Aeronave da Avianca: "estamos vivendo um momento difícil no país, mas nosso plano já previa um crescimento independente da situação econômica", diz a empresa (Reprodução/Avianca)
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2015 às 17h18.
São Paulo - A Avianca Brasil manterá seu plano de investimentos no país, considerado um mercado prioritário para a companhia aérea colombiana, apesar do atual momento de "fragilidade econômica", anunciou nesta quarta-feira o presidente da companhia, José Efromovich.
"Estamos vivendo um momento difícil no país, mas nosso plano já previa um crescimento, independente da situação econômica do Brasil, tanto é que escolhemos o ano de 2015 para substituir a frota de aviões para aumentar a capacidade de passageiros", assinalou Efromovich em entrevista coletiva.
O Brasil passa por um momento de fragilidade econômica, marcada pela alta da inflação, atualmente o dobro da meta oficial estabelecida pelo Banco Central, de 4,5%; previsões de retração de 1,2% em 2015 e aumento das taxas de juros.
De acordo com Efromovich, a mudança da frota atual por aeronaves maiores, e o acordo anunciado hoje para integrar a Star Alliance, a maior empresa de compartilhamento de voos do mundo, fortaleceram a expectativa de crescimento da companhia no Brasil, para 17% do mercado, com uma estimativa de crescimento de 4% para este ano.
Entre 2010 e 2015, a Avianca Brasil cresceu 7%, e possui atualmente uma fatia de 9% do mercado.
"O Brasil é um mercado prioritário para a Avianca na América Latina. Em 2014 operamos cerca de 100 milhões de viagens no território nacional, com expectativa de realizar 300 milhões (anuais) até 2024", apontou o executivo.
No entanto, Efromovich admitiu que a atual situação da economia brasileira dificultou os negócios da companhia no resto da América Latina e em sua base principal, em Bogotá.
Esse cenário na região fez com que a Avianca decidisse não anunciar a abertura de novas rotas até 2016.
As novas rotas regionais no Brasil "estão sendo estudadas, mas por enquanto teremos que esperar para ver como será o comportamento do país e a resposta de nossos passageiros à aliança para poder pensar em novidades", apontou o presidente da Avianca Brasil.
No plano internacional, acrescentou Efromovich, "pensávamos em voar para o exterior como uma companhia brasileira diretamente, sem a integração com outras filiais da Avianca, mas decidimos ficar em 'stand by' por causa da situação da economia latino-americana e no momento certo vamos anunciá-la".