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Apax prepara oferta de US$ 8,8 bi pela Oi em Portugal

Segundo fontes, fundo está analisando detalhadamente os números financeiros da companhia para fazer frente à proposta de Patrick Drahi

Loja da Portugal Telecom: relatório mostrou que a empresa tinha cerca de 7.500 funcionários no ramo de telecomunicações (Mario Proenca/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 15h09.

São Paulo - A Apax Partners está preparando uma oferta de 7 bilhões de euros (US$ 8,8 bilhões) pelos ativos da Oi em Portugal em parceria com a CVC Capital Partners e a Bain Capital, segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto.

O fundo de private-equity está analisando detalhadamente os números financeiros da companhia para fazer frente à proposta do bilionário Patrick Drahi, da Altice, apresentada em 2 de novembro, disse a fonte, que pediu anonimato porque as discussões são privadas.

Os fundos acreditam poder contar com o apoio do governo português, disse a fonte, e avaliam captar recursos para ajudar a financiar a transação.

A Oi, maior operadora de linha fixa do Brasil, vai esperar possíveis novas ofertas para se decidir, disseram outras três fontes.

Porta-vozes da Oi, da Apax, que tem sede em Londres, da CVC Capital e da Bain Capital, empresa com sede em Boston, não quiseram comentar.

A Altice, holding de Drahi que opera no setor de cabo e tem sede em Luxemburgo, informou em 2 de novembro que financiaria a proposta de 7 bilhões de euros com dinheiro e dívidas.

O preço inclui duas parcelas de 400 milhões de euros que dependerão de receita futura e de fluxo de caixa.

A Altice pretende argumentar que realizará investimentos e preservará empregos em Portugal - dois temas sobre os quais as autoridades locais provavelmente mostrarão sensibilidade - para influenciar a opinião da Oi a seu favor, disse uma outra fonte familiarizada com o assunto.

O relatório anual mais recente da Portugal Telecom mostrou que a empresa tinha cerca de 7.500 funcionários no ramo de telecomunicações no país.

Dívida da Rioforte

Por outro lado, empresas de private equity podem ter uma vantagem sobre a Altice porque qualquer processo regulatório “provavelmente seria muito mais rápido” para elas, segundo Pedro Oliveira, analista do Banco BPI.

A Altice já possui as empresas de cabo Cabovisão e Oni no país, por isso qualquer transação para aquisição de mais negócios provocaria uma análise antitruste.

A oferta da Altice não inclui os 897 milhões de euros em dívida de curto prazo não pagas pela Rioforte Investments SA, do grupo Espírito Santo. A proposta da Apax também não incluiria dívidas da Rioforte, disse a fonte.

Em um comunicado de 3 de novembro, a Oi disse que enviou a proposta da Altice para análise de seu conselho. A empresa planeja concluir a transação até o final do ano, disseram fontes familiarizadas com o assunto na semana passada.

A Oi, que tem sede no Rio de Janeiro, pretende receber pelo menos 7 bilhões de euros pelos ativos, disseram fontes familiarizadas com o assunto na semana passada.

Os recursos oriundos da venda ajudariam a Oi a reduzir sua dívida de US$ 19 bilhões e a participar da consolidação do maior mercado de telecomunicações da América Latina.

O sucesso de um acordo com a Altice ou com a Apax também desvendará a fusão entre Portugal Telecom SGPS e Oi, realizada há um ano e que se vê afetada pelo calote de uma unidade do Grupo Espírito Santo e por uma troca de CEO.

A Portugal Telecom SGPS tem direito de vetar a venda de ativos portugueses, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto.

A Oi e a Portugal Telecom fecharam um acordo de fusão no ano passado para criar uma operadora com 100 milhões de clientes. O objetivo era competir com a Telefónica e com a América Móvil, de Carlos Slim.

Em julho, as empresas renegociaram a transação para dar à Portugal Telecom uma participação menor na entidade combinada depois que ela descobriu que a sócia com sede em Lisboa possuía uma dívida não paga da Rioforte.

A Standard Poor's diz que os ratings da Oi não são imediatamente afetados pela oferta por ativos da Portugal Telecom.

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Os fundos acreditam poder contar com o apoio do governo português, disse a fonte, e avaliam captar recursos para ajudar a financiar a transação.

A Oi, maior operadora de linha fixa do Brasil, vai esperar possíveis novas ofertas para se decidir, disseram outras três fontes.

Porta-vozes da Oi, da Apax, que tem sede em Londres, da CVC Capital e da Bain Capital, empresa com sede em Boston, não quiseram comentar.

A Altice, holding de Drahi que opera no setor de cabo e tem sede em Luxemburgo, informou em 2 de novembro que financiaria a proposta de 7 bilhões de euros com dinheiro e dívidas.

O preço inclui duas parcelas de 400 milhões de euros que dependerão de receita futura e de fluxo de caixa.

A Altice pretende argumentar que realizará investimentos e preservará empregos em Portugal - dois temas sobre os quais as autoridades locais provavelmente mostrarão sensibilidade - para influenciar a opinião da Oi a seu favor, disse uma outra fonte familiarizada com o assunto.

O relatório anual mais recente da Portugal Telecom mostrou que a empresa tinha cerca de 7.500 funcionários no ramo de telecomunicações no país.

Dívida da Rioforte

Por outro lado, empresas de private equity podem ter uma vantagem sobre a Altice porque qualquer processo regulatório “provavelmente seria muito mais rápido” para elas, segundo Pedro Oliveira, analista do Banco BPI.

A Altice já possui as empresas de cabo Cabovisão e Oni no país, por isso qualquer transação para aquisição de mais negócios provocaria uma análise antitruste.

A oferta da Altice não inclui os 897 milhões de euros em dívida de curto prazo não pagas pela Rioforte Investments SA, do grupo Espírito Santo. A proposta da Apax também não incluiria dívidas da Rioforte, disse a fonte.

Em um comunicado de 3 de novembro, a Oi disse que enviou a proposta da Altice para análise de seu conselho. A empresa planeja concluir a transação até o final do ano, disseram fontes familiarizadas com o assunto na semana passada.

A Oi, que tem sede no Rio de Janeiro, pretende receber pelo menos 7 bilhões de euros pelos ativos, disseram fontes familiarizadas com o assunto na semana passada.

Os recursos oriundos da venda ajudariam a Oi a reduzir sua dívida de US$ 19 bilhões e a participar da consolidação do maior mercado de telecomunicações da América Latina.

O sucesso de um acordo com a Altice ou com a Apax também desvendará a fusão entre Portugal Telecom SGPS e Oi, realizada há um ano e que se vê afetada pelo calote de uma unidade do Grupo Espírito Santo e por uma troca de CEO.

A Portugal Telecom SGPS tem direito de vetar a venda de ativos portugueses, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto.

A Oi e a Portugal Telecom fecharam um acordo de fusão no ano passado para criar uma operadora com 100 milhões de clientes. O objetivo era competir com a Telefónica e com a América Móvil, de Carlos Slim.

Em julho, as empresas renegociaram a transação para dar à Portugal Telecom uma participação menor na entidade combinada depois que ela descobriu que a sócia com sede em Lisboa possuía uma dívida não paga da Rioforte.

A Standard Poor's diz que os ratings da Oi não são imediatamente afetados pela oferta por ativos da Portugal Telecom.

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