ele.

A maior rede social do mundo pagou a maior parte da compra do WhatsApp com ações, impulsionadas por uma alta do preços de suas ações.

Aqueles que elogiaram a aquisição disseram que o Facebook estava eliminando um concorrente importante ao incorporá-lo à companhia.

“Durante os próximos anos o nosso foco continuará sendo o crescimento”, disse Jan Koum, o CEO do WhatsApp, ontem na conferência sobre dispositivos móveis da Re/Code em Half Moon Bay, Califórnia.

“Agora vamos nos focar no crescimento sem fazer nenhum tipo de experimento com a monetização”.

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San Francisco - O montante da aquisição do aplicativo de mensagens por dispositivos móveis WhatsApp pelo Facebook já está disponívil: a rede social pagou US$ 22 bilhões por uma startup que gerou US$ 10,2 milhões em receita no ano passado.

Em um documento regulatório apresentado ontem, o Facebook divulgou os resultados financeiros do WhatsApp de 2012 e 2013.

No ano passado, o serviço de mensagens, que alcançou 400 milhões de usuários ativos em dezembro, gerou menos de três centavos de dólar de receita por cada um deles.

Em comparação, o Facebook pagou US$ 55 por usuário quando adquiriu a empresa. A perda líquida do WhatsApp em 2013 foi de US$ 138,1 milhões.

A cotação da transação, de 19 vezes as vendas projetadas, já era considerada elevada.

No entanto, os resultados ilustram quão longe o Facebook terá que ir para recuperar o que pagou pelo aplicativo, que gera receita cobrando 99 centavos de dólar por assinatura dos usuários após o primeiro ano de serviço.

O CEO Mark Zuckerberg disse que ele não tem pressa para ganhar dinheiro com o WhatsApp nem com a crescente lista de aplicativos do Facebook enquanto eles não alcançarem um bilhão de usuários.

“A estratégia certa é focar em conectar as pessoas antes de transformá-las agressivamente em negócio”, disse ele ontem em uma teleconferência para discutir os lucros do Facebook no terceiro trimestre.

“Pensamos que quando chegarmos a essa escala, as pessoas começarão a se transformar em um negócio significativo por si mesmas”.

O crescimento do WhatsApp está no caminho certo: no ano passado, as vendas mais do que dobraram na comparação com US$ 3,82 milhões de 2012, mostrou o documento. Atualmente, o aplicativo tem mais de meio bilhão de usuários.

Aplicativo de chat

Quando o WhatsApp foi adquirido, o Facebook já tinha um produto de chat, o Messenger. Zuckerberg disse que o objetivo do Messenger é diferente do objetivo do WhatsApp.

As pessoas usam o Messenger para se comunicar com seus amigos do Facebook, ao passo que o WhatsApp funciona mais como um substituto para as mensagens de texto que as pessoas podem usar com aqueles que não são seus amigos nas redes sociais.

Ambos os produtos estão crescendo em alguns dos mesmos países, disse ele.

A maior rede social do mundo pagou a maior parte da compra do WhatsApp com ações, impulsionadas por uma alta do preços de suas ações.

Aqueles que elogiaram a aquisição disseram que o Facebook estava eliminando um concorrente importante ao incorporá-lo à companhia.

“Durante os próximos anos o nosso foco continuará sendo o crescimento”, disse Jan Koum, o CEO do WhatsApp, ontem na conferência sobre dispositivos móveis da Re/Code em Half Moon Bay, Califórnia.

“Agora vamos nos focar no crescimento sem fazer nenhum tipo de experimento com a monetização”.

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