Amil investirá R$ 640 milhões em hospitais do Rio
Empresa vai ampliar sua rede própria de 22 hospitais no país
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2012 às 14h53.
Rio de Janeiro - A Amil mapeou o mercado brasileiro e estuda novas possibilidades de aquisição para ampliar sua rede própria de 22 hospitais no país. O Rio de Janeiro está em primeiro lugar no radar da companhia. De acordo com o diretor-superintendente, Cássio Zandoná, há espaço na capital e no interior. A operadora investirá R$ 640 milhões até 2014 para ampliar seus hospitais no estado.
O plano da empresa inclui novas unidades na zona oeste e na zona sul cariocas e será financiado com recursos do caixa, de captações no mercado e até dinheiro do BNDES, onde a empresa aguarda a aprovação de um financiamento. A operadora briga para manter a liderança no cada vez mais competitivo mercado fluminense, onde tem 1,7 milhão de clientes e 25% de participação. O estado do Rio responde por 28% da receita da Amil, de R$ 9,3 bilhões em 2011.
"Apostamos no crescimento da economia do Rio com o pré-sal, Copa e Olimpíadas. Estamos nos preparando para competir em todos os segmentos econômicos", afirma o executivo. Depois de São Paulo, onde a Amil é líder com 11% do mercado, o Rio é o Estado que mais recebe aportes do grupo hoje. Só na capital, a empresa passará a ter nove hospitais.
A Amil acaba de arrendar a área hospitalar desativada da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), na Lagoa, área nobre da zona sul, por 20 anos. Ali serão investidos R$ 20 milhões em um hospital de referência em ortopedia e traumatologia e na recuperação da unidade de reabilitação (filantrópica). A unidade terá 85 leitos e convênio com o americano Hospital for Special Surgery, de Nova York, especializado no atendimento de atletas de alta performance. A pesquisa com células-tronco na ortopedia também será desenvolvida.
A lista de empreendimentos é liderada pelo Hospital das Américas, na Barra, região de maior crescimento populacional e imobiliário da cidade e ainda carente de bons hospitais. Orçado em R$ 500 milhões, dos quais apenas 20% já investidos, o complexo médico de 450 leitos fica pronto em 2014. Os 285 consultórios médicos, no entanto, já foram vendidos e iniciam atividades neste ano.
"Teremos ali hospitais para os públicos AB e C. O desafio é oferecer produtos que caibam em todos os bolsos", avalia Zandoná. Na área de pesquisa, a vedete do Hospital das Américas será a cirurgia robótica, com equipamentos importados dos EUA. No local funcionará também um centro de treinamento para a América Latina, em parceria com um centro de referência americano em cirurgia robótica.
O grupo aposta ainda na recuperação da hotelaria de seus hospitais 5 estrelas, o Pró-Cardíaco e o Samaritano. Recém-adquiridos pelo grupo, eles vão quase saltar de 90 para 150 leitos cada até o ano que vem. Para isso, a Amil injetará R$ 100 milhões em sua infraestrutura.
"Queremos encurtar a percepção de qualidade entre a medicina do Rio e São Paulo. Vamos melhorar o campo para os craques da medicina carioca", diz Zandoná, em referência à migração de pacientes cariocas para hospitais como Einstein e Sírio Libanês, além do exterior.
No outro extremo, a Amil investe mais R$ 20 milhões em novos centros médico na Tijuca e São Gonçalo, com inaugurações em 2012 e 2013. As unidades voltadas a atender clientes dos planos Dix e Blue (populares) já somam 14 no Rio e 60 no país.
Internacionalização
Zandoná afirmou também que a empresa vem sendo procurada por grupos de países como Portugal, que enfrenta medidas de restrição aos gastos públicos, para realizar Parcerias Público-Privadas (PPP). O assédio, segundo ele, se deve à crise do sistema de bem-estar social na Europa, que começa a abrir espaço para a internacionalização das operadoras de planos de saúde brasileiras.
Ele negou, no entanto, que a Amil esteja negociando de fato. Na década de 90, a empresa chegou a atuar nos Estados Unidos (Texas) e na Argentina, mas deixou os dois mercados para concentrar esforços financeiros no Brasil após a regulamentação dos planos de saúde, que aumentou exigências e elevou os custos da operação no País.
