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Apple ganha mercado na China mesmo com guerra comercial

A demanda chinesa é impulsionada por redução dos preços do iPhone, mais fontes de financiamento e impostos menores, entre outros motivos

 (Apple/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2019 às 08h00.

Última atualização em 22 de junho de 2019 às 08h00.

Apesar da escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, a Apple ganhou participação no mercado chinês de smartphones em maio, o que aliviou temores de uma forte queda na demanda por iPhones, segundo o Morgan Stanley.

Dados do provedor de serviços de dados Jiguang mostraram que a gigante de tecnologia dos EUA registrou o quinto mês consecutivo de ganhos na base instalada de smartphones da China em maio na comparação anual: a participação da Apple subiu para quase 20%, segundo a analista Katy L. Huberty, que confirmou sua recomendação overweight para a ação da Apple em relatório.

Embora o aumento da participação de mercado tenha desacelerado em relação aos quatro meses anteriores, “isso representa dados construtivos quando justapostos ao fraco ambiente de demanda da China no fim do ano passado e ao temor de investidores em relação a uma forte queda da demanda por iPhones no curto prazo”, escreveu Huberty. A demanda chinesa é impulsionada por redução dos preços do iPhone, maior uso de fontes de financiamento, menores impostos IVA e maior confiança dos consumidores chineses, disse.

Os dados da cadeia de fornecedores também se mostram estáveis antes do lançamento do próximo iPhone este ano, segundo Huberty. Futuros catalisadores incluem uma possível aceleração do crescimento da receita de serviços e o lançamento em 2020 de um iPhone 5G.

As ações da Apple caíram 13% em maio, mês quando os EUA colocaram a chinesa Huawei Technologies em uma lista negra, criando o receio de que a China pudesse retaliar contra a Apple. Em alguns cenários mais pessimistas, analistas do Goldman Sachs estimam um impacto de 29% sobre o lucro da Apple caso a China decida banir os produtos da empresa americana. Já a Cowen disse que o lucro poderia cair 26% no ano fiscal de 2020 se a China proibir as vendas do iPhone.

--Com a colaboração de Blaise Robinson.

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