A Rolls-Royce Holdings disse que adotará todas as medidas necessárias para garantir o cumprimento da lei após relatos de que a empresa foi acusada de envolvimento no pagamento de subornos na produtora de petróleo brasileira Petrobras.
A Rolls-Royce, que produz turbinas a gás para plataformas de petróleo da Petrobras, teria pago propinas por meio de um agente para conseguir um contrato de US$ 100 milhões, publicou hoje o Financial Times, citando o depoimento de um ex-executivo da Petrobras.
“Queremos deixar muito claro que não toleraremos condutas empresariais impróprias de nenhum tipo e que adotaremos todas as medidas necessárias para assegurar o cumprimento da lei”, disse um porta-voz da Rolls-Royce em uma resposta enviada por e-mail, hoje, ao artigo.
A Petrobras, produtora de petróleo controlada pelo Estado, está envolvida no maior escândalo de corrupção do Brasil, com acusações de que executivos da empresa aceitaram subornos de um cartel de empresas construtoras e dividiram os recursos com políticos.
O caso está sendo investigado pelas autoridades de segurança brasileiras, pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA e por advogados externos contratados pela empresa.
A Rolls-Royce já está sendo investigada pelo Departamento de Fraudes Graves do Reino Unido por possíveis irregularidades em acordos empresariais na Ásia.
A investigação foi formalizada em dezembro de 2013 depois que a empresa entregou, em 2012, detalhes a respeito de seus negócios na China e na Indonésia que levaram a uma investigação de suborno.
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1. MPF quer ressarcimento de R$ 1 bilhão
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1/7 (Nacho Doce/Reuters)
São Paulo - Depois de 16 meses de investigações, 36 pessoas que estavam na mira da
Operação Lava Jato foram denunciadas pelo Ministério Público Federal. Este, contudo, seria apenas o começo, de acordo com
Rodrigo Janot, procurador-geral da República e chefe do MPF. Ao todo, 23 pessoas
ligadas às empresas Camargo Corrêa, Engevix,
Galvão Engenharia,
Mendes Júnior, OAS e UTC também foram denunciadas pela Procuradoria. O MPF estima que 286 milhões de reais tenham sido movimentados no esquema e espera um
ressarcimento mínimo de 971,5 milhões de reais.
Se o juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso, acatar a denúncia, os 35 envolvidos serão julgados por crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime de corrupção. Segundo o relatório divulgado pela Procuradoria, as penas podem chegar a 127 anos de detenção, caso o réu seja considerado culpado pelos crimes de organização criminosa, 3 atos de corrupção e 3 atos de lavagem de dinheiro. A Mendes Júnior, por exemplo, teria acumulado 53 atos de corrupção. Veja a lista de penas possíveis para cada crime:
Veja a lista dos
35 denunciados no esquema de corrupção da Petrobras.
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2. Mendes Junior + GFD
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2/7 (Divulgação)
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3. Camargo Corrêa + UTC
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3/7 (Divulgação)
Veja o posicionamento da Camargo Corrêa e da UTC “A Construtora Camargo Corrêa esclarece que pela primeira vez seus executivos terão a oportunidade de conhecer todos os elementos do referido processo e apresentar sua defesa com a expectativa de um julgamento justo e equilibrado.” "Os advogados da UTC não tiveram acesso à denúncia e só se manifestarão depois de analisá-la."
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4. Engevix
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4/7 (Divulgação/ Engevix)
Veja o posicionamento da Engevix:
"A Engevix, por meio dos seus advogados, prestará os esclarecimentos necessários à justiça."
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5. Galvão Engenharia
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5/7 (Divulgação/ Galvão Engenharia)
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6. OAS
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6/7 (REUTERS/Aly Song)
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7. Veja outras matérias sobre a corrupção na Petrobras
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7/7 (Vanderlei Almeida/AFP)