Rio de Janeiro - A Amil mapeou o mercado brasileiro e estuda novas possibilidades de aquisição para ampliar sua rede própria de 22 hospitais no país. O Rio de Janeiro está em primeiro lugar no radar da companhia. De acordo com o diretor-superintendente, Cássio Zandoná, há espaço na capital e no interior. A operadora investirá R$ 640 milhões até 2014 para ampliar seus hospitais no estado.
O plano da empresa inclui novas unidades na zona oeste e na zona sul cariocas e será financiado com recursos do caixa, de captações no mercado e até dinheiro do BNDES, onde a empresa aguarda a aprovação de um financiamento. A operadora briga para manter a liderança no cada vez mais competitivo mercado fluminense, onde tem 1,7 milhão de clientes e 25% de participação. O estado do Rio responde por 28% da receita da Amil, de R$ 9,3 bilhões em 2011.
"Apostamos no crescimento da economia do Rio com o pré-sal, Copa e Olimpíadas. Estamos nos preparando para competir em todos os segmentos econômicos", afirma o executivo. Depois de São Paulo, onde a Amil é líder com 11% do mercado, o Rio é o Estado que mais recebe aportes do grupo hoje. Só na capital, a empresa passará a ter nove hospitais.
A Amil acaba de arrendar a área hospitalar desativada da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), na Lagoa, área nobre da zona sul, por 20 anos. Ali serão investidos R$ 20 milhões em um hospital de referência em ortopedia e traumatologia e na recuperação da unidade de reabilitação (filantrópica). A unidade terá 85 leitos e convênio com o americano Hospital for Special Surgery, de Nova York, especializado no atendimento de atletas de alta performance. A pesquisa com células-tronco na ortopedia também será desenvolvida.
A lista de empreendimentos é liderada pelo Hospital das Américas, na Barra, região de maior crescimento populacional e imobiliário da cidade e ainda carente de bons hospitais. Orçado em R$ 500 milhões, dos quais apenas 20% já investidos, o complexo médico de 450 leitos fica pronto em 2014. Os 285 consultórios médicos, no entanto, já foram vendidos e iniciam atividades neste ano.
"Teremos ali hospitais para os públicos AB e C. O desafio é oferecer produtos que caibam em todos os bolsos", avalia Zandoná. Na área de pesquisa, a vedete do Hospital das Américas será a cirurgia robótica, com equipamentos importados dos EUA. No local funcionará também um centro de treinamento para a América Latina, em parceria com um centro de referência americano em cirurgia robótica.
O grupo aposta ainda na recuperação da hotelaria de seus hospitais 5 estrelas, o Pró-Cardíaco e o Samaritano. Recém-adquiridos pelo grupo, eles vão quase saltar de 90 para 150 leitos cada até o ano que vem. Para isso, a Amil injetará R$ 100 milhões em sua infraestrutura.
"Queremos encurtar a percepção de qualidade entre a medicina do Rio e São Paulo. Vamos melhorar o campo para os craques da medicina carioca", diz Zandoná, em referência à migração de pacientes cariocas para hospitais como Einstein e Sírio Libanês, além do exterior.
No outro extremo, a Amil investe mais R$ 20 milhões em novos centros médico na Tijuca e São Gonçalo, com inaugurações em 2012 e 2013. As unidades voltadas a atender clientes dos planos Dix e Blue (populares) já somam 14 no Rio e 60 no país.
Internacionalização
Zandoná afirmou também que a empresa vem sendo procurada por grupos de países como Portugal, que enfrenta medidas de restrição aos gastos públicos, para realizar Parcerias Público-Privadas (PPP). O assédio, segundo ele, se deve à crise do sistema de bem-estar social na Europa, que começa a abrir espaço para a internacionalização das operadoras de planos de saúde brasileiras.
Ele negou, no entanto, que a Amil esteja negociando de fato. Na década de 90, a empresa chegou a atuar nos Estados Unidos (Texas) e na Argentina, mas deixou os dois mercados para concentrar esforços financeiros no Brasil após a regulamentação dos planos de saúde, que aumentou exigências e elevou os custos da operação no País.